quinta-feira, 3 de março de 2016





COMPROMISSO DE CANDIDATO


O que estará pensando o eleitor quando for chamado a votar para prefeito? Conhecidos os candidatos, qual a mensagem que haverá de sensibilizá-lo? Na verdade, uma série de fatores deverá influenciá-lo, como resultado de observações ao longo do ano, influindo também o clima e as emoções de última hora, estas inúmeras vezes chamadas a definir o destino das urnas.

Quando se analisam as eleições mais recentes os números mostram a tendência de acatar facilmente as promessas, secundando as realidades do momento. O que não é bom. Uma boa parte dos que votam aprecia sonhos distantes do possível. A promessa de uma estrada asfaltada para a lua pode motivar mais que a sincera proposta de ordenação das prioridades baseadas em disponibilidades financeiras. O real sucumbe diante do ideal, ainda que este não passe de quimera demagógica.

Observado este conturbado 2016 político e econômico, que corre célere para o abismo, o primeiro desejo de todos é que cheguemos a outubro em clima de ordem suficiente para que tenhamos eleição. É bom ir às urnas e é preciso que o País esteja com suas instituições minimamente organizadas.

Dentro de três meses, se tanto, os partidos terão de expor os candidatos. Desejável que sejam nomes suficientemente preparados e instruídos para propor um programa político e administrativo adequado, sem grandes promessas, sem subterfúgios, sem enganações. Pés no chão. Expor a realidade das coisas, sem medo de desagradar é o primeiro compromisso.

Temos diante de nós um detalhe que diferencia o próximo pleito dos que o antecederam. Trata-se da indigência em que estão vivendo hoje os estados e municípios. Comprova-se facilmente, quando se consta que mais de 40 municípios da região estão devendo aos servidores vencimentos de dezembro, janeiro e o 13º. Em Juiz de Fora, num contorcionismo de caixa inédito, o prefeito Bruno está mantendo  os compromissos em dia.

Então, mais que escolher nomes para mandar, o eleitor estará assumindo a responsabilidade de encarar a realidade e exigir que o candidato não se desobrigue de apresentar um programa honesto; antes de tudo honesto.





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