quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NA LIDERANÇA

Este será um fim de semana importante para o PSDB decidir o nome que vai liderá-lo na Câmara dos Deputados. A chance de ficar com Minas está no deputado Marcus Pestana, que vem se articulando há dias.
Raras vezes a liderança do principal partido da oposição foi tão importante, o que se explica pela atual vulnerabilidade do governo e os escândalos que o cercam.

PRIORIDADE

A pouco mais de um mês para assumir sua cadeira na Assembleia Legislativa, o deputado Isauro Calais retoca os pronunciamentos que pretende fazer já nas primeiras semanas de mandato.
Uma questão que o excita é a preservação dos interesses mineiros na relação com os grandes grupos industriais que aqui se instalam. Há casos em que, premidos pelas circunstâncias de mercado, eles desativam sua produção, depois de terem recebido toda forma de incentivo. É o caso de se pensar em compensar o estado, destinando-lhe os bens imóveis que aqui permanecerão.

NOVA CARA

O novo presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Mattos, é quem vai assumir a responsabilidade de mandar pintar, interna e externamente, o velho casarão Barbosa Lima. Anda pesquisando para saber qual a cor original que viu Pedro II inaugurar o prédio, mais de 120 anos passados.

EM TEMPO

O ano eleitoral chega ao fim, o tempo corre quase imperceptível. Dentro de seis meses já deverão estar sobre a mesa as discussões sobre a sucessão municipal. Assunto que desde agora deve tomar as atenções dos partidos; não em relação a nomes de candidatos, mas planos e propostas.

CAMPO RESTRITO

Gente ligada ao novo governador, Pimentel, confirmava, hoje cedo, o que já não é mais novidade para os jornais. No primeiro escalão, que assume em janeiro, Juiz de Fora fica mesmo com apenas uma cadeira, a ser ocupada, provavelmente, pelo suplente de deputado Wadson Ribeiro.

EM MEMÓRIA

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, recebeu documentos pessoais que estavam retidos em Juiz de Fora, na Auditoria da Quarta Circunscrição da Justiça Militar, desde meio século atrás, quando aqui foi processado sob a acusação de atividades subversivas. Agradeceu a restituição, iniciativa conjunta da Justiça e da Comissão Municipal da Verdade.

Preso por cerca de três anos em Linhares, são desagradáveis as lembranças que tem da cidade. 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mudanças

Com o PMDB e o novo vice-governador Antônio Andrade servindo de ponte, o prefeito Bruno Siqueira tem planos de alimentar um proveitoso diálogo com o Palácio da Liberdade, a partir de janeiro. Expectativa semelhante é em relação ao segundo mandato de Dilma, mas aí os caminhos serão outros. Seja como for, a esperança é que PMDB e PT caminhem entrosados aqui, em benefício não só do prefeito, mas do próprio governador Pimentel, cujas ambições políticas para um futuro imediato recomendam tal aliança na cidade e na Zona da Mata.
Há quem observe que, dependendo da amplitude do diálogo, o prefeito poderá promover certos reajustes nos primeiros escalões da Administração.

Um nome

Do ex-deputado Sebastião Helvécio, que está assumindo a presidência do Tribunal de Contas do Estado, espera-se, para 2015, seu retorno ativo às conversações políticas, não obstante o interesse que há anos vem revelando no estudo e pesquisa das complexas questões das contas municipais. No PSDB há um setor que se entusiasmaria com a possível candidatura do conselheiro à prefeitura em 2016.

UMA PERDA

Despedindo-se da presidência da Cemig, onde se encontra há 13 anos, Djalma Morais, fica como uma das figuras mais competentes da administração pública, reconhecido e premiadíssimo até no Exterior. Recentemente, uma pesquisa em Harvard o situou entre os 63 maiores executivos do mundo.
Morais deixa a companhia mineira como modelo continental no setor elétrico, liderando uma holding de mais de 200 empresas.  Juiz de Fora, onde é eleitor, também perde um porta-voz decisivo junto ao governo.

EM TEMPO

Os novos eleitos nem assumiram, mas isso não deve servir de pretexto para que as lideranças ignorem conversações sobre o embate municipal de 2016. Os partidos já devem se movimentar a partir do primeiro trimestre do próximo ano. Não será sem tempo, pois é com tal antecedência que as peças do xadrez começam a ser montadas.

INAUGURAÇÃO

Inicialmente prevista para este mês, a inauguração do Memorial Itamar Franco, no Museu da República, ficou para a segunda semana de março. Pode ser motivação para a primeira visita do novo governador à cidade.

DOR DE CABEÇA

Por mais que o governo se esforce para minimizar os efeitos do rombo na Petrobras, é indiscutível o desgaste internacional provocado pela decisão dos Estados Unidos e da Holanda de entrar vigorosamente nas investigações em defesa dos seus cidadãos acionistas na estatal. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

MODISMO

Atribui-se, sem exagero, à presidente Dilma uma sólida incursão revolucionária no campo da linguagem, depois de decidir que para ela seu cargo é de “presidenta”, o que mandou para as calendas velhas lições do particípio ativo nos derivados verbais. Como ensina um cuidadoso professor de Português, graças ao particípio ativo do verbo ser, o atacar nos dá atacante, pedir dá pedinte, cantar dá cantante. O particípio ativo do verbo ser é ente, independentemente do que dona Dilma julgar conhecer do idioma do povo que representa.

Capela ardente não é “ardenta”, superintendente não veste saia para ser superintendenta”, estudante não é “estudanta” e paciente  não é “pacienta”. Se não cessar essa onda, daqui a pouco também estarão no lixo os termos chamados unívonos, as mulheres serão da humanidade e os homens do “humanidado”. Millôr e
Veríssimo já haviam se horrorizado com a possibilidade de não serem mais pessoas, mas “pessoos”...

Por causa do modismo presidencial, nossos oradores políticos andam abrindo seus discursos com o dispensável  boa noite  “a todos e a todas”.

DE PRESENTE

O vereador Rodrigo Mattos, que acaba de ser eleito presidente da Câmara, destinou R$ 20 mil de suas emendas ao orçamento municipal para o Museu Mariano Procópio mandar restaurar três telas do acervo que estavam seriamente danificadas. Elas já estão em S.Paulo, com a sorte de serem confiadas a Raul Carvalho, considerado um dos três maiores restauradores brasileiros.

EXPECTATIVA

Diante de um quadro político sombrio, que gera tamanhas perplexidades, não podia ser outro o sentimento das lideranças, sobretudo na área econômico-financeira. Ninguém tem coragem de apostar num futuro próximo. O que vai acontecer com este Brasil tão molestado?