quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NA LIDERANÇA

Este será um fim de semana importante para o PSDB decidir o nome que vai liderá-lo na Câmara dos Deputados. A chance de ficar com Minas está no deputado Marcus Pestana, que vem se articulando há dias.
Raras vezes a liderança do principal partido da oposição foi tão importante, o que se explica pela atual vulnerabilidade do governo e os escândalos que o cercam.

PRIORIDADE

A pouco mais de um mês para assumir sua cadeira na Assembleia Legislativa, o deputado Isauro Calais retoca os pronunciamentos que pretende fazer já nas primeiras semanas de mandato.
Uma questão que o excita é a preservação dos interesses mineiros na relação com os grandes grupos industriais que aqui se instalam. Há casos em que, premidos pelas circunstâncias de mercado, eles desativam sua produção, depois de terem recebido toda forma de incentivo. É o caso de se pensar em compensar o estado, destinando-lhe os bens imóveis que aqui permanecerão.

NOVA CARA

O novo presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Mattos, é quem vai assumir a responsabilidade de mandar pintar, interna e externamente, o velho casarão Barbosa Lima. Anda pesquisando para saber qual a cor original que viu Pedro II inaugurar o prédio, mais de 120 anos passados.

EM TEMPO

O ano eleitoral chega ao fim, o tempo corre quase imperceptível. Dentro de seis meses já deverão estar sobre a mesa as discussões sobre a sucessão municipal. Assunto que desde agora deve tomar as atenções dos partidos; não em relação a nomes de candidatos, mas planos e propostas.

CAMPO RESTRITO

Gente ligada ao novo governador, Pimentel, confirmava, hoje cedo, o que já não é mais novidade para os jornais. No primeiro escalão, que assume em janeiro, Juiz de Fora fica mesmo com apenas uma cadeira, a ser ocupada, provavelmente, pelo suplente de deputado Wadson Ribeiro.

EM MEMÓRIA

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, recebeu documentos pessoais que estavam retidos em Juiz de Fora, na Auditoria da Quarta Circunscrição da Justiça Militar, desde meio século atrás, quando aqui foi processado sob a acusação de atividades subversivas. Agradeceu a restituição, iniciativa conjunta da Justiça e da Comissão Municipal da Verdade.

Preso por cerca de três anos em Linhares, são desagradáveis as lembranças que tem da cidade. 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mudanças

Com o PMDB e o novo vice-governador Antônio Andrade servindo de ponte, o prefeito Bruno Siqueira tem planos de alimentar um proveitoso diálogo com o Palácio da Liberdade, a partir de janeiro. Expectativa semelhante é em relação ao segundo mandato de Dilma, mas aí os caminhos serão outros. Seja como for, a esperança é que PMDB e PT caminhem entrosados aqui, em benefício não só do prefeito, mas do próprio governador Pimentel, cujas ambições políticas para um futuro imediato recomendam tal aliança na cidade e na Zona da Mata.
Há quem observe que, dependendo da amplitude do diálogo, o prefeito poderá promover certos reajustes nos primeiros escalões da Administração.

Um nome

Do ex-deputado Sebastião Helvécio, que está assumindo a presidência do Tribunal de Contas do Estado, espera-se, para 2015, seu retorno ativo às conversações políticas, não obstante o interesse que há anos vem revelando no estudo e pesquisa das complexas questões das contas municipais. No PSDB há um setor que se entusiasmaria com a possível candidatura do conselheiro à prefeitura em 2016.

UMA PERDA

Despedindo-se da presidência da Cemig, onde se encontra há 13 anos, Djalma Morais, fica como uma das figuras mais competentes da administração pública, reconhecido e premiadíssimo até no Exterior. Recentemente, uma pesquisa em Harvard o situou entre os 63 maiores executivos do mundo.
Morais deixa a companhia mineira como modelo continental no setor elétrico, liderando uma holding de mais de 200 empresas.  Juiz de Fora, onde é eleitor, também perde um porta-voz decisivo junto ao governo.

EM TEMPO

Os novos eleitos nem assumiram, mas isso não deve servir de pretexto para que as lideranças ignorem conversações sobre o embate municipal de 2016. Os partidos já devem se movimentar a partir do primeiro trimestre do próximo ano. Não será sem tempo, pois é com tal antecedência que as peças do xadrez começam a ser montadas.

INAUGURAÇÃO

Inicialmente prevista para este mês, a inauguração do Memorial Itamar Franco, no Museu da República, ficou para a segunda semana de março. Pode ser motivação para a primeira visita do novo governador à cidade.

DOR DE CABEÇA

Por mais que o governo se esforce para minimizar os efeitos do rombo na Petrobras, é indiscutível o desgaste internacional provocado pela decisão dos Estados Unidos e da Holanda de entrar vigorosamente nas investigações em defesa dos seus cidadãos acionistas na estatal. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

MODISMO

Atribui-se, sem exagero, à presidente Dilma uma sólida incursão revolucionária no campo da linguagem, depois de decidir que para ela seu cargo é de “presidenta”, o que mandou para as calendas velhas lições do particípio ativo nos derivados verbais. Como ensina um cuidadoso professor de Português, graças ao particípio ativo do verbo ser, o atacar nos dá atacante, pedir dá pedinte, cantar dá cantante. O particípio ativo do verbo ser é ente, independentemente do que dona Dilma julgar conhecer do idioma do povo que representa.

Capela ardente não é “ardenta”, superintendente não veste saia para ser superintendenta”, estudante não é “estudanta” e paciente  não é “pacienta”. Se não cessar essa onda, daqui a pouco também estarão no lixo os termos chamados unívonos, as mulheres serão da humanidade e os homens do “humanidado”. Millôr e
Veríssimo já haviam se horrorizado com a possibilidade de não serem mais pessoas, mas “pessoos”...

Por causa do modismo presidencial, nossos oradores políticos andam abrindo seus discursos com o dispensável  boa noite  “a todos e a todas”.

DE PRESENTE

O vereador Rodrigo Mattos, que acaba de ser eleito presidente da Câmara, destinou R$ 20 mil de suas emendas ao orçamento municipal para o Museu Mariano Procópio mandar restaurar três telas do acervo que estavam seriamente danificadas. Elas já estão em S.Paulo, com a sorte de serem confiadas a Raul Carvalho, considerado um dos três maiores restauradores brasileiros.

EXPECTATIVA

Diante de um quadro político sombrio, que gera tamanhas perplexidades, não podia ser outro o sentimento das lideranças, sobretudo na área econômico-financeira. Ninguém tem coragem de apostar num futuro próximo. O que vai acontecer com este Brasil tão molestado?




segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Salvo os grandes


Um por um, cada qual a seu tempo, os condenados do mensalão vão sendo soltos ou ganhando certas generosidades da Justiça, de forma que daqui a pouco estarão todos em casa, gozando as benesses da impunidade.
Prisão domiciliar para quem não precisa trabalhar é prêmio ou aposentadoria qualificada, diga-se de passagem.
Fica mais uma vez demonstrado que as cadeias do Brasil não têm espaço para os poderosos.
Mas isso não é de hoje. Ainda há pouco, lendo “Rotina Bancária”, que o ex-prefeito José Procópio Teixeira publicou em 1946, anotei este trecho:
“(...)pois enquanto as prisões estão cheias de ladrões de galinha, as avenidas se acham infestadas de chatagistas e falsários”.
Anos depois, Eduardo Almeida Reis, em “Burrice Emocional”, lembraria a Roma dos césares:
“Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar o ladrão por ter roubado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um ditador, por ter roubado uma província”.



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Sem Constituinte


A promessa do senador Aécio Neves de levar a ferro e fogo a oposição ao novo governo Dilma deve se centralizar, entre as questões essenciais, na tentativa de impedir que o PT amplie sua campanha para a convocação de uma Constituinte. É bem sabido que com os votos dos beneficiários nordestinos do Bolsa Família, que são a versão contemporânea do voto de cabresto, o governo não teria dificuldade em escrever uma Constituição como bem entender. Para a oposição é insuficiente (a última eleição confirmou) o argumento de que para uma Carta democrática não cabem restrições de quaisquer ordens.
No projeto de Brasília, um dos objetivos é construir certo controle sobre os meios de comunicação, o que seria mordaça disfarçada. Coisa irrelevante para os eleitores do Bolsa Família.


