MUITO ALÉM
A deputada
Margarida Salomão, participando de debate da TV Câmara na noite de
segunda-feira sobre o momento político, considerou que o juiz Moro exorbita, vai além de suas atribuições, e
acha que esse avanço de responsabilidade e autoridade precisa ser levado em
conta na atualidade brasileira. Advertiu a deputada petista que não se trata
apenas de uma opinião pessoal, pois percebe que sua preocupação tem sido
respaldada por eminentes juristas.
BATATA
QUENTE
Sobre o juiz
Moro: não parece que ele ficará em maus lençóis se o ex-presidente Lula ganhar
foro privilegiado e, portanto, fora do seu alcance para processá-lo, muito
menos prendê-lo. A chegada de Lula ao Ministério tira das mãos do juiz uma
batata quente: as consequências imprevisíveis do recolhimento à cela de alguém
que tem inegável liderança sobre uma parte da população. Manietado pelo foro
privilegiado, Moro deve estar dando graças a Deus, pois o prosseguimento da
ação penal já não estará no campo de seus poderes.
REAÇÃO INJUSTA
Na cobertura jornalística do protesto de algumas pessoas
contrárias à presença de políticos nas manifestações de São Paulo (Aécio,
Alckmim, Paulinho da Força, Marta Suplicy) parece que nem todos sabiam que os
indesejados são os mesmos que ajudaram na mobilização e contribuíram para a
gigantesca concentração. A repulsa aos políticos não é boa, pois sem a política
o movimento da rua não vai a lugar nenhum, e a crise não se resolve. Sem o
apoio dos políticos o impedimento da presidente não acontecerá, como também não
se viabilizará sua permanência.
Noticiou-se também a repulsa à presença do Pastor Malafaia,
muito conhecido por ser um polemista agressivo. Será preconceito com um líder
evangélico?
Estes episódios precisam ser melhor estudados, pois não
contribuem para a superação da crise; muito pelo contrário, só agravam e
prolongam o calvário do povo brasileiro.
REGISTRO
Em mês de
política tão esquentada e começo das sondagens eleitorais, vale lembrar, a
título de curiosidade, e só isso, que março registra na cidade a votação
mais expressiva de todos os tempos. A “balaiada” ocorreu na eleição de 1930,
quando a chapa Getúlio Vargas-João Pessoa teve 3.198 votos contra 696 da chapa
Júlio Prestes-Vital Soares.
DIFICULDADE
Ficam os
candidatos sabendo desde já que terão imenso trabalho para obter ajuda
financeira de empresários, principalmente se precisarem de dinheiro de caixa
dois, aquele que evita exposição de excesso de gastos e problemas com a Justiça
Eleitoral. As empresas, com toda razão, olham o que vem acontecendo com
Odebrecht, Andrade Gurtierrez e OAS. Barbas de molho.
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