CORRIDA FINAL
Este resto
de semana pertence às especulações e fatos concretos em torno das chamadas
delações premiadas, que passaram a ser o abraço dos afogados que o juiz Moro
tem mandado para a prisão. Quem pretende se livrar da pena ou reduzi-la tem de
andar ligeiro, porque o tempo é curto e a Justiça, já tendo dados suficientes
para instruir processos, quer informações preciosas e inéditas capazes de
significar novidade. Essa corrida ao prêmio da delação e as expectativas em
relação aos protestos do próximo domingo ampliam o campo das tensões.
Quem tem
algo a dizer que o diga logo.
Estas são
horas de ansiedade, quando se observa que a presidente Dilma já não mais navega
em águas costeiras, mas vai entrando pelo mar em tempo de tempestades e
tubarões.
REVOADA
Primeiro
sinal do painel que vai se formar em torno das eleições de outubro, vários
vereadores mudaram de partido, resultado da avaliação que fazem de suas
chances de reeleição. Mudanças que também podem provocar algum significado na
eleição do prefeito; mas num primeiro passo o que eles pretendem de fato é
traçar melhor seus próprios caminhos.
Primeiro
resultado dessa revoada: o PSC, com quatro vereadores, torna-se a bancada
majoritária na Câmara Municipal.
PALESTRA
Quem estará
em Juiz de Fora em abril é o ex-senador Pedro Simon. O dia da chegada ainda não
foi definido. Simon vem para pronunciar palestra sobre a atualidade brasileira,
a convite de Marcello Siqueira, presidente do Instituto Itamar Franco.
QUESTÃO DE H
Aos que
tiveram oportunidade de acompanhar presencialmente ou pela televisão ficou a
impressão de que foram brilhantes os advogados do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, ainda que sua palavra não tenha sido suficiente para salvar o cliente de
um processo que pode lavar à cassação de seu mandato por causa de corrupção e
envolvimento no Lava Jato. Os ministros não se deixaram seduzir, atendo-se aos
fatos.
O caso faz
lembrar o poeta Kalil Gibran: o juiz deve julgar pelo que houve e não pelo que
ouve.
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