Remédios amargos


O governo precisa criar, urgentemente, um esquema de reação política ao quadro de decepções que criou com as más notícias que guardou a sete chaves para divulgar após a eleição. Sob pena de criar um clima de hostilidades, greves e manifestações de rua que logo virão. Escondeu os dois aumentos quase sucessivos no preço da gasolina, o pior desempenho da economia comercial nos últimos 16 anos, rombo de R$ 24 bi no Tesouro Nacional, inflação engordando, 20% na tarifa de energia. Precisa se explicar, enquanto vive o frescor da vitória das urnas.


Como sempre


Há cerca de 35 anos, no “Estado de S.Paulo”, Fernando Pedreira escreveu o que, sem qualquer esforço para atualizá-lo, justifica a reedição:
“A impunidade está garantida, porque a sofisticada e complexa aparelhagem estatal assegura, primeiro, a socialização dos prejuízos, e depois a competente “desapuração” dos crimes e das irregularidades praticados, por meio de relatórios e inquéritos que se alongam até que a opinião pública se esqueça de tudo”.


Derrota geral


Alguns raros êxitos isolados; ausentes e encantoados os partidos; indigência de ideias e propostas, tudo coroado com uma escandalosa votação conferida a candidatos “estrangeiros”, traçam um quadro que denuncia a falência da classe política na cidade. As lideranças precisam descer dos cabedais e mergulhar na autocrítica. Enquanto é tempo.





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Para dialogar

Esta é uma semana em que o prefeito Bruno Siqueira, retornando de sua viagem ao exterior, deve iniciar a avaliação do quadro político que se formou a partir das eleições; e, com os dados que obtiver, traçar os  rumos dos dois anos que restam à sua gestão.
No estado, ele conta com a interlocução do vice-governador eleito, Antônio Andrade, com quem sempre teve boas relações. Ao mesmo tempo, dispõe de números que podem ajudá-lo a ter trânsito em Brasília, recorrendo ao quadro de votação de domingo passado: dos 500 mil votos que deram preferência a Dilma em Minas 15% foram de Juiz de Fora. É uma contribuição expressiva.
Ainda com base nos ajustes, especula-se que algumas secretarias poderão ter novos nomes proximamente.


Sem plebiscito

Durou pouco, nada além de algumas horas, o ânimo da presidente Dilma para a convocação de um plebiscito, no qual os brasileiros seriam chamados a definir o conteúdo da reforma política. Desistiu, pelo menos por algum tempo, porque os resultados das urnas não foram suficientes para que encarasse uma empresa desse vulto. De fato, ela não pode desconsiderar que passa a governar um País rachado ao meio; portanto, vulnerável a polêmicas mais acaloradas.
Mas, antes mesmo, é preciso continuar reagindo a essa proposta, venha quando vier, porque não se pode admitir que matéria dessa importância, tão complexa, o governo queira definir com os votos do vasto curral eleitoral que criou com o Bolsa Família, cujos beneficiários,ficou agora comprovado, votam sob cabresto.
Já se disse repetidas vezes, a esse propósito, que a reforma política é natural atribuição do Congresso Nacional, onde tramita há quase 20 anos. Foi estudada e discutida à exaustão. Sugerir agora um plebiscito é criar regras depois do jogo começado; a dar ao governo, de novo, as urnas nordestinas que controla com um programa assistencial primário.


Não é pra esquecer

Os ressentimentos e as frustrações dos derrotados, ao lado das alegrias dos vitoriosos, todos sem saber exatamente qual o futuro deste País, não autorizam que fique relegada a segundo plano a realidade que a eleição presidencial acaba de traçar: o Brasil está rachado ao meio, tendo como divisória com um pequeno naco sustentado em tênue favoritismo da presidente Dilma a indicar que de fato moramos em países diferentes. O Nordeste nada tem a ver com o Sul, e a recíproca é verdadeira. A pátria de Aécio não é a pátria de dona Dilma. Seus eleitores são diferentes, têm outra visão da nacionalidade, contrastam no julgamento das coisas temporais. 
O que nos deve unir, ausentes outras razões significativas, é apenas a certeza de que estamos divididos e distantes. E se falamos um mesmo idioma, reconheçamos que ele é insuficiente para a compreensão da nacionalidade. Há um Brasil da Bahia pra cima e outro Brasil da Bahia pra baixo.  

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lições de outubro 


As eleições deste outubro, tanto a majoritária como a proporcional, mostram-se fartas em advertências para os partidos e as pretensas lideranças municipais; essas lideranças que descuidaram de promover debates, estudos e seminários sobre o momento político que estamos vivendo. No que dependeu dessa gente, faltou ânimo suficiente para animar a eleição. Uma ressalva: a militância do PT, mesmo sem o volume das ações que revelou em campanhas passadas e com velhas manchas de cisões internas, foi para as ruas na missão difícil de enfrentar o bombardeio que se praticou contra a presidente Dilma; ela, apenas ela, no momento em que teve de assumir e incorporar os desgastes do petismo. Sobre os outros partidos de maior expressão, salta, em primeiro lugar, a olhos vistos, a implicância que domina os grupos que compõem o PSDB. Quase uma tradição, que tem como resultado flagrante a resistência dos dirigentes locais à candidatura do deputado Marcus Pestana, a despeito de ser presidente estadual do partido. Os grupos, onde geralmente se contrapõem Pestana e o ex-prefeito Cuistódio Mattos, vão se alternando na linha das antipatias recíprocas. Fica sem resposta a pergunta ao diretório municipal: o que se fez em Juiz de Fora, partidariamente, o PSDB pelas candidaturas de Aécio Neves e Pimenta da Veiga? (Outra ressalva: a atuação do PPS, inspirado pelo deputado eleito Antônio Jorge, que procurou ocupar espaços que os tucanos deixaram em aberto). Quanto ao PMDB, não diferentemente,permaneceu a impossibilidade de suas alas conviverem em torno de projetos comuns. Não foi unânime o acatamento da proposta do prefeito Bruno Siqueira de apoio às candidaturas de Isauro Calais à Assembleia e Pestana à Câmara, como também dividiram-se as simpatias entre outros candidatos, sendo ou não de Juiz de Fora. Foi o caso do prestigiado vereador Antônio Aguiar, cuja foto apareceu nos posters de Rodrigo Pacheco, que o eleitorado local não conhecia. Uma lição a extrair, portanto, neste outubro de muito calor e campanhas mornas, é a necessidade de os partidos trabalharem pela unidade, primeiro passo para se fortalecerem, antes de pensar em candidaturas.


 Em decorrência 


 Se faltassem outras razões para estimular os partidos a uma urgente autocrítica, ainda com base nas lições que lhes deixa este outubro, ficam os números, pródigos em lições e advertências sobre a marcha batida em que vai para o abismo nossa representação política. Basta um exemplo, e para tanto ligeiro esforço de memória: há dez anos, as candidaturas de Sebastião Helvécio, Biel, alberto bejani e João César Novais somaram em Juiz de Fora cerca de 240 mil votos. Pois, no dia 5 passado, mesmo com um colégio eleitoral muito maior, a soma dos votos dos nossos candidatos não logrou ultrapassar a casa dos 198 mil. Isto significa, antes de mais nada, que estamos num perigoso processe de regressão política, o que se confirmaria naquele domingo, com um escândalo cívico: 45% dos nossos eleitores anularam o voto, votaram em branco ou optaram pela abstenção.

