RECORDISTA
Quaisquer
que sejam os cálculos elaborados pelos organizadores e pela polícia, que sempre
divergem muito, a manifestação anti-Dilma de domingo bateu o recorde quanto à participação
popular. Numa avaliação média, sem compromisso com otimistas ou pessimistas,
desde a praça de São Mateus até o parque Halfeld desfilaram cerca de 20 mil
pessoas, o que significa que no seu diário a cidade registrou um novo recorde
sobre manifestações históricas.
A multidão
foi duas e meia vezes a do enterro do padre Wilson Vale da Costa em 23 de abril
de 1965, que ficou celebre e confirmou o grande prestígio daquele
sacerdote. Além disso, pode-se informar com segurança: relevado o fato de que a
cidade tinha população muito menor em outras épocas, o desfie de domingo
desbancou, quanto ao volume de participantes, o grande comício de Getúlio
Vargas em 1945 no Largo do Riachuelo e a concentração do Brigadeiro Eduardo
Gomes em 1950 na Praça da Estação.
As
expectativas agora se voltam para o PT, que também vai às ruas no dia 18, mas
com a missão de defender a presidente Dilma e seu antecessor. Os petistas
sempre foram considerados, com justiça, exímios organizadores de militâncias e
manifestações públicas, e certamente não vão querer deixar por menos.
SONDAGENS
Houve época,
não distante, em que se falou sobre a possibilidade de PT e PMDB se entenderem
e se acertarem em torno do projeto de reeleição do prefeito Bruno Siqueira, o
que se baseava principalmente nas boas relações da deputada Margarida Salomão
com o prefeito, e o exemplo que vem de duas instâncias superiores: PMDB e PT
gozam de convivência harmoniosa nos planos estadual e federal. Por que não no
plano municipal?
Agora as
sondagens estão deslocadas para um projeto bem diferente. O PSDB avalia a
possibilidade de se ajustar com Bruno, depois de considerar que não vê como
entrar na campanha com candidato próprio.
MINAS MILIONÁRIA
O governo
Pimentel se debate com imensas dificuldades de caixa. Já propôs parcelamento e
escalas diferenciadas nos vencimentos dos servidores. Ameaçou entrar com
medidas restritivas nos soldos dos militares, e não esconde a escassez de
verbas para obras.
Fica aberta,
portanto, a temporada de sugestões para quem tem obrigação de desapertar o
cinto do governador. Não falta quem sugira uma ação agressiva contra infratores
do trânsito, isto é, “sentar a caneta” em cima de quem não dá obediências à
lei. Por exemplo: Minas sairia de suas aperturas se multasse com total rigor
quem dirige e ao mesmo tempo faz uso do celular. Arrecadaria diariamente grandes
fortunas.
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