 (Este blog esteve desativado durante algumas semanas, por razões diversas. Volta agora, agradecendo a atenção e o acolhimento que sempre mereceu de seus frequentadores)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Atualidade
Há treze anos, a Revista do Tribunal de Contas de Minas Gerais publicava artigo do jurista Miguel Reale, que, sem qualquer mudança, adequa-se à realidade política dos nossos dias e com absoluta perfeição. Considerando-se que o autor isnpirava-se em situações bem anteriores a ele, conclui-se que era tudo continua como dantes. “A vida política no Brasil é uma competição de cúpula, com reduzida participação do eleitorado. E dois vícios fundamentais inquinam nossa vida partidária: a falta de confronto entre ideias e programas e o alheamento dos eleitores à existência dos partidos”, explicou . E conclui que tal situação, tão perniciosa numa sociedade plural, “interessa a grande número de parlamentares, habituados a se reelegerem com partidos de aluguel”. Para o jurista, o começo para a solução de tal problema pode estar na adoção do voto distrital misto. “É claro que tal sistema é incompatível com a existência de partidos sem estrutura e sem programa definido”. E aí a coisa vai se complicando.
A receita
Há uns cinco meses, participando de reunião do diretório municipal do PSB, o ex-prefeito Tarcísio Delgado recomendava que a militância se reunisse mais frequentemente e buscasse uma atuação mais ostensiva nos bairros. Agora, candidato a governador, ele tem redobrada razão para insistir nesse apelo, pois em Juiz de Fora é que deve esperar sua maior votação.
Terceira via
Uma candidatura alternativa ao governo de Minas, como agora no caso de Tarcísio Delgado, parte naturalmente com 4 ou 5% do eleitorado. Qualquer que seja a previsão de abstenção e votos válidos, a experiência autoriza prever que ele começa com 350 mil ou 400 mil votos.
Passo seguinte
Esgotado o interesse nacional pela Copa do Mundo, onde o Brasil teve desempenho melancólico, a campanha eleitoral ganha espaço para ser tratada objetivamente. O que não impede a discussão sobre se o desastre do futebol terá reflexo sobre o ânimo do eleitorado. A pergunta é se a grande decepção popular empurra ou não o voto para candidatos oposicionistas.
Seja como for, tratando-se da disputa presidencial já não há dúvida de que vamos para o segundo turno.
Compromisso
Betinho Duarte, uma das principais figuras de Minas na luta pelos direitos humanos, acha que Juiz de Fora, mais que a capital do estado, tem razões para desvendar os casos de tortura que foram praticados durante a ditadura militar. Diz ele que se os primeiros passos do golpe de 64 foram dados aqui, também aqui se escreveram algumas das grandes páginas da história das liberdades.
Ponto alto
Prepara-se o prefeito Bruno Siqueira para marcar a data de inauguração (certamente em agosto) da obra que, iniciada pelo antecessor, Custódio Mattos, ficará como a maior e mais importante dos últimos tempos: a quarta adutora, que colocará à disposição da população água suficiente para o consumo nos próximos 25 anos.
Henrique Duque
Em véspera de deixar o comando da Universidade Federal, o reitor Henrique Duque define algumas reflexões que traz dos oito anos em que esteve no cargo: conscientizou-se de que a universidade federal deve mesmo ser gratuita; que as cotas raciais são mais importantes em alguns estados do que em Minas; que a UFJF ajudou Juiz de Fora a se consolidar como capital da inteligência regional; que o ensino a distância, no qual não acreditava muito, subiu de 300 alunos para 6.000; que os 700 professores que encontrou são agora 1.700; considera que o Parque Tecnológico é responsável pelo grande impulso da Zona da Mata; reconhece que alimenta aspirações políticas no campo executivo. Enfim: está certo de que o problema do Brasil é que falta gente que faça acontecer.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Para decidir

O comando estadual do PMDB, tendo à frente o presidente Antônio Andrade, desembarca em Juiz de Fora nesta quinta-feira, e à tarde estará reunido com a executiva municipal. Nesse encontro a pauta se resume no posicionamento dos peemedebistas locais em relação à eleição de governador em outubro. O partido tem projeto de estender a Minas a aliança que reeditou em plano federal com o PT, mas quando se trata de atrair as lideranças municipais não há unanimidade quanto a isso.
A previsão é de uma  conversa franca e decisiva. De forma que o comando estadual possa retornar a Belo Horizonte sem maiores dúvidas quanto à disciplina dos correligionários da cidade.


Risco repetido

Já se sabendo que deverão ser 12 os candidatos da cidade à Assembleia Legislativa, assegura-se a cidade de que se tornam remotas as possibilidades de se fazer representar por uma bancada numerosa.  Os votos se diluem e o pouco que se dá aos muitos postulantes afunila os espaços para a chegada.


O retorno

A decisão do ex-prefeito Tarcísio Delgado de autorizar ao PSB o lançamento de sua candidatura ao governo do estado já sinaliza para dois detalhes:
1) a inesperada candidatura de um juiz-forano dá ao prefeito Bruno Siqueira, ainda que de outro partido, condições de se confessar constrangido para estar contra o conterrâneo, esquivando-se assim das pressões do PMDB e do PSDB, que o querem posicionado entre Pimenta e Pimentel. E adia a definição para o segundo turno.
2) Com essa candidatura, Tarcísio se reinscreve, em estilo, no quadro político estadual, sejam lá quais forem os resultados das urnas de outubro.


Substituto

O vereador Jucélio Aparecido vai substituir seu colega Betão como representantes da Câmara na Comissão Municipal da Verdade. Betão se vê forçado a optar pela desincompatibilização, e assim poder disputar, pelo  PT, uma cadeira na Assembleia Legislativa.


Velha praga

O colégio de 400 mil eleitores é mais que suficiente para transformar Juiz de Fora num pomar atraente aos candidatos distantes. Em eleições passadas um jornal da cidade definia como gafanhotos esses aventureiros. Eles chegam em bando, arrasam, vão embora e só voltam no próximo  generoso.



quarta-feira, 25 de junho de 2014

Desafios

Esta é uma semana de desafios importantes para o PSB em sua luta para conseguir identidade definitiva. O partido tem revelado insegurança frente aos compromissos, como legenda nacional  e, na contramão, os interesses que o prendem nos estados.
Minas não foge a tal situação. Empurrados por dirigentes nacionais, os socialistas são impelidos a negar apoio à candidatura de Aécio Neves, com quem vêm flertado há longo tempo.

Ansiosos

No alto comando dos partidos, principalmente os radicados em Brasília, sente-se nesta semana um clima de ansiedade pelo fim da Copa do Mundo. Pois,  quando a bola não mais rolar nos gramados haverá tempo e vagar para  as eleições distantes apenas três meses.

A verdade 

Nesta quinta-feira, às 9h30min, no Anfiteatro João Carriço, da Funalfa, a Comissão Municipal da Verdade promove sua primeira reunião pública. Vai ouvir depoimentos e mostrar o que tem feito e as tarefas que ainda a aguardam.

Confiante

O PSC parece animado com a possibilidade de eleger Vanderlei Tomaz deputado federal. Baseia-se no fato de, sendo o ex-vereador de Juiz de Fora, colégio de 400 mil eleitores, o partido também não terá outro nome na Zona da Mata para disputar a mesma cadeira.

 Os ausentes

A eleição que vai entrar em cena será a primeira em que pelo menos um ex-prefeito não estará na disputa. São cinco: Saulo Moreira, Tarcísio Delgado, Custódio Mattos, bejani e José Eduardo. 

Consensual  

 Num cenário em que são raros os consensos, os políticos mineiros têm como certo que o ex-governador Antônio Anastasia será o grande eleitor deste ano, graças à aprovação que obteve ao passar pelo Palácio dos  Despachos.

Substituto

 A Câmara terá de indicar, nas próximas horas, o substituto do vereador Betão na Comissão Municipal da  Verdade.  O vereador petista desincompatibiliza-se para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Contrapartida

O PMDB  indaga, ainda sem resposta, como o PT vai pleitear o apoio do prefeito Bruno Siqueira à candidatura de Pimentel ao governo do estado? se a bancada petista na Câmara não o poupa.

Prazo final

Chegamos a um fim de semana decisivo para o fechamento das chapas que vão disputar em outubro.  Persistem muitas dúvidas, que resultam da complexidade das alianças, por sua vez complicadas no choque dos interesses de grupos e correntes.

Mercurial

 As  pesquisas têm revelado certa tendência mercurial. Sobem e descem. Portanto, elas apenas indicam a realidade de um momento, mas logo logo estarão expostas a fenômenos que avultam no clima da campanha, como inflação, carestia e corrupção.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Recibo passado

 Estranho que os assessores e conselheiros da presidente Dilma não tenham se esforçado para que ela não “passasse recibo” pelas vaias que recebeu na festa de abertura da Copa do Mundo.  Pelo contrário, ampliando os efeitos do episódio, acabaram trabalhando para que a ofensa ganhasse nova dimensão e se mantivesse viva.
A própria presidente foi além:  aguçou a curiosidade nacional pelo palavrão com que se ofendeu, ao dizer que se tratava de algo que não pode ser dito diante de crianças e de famílias.

Fartura perigosa

Conta-se mais de meia dúzia de candidatos a deputado estadual. É a receita eficaz para a diluição dois votos e a consequente limitação da representação parlamentar  da cidade. Trata-se de um problema antigo a desafiar as lideranças políticas.

Divisionismo

O PMDB, cada vez mais resistente às candidaturas próprias, atraído por alianças produtivas,  entra, pelo menos em Minas,  dividido quanto às candidaturas na linha dos executivos. O que garante reflexos importantes, um deles a impossibilidade de formulação, hoje,  de pesquisas mais próximas da realidade possível.

Reais que voltam

A devolução, pela Câmara, de recursos orçamentários não aplicados (desta vez cerca de R$ 1 milhão), não mais se diluirá nos cofres do Executivo. Agora é dinheiro carimbado com destino à Saúde, segundo decisão do prefeito Bruno.
Nas gentilezas anteriores não havia destinação definida, de forma que os pequenos reais que sobravam na Câmara perdiam-se entre os muitos reais da prefeitura.


Qual  espanto?

Deputados não deviam se espantar ante os números das pesquisas  que indicam crescente desinteresse dos jovens brasileiros pelas eleições. Pois tal desinteresse resulta exatamente do mau comportamento da maioria dos políticos e partidos.

Lei  Murilo

No ano em que completa  20 anos de apoio a iniciativas culturais, a Lei Murilo Mendes acaba de receber a inscrição de 188 trabalhos concorrentes, assinados por artistas e produtores de setores diversos.
O superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, prepara, para agosto, programa comemorativo do aniversário da Lei.


Cochilo nas placas

Pedestres registram e comentam os muitos erros nas placas de ruas e praças da cidade. Vários já foram registrados aqui, com pedido de providências.

Mais uma: na Rua Alencar Tristão, entrada do Parque da Saudade, o benfeitor é identificado como “investigador”e não “investidor”... 

sábado, 17 de maio de 2014

Sobre a Copa

Mais que qualquer outro campeonato mundial em que o Brasil tenha jogado seu prestígio no futebol, desta vez predomina a expectativa de que a performance da seleção terá influência nos destinos da eleição presidencial de outubro. Bem entendido: se o Brasil perde, o governo se dará mal, para não se falar na hostilidade de manifestações de procedências diversas. Se a seleção se impuser diante das demais, uma onda de alegria misturada com otimismo poderia socorrer o projeto de reeleição da presidente Dilma. Não é uma previsão de fácil elaboração. Acreditam alguns que, muito mais influentes que os resultados dos jogos, podem ser prejudiciais os protestos e o vandalismo, capazes de sangrar o já arranhado prestígio do governo no Exterior. Sintomática, por exemplo, a recomendação das autoridades da Suíça para que os turistas considerem as precárias condições de segurança em que estamos vivendo hoje no Brasil.
Fato é que assessores do Planalto andam preocupadíssimos, e isto não pode ser negado. Seja como for, continua no ar a pergunta: a Copa pode influenciar nas urnas? Há dias, em artigo no “O Globo”, Zuenir Ventura afastava o fantasma, garantindo que essa influência nunca existiu: “Em 98, o Brasil perdeu, e Fernando Henrique se reelegeu no primeiro turno; em 2002, a seleção ganhou, e o presidente não fez o sucessor, José Serra; em 2006, foi a vez da Itália, e Lula se reelegeu. Em 2010, perdemos para a Espanha, e mesmo assim Lula elegeu Dilma”. Agora é esperar para ver.
Sem risco
Estimulado por amizades que criou no PMDB, o médico João César Novais entra hoje na fase final de avaliação da possibilidade de disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, o que já tentou em passado recente, quando chegou aos 40 mil votos. Tem pesado a necessidade de um estudo cuidadoso do custo financeiro da campanha. Sem um mínimo de segurança é impossível enfrentar essa competição, cada vez mais cara.
Belo presente
A Pinacoteca da São Paulo, considerada uma das mais importantes do continente, pede emprestadas 43 telas do acervo do Museu Mariano Procópio, como parte de uma exposição que realizará em outubro. A cessão já foi autorizada pelo Conselho de Amigos da instituição. Além de ser excelente oportunidade para a divulgação do acervo, o diretor do Museu, Douglas Fasolato, obteve a promessa da Pinacoteca de receber restauradas todas as peças que exigirem esse cuidado.
Em memória
A imprensa de Juiz de Fora teve papel importante no episódio de 64, quando a Quarta Região Militar se levantou contra o governo João Goulart. Não apenas pela cobertura do fato no momento em que nascia e prosperava, como também porque a direção dos jornais apoiou claramente, com entusiasmo, um golpe que estenderia suas consequências pelos vinte anos seguintes. É com base no papel dessa imprensa que a Funalfa montou uma exposição no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, aberta até o dia 31 deste mês. Vale a pena ser visitada.
Garras da inflação
É nas pequenas coisas, não apenas no empobrecimento daqueles carrinhos que as pessoas arrastam nos supermercados, que são sentidas as garras da inflação, sempre mais alta que os índices mostrados pelo governo. Até na carrocinha de amendoim torrado. No mês passado ele custava R$1,00 e subiu para R$ 1.50, Portanto, aumento de 50%. A aposta mínima da Mega Sena, no mesmo ritmo, subiu de R$ 2,00 para R$ 2,50. O engraxate, para não nadar contra a correnteza inflacionária, não lustra mais os sapatos por R$ 4,00, mas cobra R$ 5,00, aumento do 25%.
E assim vai.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Mudança







O ex-deputado Marcello Siqueira deverá assumir, proximamente, a presidência do Instituto Itamar Franco, no lugar do ex-prefeito Saulo Moreira, que deseja afastar-se.

O Instituto guarda o memorial de Itamar, e vai ser definitivamente instalado em junho no Museu da República, junto ao Museu Murilo Mendes.



A marca


Ao governador Alberto Pinto Coelho, que virá à cidade em 31 de maio para receber a Comenda Henrique Helfeld, tem sido levada sugestão de amigos e correligionários no sentido de escolher e realizar uma obra física em Juiz de Fora para marcar sua passagem pelo Palácio da Liberdade. Ideias não faltam. Alberto permanece no cargo nos próximos oito meses.


Exposição


Na primeira quinzena de maio a Funalfa – Fundação Alfredo Ferreira Lage vai abrir, no Espaço Mascarenhas, uma exposição de fotos, documentos, jornais e peças diversas sobre o golpe de 31 de março de 1964. Basicamente, o material se refere aos fatos que ocorreram em Juiz de Fora naquele episódio.



Carnaval


Nesta terça-feira, às 15h, a Câmara Municipal promove audiência pública para discutir a experiência do carnaval deste ano, quando as escolas de Samba desfilaram em calendário antecipado. Até agora, os sinais são positivos, ainda que se reconheça a necessidade de algumas medidas para ajustar a promoção à novidade, aliás, bem sucedida em algumas outras cidades.




terça-feira, 15 de abril de 2014

As convenções

A temporada das convenções partidárias começa dentro de dois meses, e, a bem dizer, não se vê sinal de qualquer preocupação dos dirigentes. Como sempre, também não se fala no papel dos convencionais, que tradicionalmente são chamados só quando os receituários das candidaturas já estão prontos, com raras possibilidades de influenciar.

Ideal é que se antecipasse a convenção com a apresentação de planos e ideias. Mas o defeito não
pode ser atribuído apenas aos atuais partidos. Sempre foi assim.


Ponto crítico


Marlon Siqueira, que acaba de deixar a Secretaria de Agropecuária e Abastecimento para ocupar nova função na Administração municipal, diz que nos doze meses em que esteve no cargo aprofundou conhecimento em um setor geralmente mal esclarecido, o programa da merenda escolar. É uma complexidade, da qual se valem cerca de 30 mil pessoas diariamente.


Aniversário


Na quinta-feira a Loja Glamour completa 60 anos de atividades ininterruptas em Juiz de Fora, resultado do trabalho de dois primos libaneses, Mukaiber e Mtanos Miana. É certamente a mais antiga do centro da cidade.
Já em abril de 1954, e lá se vão esses 60 anos, os dois se estabeleceram na Galeria Pio X. E ali trabalharam e construíram seu prestígio nos três e meio anos seguintes, até se transferirem para a esquina da Galeria com a Rua Halfeld, onde se encontram até hoje, vencendo as muitas crises e turbulências da economia nacional. Para que se tenha ideia das muitas fases de dificuldades e desafios, basta dizer que a história da Glamour assistiu à queda de 21 zeros na moeda nacional!!!...



Base sólida


Mesmo com o diretório municipal do PMDB, seu partido, sem candidatos próprios a deputado, o prefeito Bruno Siqueira parece caminhar para manter em outubro a base partidária com que se elegeu. O que deve incluir a presença do PSDB, com a candidatura de Marcus Pestana a deputado federal. A conferir.


Poste livre


A Secretaria de Atividades Urbanas iniciou campanha para salvar os postes na zona urbana das propagandas comerciais, em geral de gosto duvidoso. Não é permitida a afixação de cartazes, letreiros ou qualquer outro tipo de imundície. Aliás, essa proibição é uma velha conhecida. Está no artigo 48 da Lei 11.197/06.


Flanelinhas


Não se entende a razão de a lei titubear na proteção aos proprietários de veículos, quando estacionam em locais infestados de flanelinhas, que cometem extorsão e praticam vadiagem. Crimes definidos em lei.
Há dias, o professor Antônio Álvares da Silva, da Faculdade de Direito da UFMG, lembrou que a Lei 6.242, do governo Geisel, regulou essa atividade, que, para exercê-la, é preciso registro no Ministério do Trabalho, ter atestado de bons antecendenes e certidão negativa criminal. A realidade manda a lei às favas. E com isso, é ainda o professor falando, os flanelinhas atormentam a vida de quem vai ao cinema ou ao teatro e tem de deixar o carro em via pública. São os donos do espaço público.



segunda-feira, 31 de março de 2014

Ponto obscuro

Testemunha ocular e frustrada naquela tarde de 31 de março de 64, quando se consolidou, numa proclamação do general Mourão Filho, o golpe contra o governo Goulart, as instituições e, por fim, contra a liberdade, colegas jornalistas quiseram conhecer minha opinião sobre aquele episódio, passado meio século. Disse-lhes que o tempo já se encarregou de exorcizar duas antigas dúvidas. A primeira referia-se a um projeto do governo de então de instalar no Brasil uma república comuno-sindicalista, o que ficou historicamente provado. O argumento foi para o arquivo de pretextos grosseiros dos contrários. A segunda nuvem que se dissipou dizia respeito ao real interesse do governo Kennedy de ajudar, no que fosse necessário, para o êxito do golpe. O interesse ficou cabalmente comprovado.

 Resta uma terceira questão, esta instigante até os dias atuais, e sobre a qual me debruço: o que faziam ou deixaram de fazer os serviços de inteligência e contra-informação do Palácio que não advertiram o governo, afora breves insinuações, de que estava em curso uma sublevação militar com apoio de segmentos da política, de setores conservadores da Igreja e de empresariais temeroso de se verem tragado pela comunismo?

A estranheza encontra campo fértil para as indagações, mesmo passados 50 anos. Não se compreende tamanho despreparo, ainda que se considere eventual engajamento de alguns oficiais comprometidos com o projeto de apear o presidente constitucionalmente empossado. Pois os preparativos para o golpes se faziam às claras. Em Juiz de Fora, a imprensa cobria os sucessivos encontros, no aeroporto da Serrinha, entre o governador Magalhães Pinto com o general Mourão e assessores de ambos. Tramava-se abertamente. Nas horas que antecederam a proclamação do reduto golpista já se efetuavam algumas prisões, jornalistas “suspeitos” eram vigiados, postos de gasolina instruídos a não esgotarem suas reservas de gasolina, pois as tropas precisariam de uma cota extra para “eventuais deslocamentos”. Nos quartéis, oficiais descontentes com o golpe em curso eram convidados, com a tropa formada, a dar um passo à frente e já ficaram detidos. Os setores de correios e telefonia haviam sido tomados de véspera.

 E o governo não viu isso.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Apartidário

Garante o prefeito Bruno Siqueira que os encontros comunitários que está promovendo, começando pelo de Santa Luzia, não têm cunho nem objetivos partidários, muito menos eleitorais. Para confirmar, nesse primeiro encontro não apareceram supostos candidatos, embora alguns já cuidem de fazer presença em tudo.
Os encontros, segundo sua promessa, são uma tentativa de estreitar o relacionamento entre os bairros e a Administração.
De viva voz
Duas conferências já programadas, que merecem ser ouvidas. No dia 27, no Instituto Histórico e Geográfico, o ex-ministro da Educação Murílio Hingel falará, às 19h30min, sobre a vida pública do ex-presidente Itamar Franco. No dia 11 de abril virá à cidade a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que pronunciará a conferência de encerramento do Encontro Nacional de Advogados.
Convenções
A apenas 60 dias para a abertura da temporada das convenções partidárias, o assunto simplesmente não existe nos meios políticos. Não se fala sobre isso, e uma das razões do silêncio é que todos os partidos, grandes ou pequenos, estão aguardando instruções da capital do estado, onde também as convenções tão próximas não despertam interesse.
Persistente
O senador Clésio Andrade tem enviado, com frequência, mensagens aos dirigentes do PMDB de Juiz de Fora. Ele mantém a convicção de que o partido não deve e não pode deixar de ter candidato próprio ao governo, e para tanto se coloca à disposição. A questão é que na cidade os peemedebistas terão de cuidar, preliminarmente, de uma questão que os divide. Também eles transitam entre o ter e o não ter candidato próprio a deputado.
Ainda sobre o partido: secretários municipais têm sido convidados a opinar.
Santo Tomás
O professor Alberto Arbex, liderando uma chapa autointitulada “Fé e Cultura”, foi eleito presidente do Instituto Cultural Santo Tomás de Aquino para um mandato de dois anos. Anunciou como objetivo principal de sua diretoria o estudo e a propagação da fé católica.
O que dizer?
Entrevistas, conferências e um infinidade de matérias jornalísticas são unânimes em condenar o golpe de março de 64, prestes a marcar seu cinquentenário. Não há quem o defenda. A esquerda bate pesado. E a direita, o que terá a dizer?
Orientação
Recém-empossado na Câmara, ocupando a vaga de Eduardo Azeredo, que renunciou, Edmar Moreira fez o PR de Juiz de Fora reacender a esperança de ter um papel de destaque na próxima campanha, quando ele próprio disputará a reeleição. Sua visita é esperada, mas ainda sem data marcada.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Os de casa

O deputado Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, vem se esforçando para atrair o apoio do PMDB à candidatura de Pimenta da Veiga ao governo do estado, missão que não está entre as mais fáceis, mas também longe de ser impossível. Nas reuniões que promove poderia dizer (se é que ainda não disse) que o comando peemedebista de Juiz de Fora caminha para apoiá-lo em novo mandato na Câmara dos Deputados.
Violência
O Fórum Permanente dos Direitos Humanos, em reunião na noite passada, não escondeu preocupação pelo aumento da violência urbana em Juiz de Fora nestas últimas semanas, o que tem atingido principalmente a população jovem. E, em boa hora, concluiu que é preciso sair do discurso e partir para ações concretas.
Homenagens
Em sua primeira reunião do ano, que acontece na noite desta quinta-feira, no salão de conferências do Instituto Santo Tomás de Aquino, o Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio presta homenagem póstuma a dois dos mais ilustres entre seus membros titulares: Arthur Arcuri e Moacyr Borges de Mattos. Na mesma reunião será discutido e votado o relatório anual do diretor do Museu, Douglas Fasolato.
Será verdade?
Conta a internet: Ryan Henry Crane de 37 anos, Diretor Executivo da JP Morgan, foi o quinto banqueiro a falecer no espaço de duas semanas, após os suicídios de Gabriel Magee (JPMorgan, saltou do topo da sede do Banco), Mike Dueker (Russell Investments, saltou de um viaduto), William Broeksmit (Deutsche Bank, enforcou-se) e Richard Talley (American Title Services, com uma pistola de pregos).
Não são divulgados detalhes sobre as circunstâncias desta última fatalidade, porém, todos esses casos num espaço tão curto de tempo estão a suscitar suspeitas sobre uma possível crise financeira mundial que estará prestes a acontecer.
Por que a grande imprensa não fala nisso?, para confirmar ou desmentir.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Fora de hora

A morte do deputado Sérgio Guerra,lamentável por excluir da vida pública brasileira um homem de virtudes, também representa certo vácuo para os planos do PSDB de Minas. Guerra vinha sendo poderoso instrumento do projeto presidencial de Aécio Neves, quando se trata de remover obstáculos e desconhecimento do candidato no Nordeste. Uma tarefa política que vinha encontrando nele um operador eficiente.
A diferença
Ao ser entrevistada em Brasília pela TV Câmara, nesta semana, a deputada Margarida Salomão considerou que há uma diferença essencial quando são postas em comparação as manifestações de rua de hoje e as dos tempos de ditadura. Naquela época – dizia ela – o que se pregava era o nunca mais; hoje, o que se pretende é o nunca menos.
Ainda a dúvida
O fato de ter sido anunciado em Brasília como selado, o acordo PT-PMDB para a sucessão mineira ainda comporta algumas dúvidas. A chapa Pimentel – Antônio Andrade, que sacramentaria a aliança, enfrenta resistências internas, a começar por Newton Cardoso. E, se levada a termo, pode afastar da campanha peemedebistas importantes.
Em Minas, é sempre suspeita uma pacificação política obtida à base do fórceps.
Sempre segundo
Ao ter a garantia de que vai às urnas de outubro com 15 milhões de eleitores, Minas confirma sua eterna posição de segundo maior colégio eleitoral brasileiro, superado apenas por São Paulo. Tamanho poder de decisão só vê reduzida sua capacidade de decisão quando se sabe que os mineiros são tão numerosos no registro eleitoral como na abstenção.
Irregulares
Se desejasse ou se fosse instada por interessados, a Justiça Eleitoral poderia criar caso com alguns partidos e futuros candidatos, que no carnaval esbanjaram propaganda irregular. Distribuiu-se homenagem com segundas intensões e os alto-falantes gritaram virtudes e competências de conhecidos políticos que já saem à caça de eleitores.
Calendário
Estamos a quatro meses das convenções partidárias e a exatos sete meses das eleições. O que significa que é chegado o momento de serem esquentados os tambores. Hã muito o que conversar, antes das decisões dos convencionais; e quanto a isso a cidade está atrasada. Ela continua sem saber que compromissos exigir dos candidatos.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sem pecado

Passada a Semana Santa, depois de uma Quaresma em que estará preocupada com a Campanha da Fraternidade, a Igreja Católica cuidará de um manual de orientação aos eleitores sobre a importância do voto e a necessidade de serem eliminados os maus candidatos, ainda que nenhum deles tenha estrela na testa. A Igreja, ao contrário do que fazem as evangélicas, não move campanha de candidatos favoritos. Os “bispos” e “obreiros” de Edir, Soares e Waldomiro cantam logo a pedra. A católica apenas adverte, explica e insinua como votar sem pecar contra os interesses nacionais.
Modismo
Condenado e preso, sem perdão pela façanha de abortar o mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, adere à moda dos condenados por corrupção e formação de quadrilha no governo. Também usa a internet para pedir ajuda em dinheiro, e com ele pagar a multa que lhe aplicou o Supremo Tribunal Federal.
Não será surpresa se presos por sequestro, roubo e tráfico, como Fernandinho Beira Mar, usarem o mesmo expediente. Se uma coisa vale para alguns tem de valer para todos.
Pimentel
É amplo o programa de visitas ao interior do estado que pretende realizar o candidato a governador pelo PT, Fernando Pimentel. Se aguentar, ficará faltando pouco para percorrer todos os municípios. Juiz de Fora ele deverá visitar duas vezes.A primeira será na segunda quinzena de maio.
Socialistas
Será no dia 10 de março a nova reunião do diretório municipal do PSB, que está prometendo entrar num período de intensa movimentação para situar-se no processo eleitoral. Na capital, os dirigentes socialistas têm sido vistos com frequência nas comitivas dos tucanos e do candidato Pimental da Veiga.
Dúvidas
. E se o PMDB aprofundar suas divergências e postulações em relação ao governo Dilma? Como ficarão os peemedebistas da cidade, tão empenhados nas boas relações, de olho nas verbas federais?
. E se o ex-prefeito Custódio Mattos não se candidatar a deputado estadual, quem os tucanos vão indicar, com competitividade mínima para essa disputa?
Carnaval
A partir do dia 1l o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, inicia uma série de reuniões com setores diretamente interessados, para o balanço final das conveniências e problemas com a primeira experiência de antecipação do desfile das escolas de samba. Umas e outras, conveniências e dificuldades ocorreram com a inovação, que foi da inteira responsabilidade das próprias escolas. Um problema a resolver foram as dificuldades de fluxo do transporte coletivo da Zona Norte. Mas a ideia geral é que a antecipação está aprovada.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

De volta

Antes mesmo de ser chamado a ocupar a vaga na bancada mineira aberta com a renúncia do deputado Eduardo Azeredo, Edmar Moreira já havia decidido disputar sua volta à Câmara. O novo mandato, como pretende, pode ajudá-lo a trabalhar contra a onda de ataques que sofreu por causa do famoso castelo que construiu em São João Nepomuceno.
Independentemente do que os adversários pensam sobre esse imóvel e o gosto pelo projeto arquitetônico, não se pode esquecer que ele o construiu com o dinheiro que tinha como empresário, riquíssimo, sem benefício político.Verdade precisa ser dita.
Em campo
O diretório municipal do PSB decidiu que neste ano eleitoral vai promover reuniões mensais para acompanhar melhor os acontecimentos políticos e a marcha da campanha. Na primeira reunião do ano, que acaba de se realizar em um clube do Vitorino Braga, o partido ouviu o ex-prefeito Tarcísio Delgado propor que os filiados caiam em campo e ampliem as atividades da legenda socialista.
Por Azeredo
Num momento em que o PSDB se esforça para mostrar que nada tem a ver com o mensalão mineiro, que levou o deputado Eduardo Azeredo a renunciar, o presidente da executiva mineira, Marcus Pestana, foi à tribuna da Câmara para defender o colega, “homem muito honrado”, disse. Pestana garante que o envolvimento de Azeredo é um equívoco que o futuro se encarregará de corrigir.
Que país é esse?
Horas depois de a imagem do Brasil ser massacrada pela imprensa francesa, corre na internet a conversa entre duas supostas comadres, quando uma delas pergunta que país é esse em que aposentado por tempo de serviço é chamado de vagabundo, técnico de futebol é professor, professor é tio, e corrupto é Vossa Excelência?!
O primeiro
Procurando, certamente, despertar o sentimento mineiro, veteranos do PSDB insistem em afirmar que há 60 anos Minas não elege o presidente da República. Aécio seria, então, a oportunidade para preencher o vácuo.
Pedro Marques
Pouco se conhece, muito menos se tem procurado conhecer sobre o prefeito Pedro Marques de Almeida, que morreu há 80 anos, em 20 de fevereiro de 1934, depois de algumas semanas em tratamento médico no Rio. Da cidade recebeu apenas a placa que identifica uma ponte. Mas foi muito mais que isso, nos 45 anos em que viveu.
Foi advogado, promotor de Justiça, vereador em quatro legislaturas, deputado estadual, presidente da Assembleia e vice-presidente de Minas, cargo do qual foi apeado com a Revolução de 30. Prefeito entre 1930 e 1933. Depois diretor administrativo da Escola de Engenharia.
Fora da medida
Há casos em que se pede R$ 70 mil de aluguel por um imóvel comercial comum na rua Halfeld. Empresários que chegam atraídos pela imagem dinâmica da cidade, saem correndo quando ouvem falar nas famigeradas “luvas”, já abolidas em lugares civilizados.
Ministrinho
O carnaval deste ano reverencia o centenário de nascimento de Ministrinho, o maior entre todos os sambistas que a cidade conheceu. Tome-se a sugestão da Funalfa: “Para se conhecer um pouco mais sobre a vida desse homem a melhor sugestão é visitar, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a exposição retrospectiva em sua memória montada. Essa mostra se divide em espaços para a fotobiografia, as preferências com que o sambista marcou sua vida, o craque do futebol com a camisa baeta, além de trabalhosa réplica, em miniatura, de uma escola de samba, sem faltar as alas, as fantasias e alegorias. Uma escola do jeito que ele sempre desejou”

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Gravidade maior

Essa denúncia de que partidos políticos, como instituições ou isoladamente por ação de dirigentes, andam financiando violência em manifestações de rua, é de uma gravidade que não permite omissões da sociedade e de suas representações legítimas. Tolerar tamanha afronta seria decretar a morte da sofrida democracia representativa no Brasil.
O governo, os tribunais e o Congresso têm obrigação de se mexer.
Campanha fraca
Talvez por ser um ano eleitoral, com preocupações políticas e Copa do Mundo por acréscimo, ainda não conseguiu despertar maiores atenções a sucessão do reitor Henrique Duque, na Universidade Federal, que sai dentro de sete meses. Já agora no segundo mandato, ele não pode ser reconduzido.
A informação é que oposicionistas e correntes que apoiam a atual administração estão agindo, mas a luta ainda não saiu dos limites do campus.
Campo livre
Com apenas três ou quatro candidatos da cidade em potencial para disputar cadeira de deputado em Brasília, sabendo-se que nesse campo o PMDB estará ausente, vai se acentuando o interesse dos “estrangeiros”. Credita-se grande força ao empresário Élder Abreu, que está atuando para ocupar espaços, e quer chegar ao Congresso.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Última visita

Anastasia fez, no sábado, sua última visita à cidade na qualidade de governador, deixando como marca de sua breve passagem a inauguração da sede do SAMU, onde foram exibidas 45 ambulâncias para dar atendimento à região.
O governador deixa o cargo no dia 4 de março, desincompatibilizando-se para disputar uma cadeira no Senado. Seu retorno a Juiz de Fora só deverá ocorrer em junho, para participar da convenção do PSDB e dos partidos aliados.
Surpresa
Até os tucanos se manifestaram surpresos com a desenvoltura do ex-ministro Pimenta da Veiga, que no fim de semana também esteve em Juiz de Fora, integrando a comitiva do governador Anastasia. Ele pareceu ser um velho conhecido da cidade, conversando e reconhecendo pessoas que não via há anos. Pimenta será lançado candidato ao Palácio da Liberdade na sexta-feira, sob a expectativa de que não lhe faltará a coesão do tucanato.
Pacificados
A decisão do deputado Marcus Pestana de retirar sua pré-candidatura ao governo do estado está sendo avaliada como remoção do último obstáculo para manter o PSDB reunido em torno de Pimenta. Claro que a desistência (ele vai concorrer de novo a uma cadeira na Câmara), cobrou um alto preço. Pestana tem tudo para negociar, em compensação, interesses políticos para a região, antes da eleição e até depois dela, se seu partido for bem sucedido em outubro.
Restauração
Em sua reunião de hoje à tarde, o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural aprovou o projeto de restauração do painel de pastilhas que conta a história da evolução da moeda, uma obra que enfeita o hall do prédio do antigo Banco Mineiro da Produção.
Fim de linha
Tudo leva a crer que a Globo não terá coragem de reeditar, nos próximos anos, mas deixará morrer o terrível Big Brother Brasil, cuja audiência já revela fastio e tédio da opinião pública. Requiescat in pace.
O BBB fica como o mais perfeito e acabado monumento que a TV brasileira erigiu em homenagem à estupidez humana.
Prece aos céus
Quem visita habitualmente as igrejas para assistir às missas tem ouvido, quase diariamente, os celebrantes encaixarem na oração dos fiéis um ardoroso pedido a Deus para que faça chover. Não há mais como suportar tanto calor.
A cidade está sob regime de controle de abastecimento de água. Mas já tivemos dias piores, na década de 80, quando o prefeito Custódio Mattos teve de assinar ato reconhecendo estado de calamidade.
A violência
Há uma preocupação geral da cidade assustada diante da onda de violência. São crescentes os apelos para que o estado acione sua polícia, e com ela contenha o crime. Pede-se mais policiais nas ruas, o que é muito importante, mas também insuficiente para resolve um problema cercado de complexidades.
O que fazer? Descobrir onde estão todos os traficantes e os consumidores de drogas? Acabar com os bailes funk? Cercar os bairros com muros para evitar a guerra das gangues? Proibir os capacetes de motoqueiros suspeitos?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O recado

O governador Antônio Anastasia vem no sábado e fica apenas o tempo suficiente para inaugurar a nova sede do SAMU, próximo ao futuro hospital regional “Prefeito Agostinho Pestana”. Pensavam os que integram seu esquema político aproveitar a viagem para ampliar a agenda, mas não conseguiram, sob o pretexto de que ele tem outros compromissos. Na verdade, o governador só vai dedicar mais tempo à cidade depois de delineado o quadro sucessório em Minas.
Mas isso não elimina o natural interesse pelo pronunciamento que ele fará ao final da inauguração. Anastasia deve deixar um primeiro recado às lideranças locais sobre a disputa de outubro, pois deseja vê-las bem dispostas a encarar a campanha de Aécio Neves à presidência da República.
Reta final
A contar de hoje, faltam oito meses para as eleições, previstas para descortinar importantes acontecimentos políticos. A muitos pode parecer que oito meses são um bom espaço, mas nem tanto, considerando-se que vão se eleger presidente, governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Será uma intensa campanha, agravada pela proximidade da Copa do Mundo.
Desejos diferentes
A sucessão do governador de Minas tem, tradicionalmente, sutilezas que acabam dando alguma dor de cabeça tanto aos partidos como aos candidatos. Agora, por exemplo, especula-se que a presidente Dilma e o ex Lula têm posições diferentes, se bem que nada impede que possam chegar a um entendimento. Para ela, o candidato ideal aqui é o ministro Fernando Pimentel. Já para seu antecessor o mais adequado seria pensar melhor em Josué Silva, empresário filho de José Alencar.
Festa das Etnias
Mesmo com um ano movimentadíssimo, o calendário repleto de eventos, a Funalfa decidiu promover a Festa das Etnias, que vai para a sua sétima edição. A decisão foi tomada pelo superintendente da Fundação, Toninho Dutra, em reunião com representantes de grupos culturais e das colônias mais tradicionais da cidade, quando propôs que o primeiro dos três dias da Festa seja marcado com a abertura de uma exposição, em que se destaque, com imagens, objetos e ícones, não a religião das raças, mas a sua religiosidade.
A Festa começa no dia 16 de maio, com a exposição, e se estende, nos dois dias seguintes, com gastronomia, danças e tradições culturais, na Praça Antônio Carlos.
É presença garantida a participação dos sírios, libaneses, italianos, portugueses, alemães e afros.
Posse em março
O conselheiro Sebastião Helvécio, do Tribunal de Contas do Estado, assume, em março, a presidência do Instituto Rui Barbosa. É instituição de âmbito nacional em que os TCs buscam permanente atualização jurídica.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os armados

A Câmara e a prefeitura preparam-se para retomar,em audiência pública, uma questão que sinaliza com permanente ausência de consenso. Trata-se de estender à Guarda Municipal a prerrogativa de armar seu pessoal, nas mesmas condições com que se armam os membros das polícias civil e militar. Há prós e contras, sem que se saiba exatamente o que é melhor para a comunidade.
Há dias, um guarda municipal foi violentamente agredido por bandidos, sem poder se defender.
A legislação federal permite que portem arma de fogo os guardas de municípios com mais de 500 mil habitantes.
Pesquisa
O vizinho município de Pequeri foi alvo, na semana passada, de uma extensa pesquisa eleitoral envolvendo todos os níveis. O que chamou a atenção da comunidade foram as alternativas para governador. Entre os pré-candidatos governistas somente figurou o nome do ex-prefeito da capital, Pimenta da Veiga. O nome de Marcus Pestana apareceu entre as alternativas para deputado federal. Pestana é majoritário na cidade, onde existe grande torcida por sua candidatura ao governo estadual.
Os pesquisadores também quiseram saber sobre o desempenho da atual gestão da cidade e a conjuntura eleitoral para a futura eleição de prefeito. Aos entrevistados foram apresentados apenas dois nomes: o do atual prefeito, Joaquim Simeão de Faria (PMDB), e do ex-prefeito Raul Salles (PSDB), este derrotado em 2012. Parece que a política local continua sob forte polarização.
As escolas
Um detalhe sobre o carnaval deste ano que ainda não foi suficientemente assimilado pelos foliões. Não coube aos prefeitos, passados e presente, a ideia de antecipar em uma semana o desfile das escolas de samba. Foram as próprias que recomendaram, com a intenção de escapar do televisamento do desfile do Rio, que segura em casa os apreciadores, os mesmos que poderiam estar na avenida prestigiando a prata da casa.
Jeito de ciscar
Na recente inauguração da ponte que recebeu o nome de “Wilson Jabour Jr”, o prefeito Bruno Siqueira não se cansou de citar políticos presentes e ausentes. Independentemente dos partidos a que pertençam, não foram esquecidos em referências elogiosas deputados, vereadores e ex-prefeitos. Quanto a estes, eles exaltou Agostinho Pestana, Itamar Franco, Tarcísio Delgado e Custódio Mattos.
Alguém lembrou que, ”ao contrário do que fazem muitos políticos, Bruno não quer arestas. Cisca pra dentro”...
O veterano
A primitiva imagem de Santo Antônio, que acompanha a matriz desde seus primeiros tempos, foi restaurada e vai ser reentronizada, na noite desta sexta-feira, em solenidade presidida pelo arcebispo, dom Gil Antônio. Hoje, a Catedral assistiu a uma a solenidade rara de se ver: a bênção de novo Altar e do novo Ambão.
Olho na eleição
O novo presidente municipal do PDT, Antônio Zaidan, só espera passar o carnaval para iniciar a convocação de uma série de reuniões do diretório, com vistas ao processo eleitoral deste ano. No partido ainda não se fala em nomes de candidatos.
Lá como cá
Em Belo Horizonte, o professor de Direito Antônio Alves da Silva cobra proteção aos proprietários de veículos, que são coagidos e assaltados pelos chamados flanelinhas. A Lei 6242, que regulou essa atividade, não se faz cumprir, o que “atormenta a vida do cidadão que vai ao cinema, teatro e shows, estacionando o carro na rua, e logo é acossado por certos flanelinhas, como quitação pelo estacionamento em via pública”.
Sem minimizar as preocupações do professor, pode-se dizer que a situação não é diferente em Juiz de Fora.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Clima de campanha

O governador Antônio Anastasia estará na cidade dia 8 de fevereiro para presidir a solenidade de inauguração da nova sede do SAMU, junto ao terminal rodoviário, onde vai se tentar racionalizar os serviços das ambulâncias.
No fim de semana veio o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, que distribuiu máquinas para municípios vizinhos e deixou, como boa notícia para o prefeito Bruno, que vem aí R$ 1 milhão para obras.
Veem-se os primeiros sinais da campanha eleitoral, que ainda não empolga, o que não impede que deputados falem sobre suas candidaturas e seus candidatos. Antes de cuidar de eleição, a população vai se dedicar à Copa do Mundo.
Copa e prioridades
Várias cidades, e entre elas Juiz de Fora, estão sendo animadas, pela internet, a ir às ruas para protestar contra a Copa do Mundo, que consumirá fabulosas quantias de um dinheiro que estaria bem empregado em saúde, educação e transportes. No sábado, no Parque Halfeld, ensaiou-se manifestação nesse sentido, mas sem entusiasmo popular.
Ainda que não se discuta que o País tem aquelas graves prioridades, é preciso lembrar que os protestos deviam ter sido feitos quando de planejava a escolha da sede do evento; não agora, quando já se gastou o que não devia ser gasto e foram assumidos compromissos internacionais.
Pouca água
Tem sido recomendado à população local e de vasta região em torno a imediata parcimônia no consumo de água. No caso de Juiz de Fora, estamos prestes a romper nossa disponibilidade de 600 litros por segundo. Ainda assim, pessoas irresponsáveis mostram-se generosas com o desperdício, lavando carros e calçadas e regando jardins.
Em relação ao abastecimento, as chuvas, que tem sido intensas, só ajudam quando caem junto às cabeceiras dos mananciais. Se chove depois de Santa Teresinha rumo ao sul não adianta.
Mas as preocupações vão mais longe. Por causa dos mesmos mananciais desabastecidos vamos caminhando também para o risco de dificuldades no suprimento de energia elétrica, para tanto contribuindo os aparelhos de ar. Não são poucas as pessoas que saem cedo para trabalhar e deixam o ar refrigerado ligado durante todo o dia, para depois terem uma noite bem fresca..
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Fora do prazo
A minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional no final do ano passado, pretende sua aplicação já em 2014, o que seria passar por cima da legislação e do razoável, pois a aprovação se deu em novembro, e o que se exige é que alterações nas regras do jogo sejam votadas com um ano de antecedência. Mas entre as distâncias no calendário há sutilezas que o Tribunal Superior Eleitoral vai decidir já nas primeiras sessões de fevereiro, terminado o recesso dos ministros.
Seja como for, pelo menos temos a garantia de que a Ficha Limpa será aplicada.
Estamos fora
É certo que Juiz de Fora se exclui das previsões quanto à aplicação da biometria nas eleições deste ano, graças aos critérios recomendados pelo TSE, que quer o voto digital apenas em 481 pequenos municípios, sendo 26 em Minas.
Há uma explicação. Além de ser experiência, sujeita a surpresas, a biometria fará o favor de combater os falsos títulos impressos, que ainda são muitos nos reduzidos colégios eleitorais onde o número de votantes se aproxima do número de habitantes.
Tempo de inaugurações
Dom Gil Antônio, metropolita, é quem assina convite para eventos que vão marcar os 90 anos da criação da Diocese. Já na quarta-feira, às 19h, com celebração eucarística na Catedral, serão inaugurados o novo piso, presbitério, sacristias e os sistemas de som e climatização.
Na quinta-feira, também 19h, haverá a dedicação do novo altar, bênção do Ambão (onde se proclama a palavra de Deus) e entronização do Santíssimo Sacramento em sua nova capela.
Na sexta-feira, ainda às 19h, a Catedral assistirá à reentronização da histórica imagem original de Santo Antônio, padroeiro da cidade.
Benemérito
A segunda-feira vai marcar a passagem dos 70 anos da morte de Alfredo Ferreira Lage, o benemérito nunca suficientemente lembrado. Foi quem doou à cidade todo o acervo do Museu que leva o nome de seu pai.
Alfredo é o nome da Fundação Cultural que hoje planeja e executa a política cultural da cidade.