segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os ausentes

O ano de 2013 marcou a ausência de muitas personalidades, figuras importantes da cidade, onde gozaram de vasto círculo de amizades ou influência nos setores em que atuaram. Em particular, o padre redentorista Jaime Snöek, morto em novembro, a caminho do centenário, depois de ter ajudado a projetar Juiz de Fora no Brasil e no Exterior com suas reflexões no campo da moral e da ética.
Em janeiro o obituário da cidade incluiu o ex-vereador Cláudio Vitor Renault, o advogado Geraldo Sypriano de Almeida, a figura popular de Luiz Augusto Pifano (Gatão), professor Fuad Yasbeck, o historiador Jair Lessa e o escritor Rui Brasil Leal.
Carlos Henrique Saldanha, Wilson Jabour Júnior e Dante Zanzoni foram as perdas dos meios intelectuais em abril, mês que ainda levou o maestro Nilo Hack.
A política também não escapou. Morreram o presidente do PMDB, Adelmir Romualdo, e os ex-vereadores Osmar Surerus, Peralva Delgado e Eduardo Novy.
As artes ficaram sem a escritora Creuza Cavalcanti e a artista plástica Nívea Bracher. No jornalismo, Fernando Zerlotini e Zilma Hauck. Nos esportes, João Pires e Romeu Kleinsorge. Entre os veteranos do Rádio, Flávio Biscoto. A Universidade se privou dos professores José Renato Abramo, Wulmar Bastos e Lúcio Barra. Um infarto matou Acácio Ferreira dos Santos, grande autoridade em política de desenvolvimento em Minas.
Quando o ano foi chegando ao fim, sem se cansar de tanto ceifar, foram-se Waltinho Jorge, o último dos boêmios, e Márcia Dutra, a última das musas dos velhos carnavais.
Desagradável
Comparados com as estatísticas de 2011, os homicídios em Juiz de Fora cresceram quase 100% neste ano que chega ao fim. Notícia que entristece, não apenas pela tragédia em si mesma, mas porque nada aconteceu capaz de justificar a esperança de uma reversão nesse quadro sinistro.
Boa nova
Promete o prefeito Bruno Siqueira que os sinais de melhoria no sistema de transporte coletivo virão no primeiro semestre de 2014. Será criado o bilhete único, reduzindo o custo da passagem para usuários de bairros mais distantes.
Novas paróquias
No dia 1º de fevereiro, para comemorar os 90 anos da Diocese, o arcebispo, dom Gil Antônio, vai instalar quatro novas paróquias em sua jurisdição. São elas: Nossa Senhora de Fátima, na Cidade Alta; Nossa Senhora da Glória, em Santos Dumont; São Sebastião, em Senador Cortes; e Sagrada Família, em São João Nepomuceno. O número de paróquias passa a ser de 90.
Enxugamento
Decidiu o governador Antônio Anastasia que suas secretarias serão reduzidas de 23 para 17, como parte de um conjunto de medidas destinadas a poupar o erário em cerca de R$ 1 bilhão.
Concomitantemente, 12 titulares estão deixando seus cargos para, desincompatibilizados, disputar as eleições. Poderiam fazê-lo em abril, mas o governador tem pressa em implantar a reforma.
_____ A todos os amigos que acompanham este blog, os votos de saúde, paz e prosperidades em 2014!__________

sábado, 28 de dezembro de 2013

Revitalização

Uma queixa generalizada entre os comerciantes são os modestos resultados das vendas de Natal, enquanto os menos queixosos falam em redução de 10% nos negócios. Todos os setores, talvez com exceção da alimentação, teriam saído frustrados da temporada, menos um pouco as lojas dos shoppings. Os números, sendo verdadeiramente melancólicos no comércio central, reacendem a velha discussão sobre o projeto (sempre falado, nunca viabilizado) de revitalização das ruas Halfeld, Marechal Deodoro e Barão de São João.
O que se entenderia por revitalização? Em suma,um conjunto de medidas para tornar aquela área mais atraente, capaz de motivar os compradores, que hoje se sentem cada vez mais atraídos pelos shoppings distantes. O pedestre precisa dispor de mais conforto, o que vai desde os bancos para breves descansos até o direito de não sofrer quedas nos buracos e pedras portuguesas mal instaladas. A propósito: a reposição de pedra portuguesa em qualquer rua ou avenida continua sendo o serviço mais porco da cidade.
Na liderança
Estatística do Tribunal Superior Eleitoral confirma que o PMDB ainda é o partido com maior número de filiados, repetindo a tradição que se confirmou com Ulysses Guimarães e Tancredo Neves nos tempos da resistência à ditadura. Hoje, o partido tem 2.355.183 filiados, vindo o Partido dos Trabalhadores em segundo lugar, com 1.589.574.
Um outro dado, não menos importante, revela que os novos partidos não têm conseguido sensibilizar. Dois dos mais recentes – Solidariedade e Partido Republicano da Ordem Social – não lograram desempenho significativo, com 4.831 e 4,461 filiados, respectivamente.
Quanto ao PMDB, registre-se que sua performance vem contribuir para fortalecer argumentos de quem não compreende que um partido tão forte não dispute em 2014 com candidados próprios.
Murilo Mendes
Os projetos culturais contemplados com verba da Lei Murilo Mendes deste ano vão receber a primeira parcela na segunda-feira. O superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, informou que para isso na rede bancária já estão disponibilizados R$ 320 mil.
Cerco eleitoral
A partir de quarta-feira, aos agentes públicos passa a ser cobrada obediência a um elenco de limitações, como forma de se obter o mínimo de equilíbrio na disputa eleitoral de outubro. Assim, ficam impedidos de promover distribuição de bens e conceder benefícios de 1º de janeiro em diante. O dirigente público fica também proibido de conceder aumento ou reajuste de salário depois de 8 de abril.
Regime de plantão
O prefeito Bruno tinha plano de assistir à passagem do ano no Rio, em companhia de familiares. Mas o plano foi alterado pelas chuvas e os estragos que elas andaram provocando na cidade. Além de acompanhar pessoalmente as ações da Defesa Civil, determinou a disponibilidade de todos os setores da Administração para a prioridade do atendimento às vítimas. Os servidores só poderão entrar em férias depois de superado o período crítico.

ESCOLAS DE SAMBA

Em reunião que promoveu com dirigentes de 12 escolas de samba, faltando 54 dias para o Carnaval, o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, pediu que eles redobrem esforços para garantir à cidade um belo desfile, “o melhor possível, superando as limitações e dificuldades”. Entre os problemas enfrentados neste ano figura a interdição, pelo Corpo de Bombeiros, de quase todas as quadras das escolas, dificultando, e em alguns casos até impedindo, a realização de ensaios das alas. Segundo ele, confirmando queixa dos dirigentes das entidades, a guarnição dos bombeiros militares mostrou-se irredutível quanto à avaliação da precaridade de segurança nas quadras. Para contorna a dificuldade, o subsecretário de Governo, Paulo Gutierrez, que também participou da reunião, comunicou que os espaços do Parque de Exposições, com toda sua infraestrutura, serão cedidos para os ensaios.
Mas o superintendente também teve boas notícias. Informou que nas primeiras horas da próxima semana será liberada uma parcela da ajuda financeira da prefeitura para as entidades promotoras de desfile; a parcela é de R$$ 250 mil. Anunciou também que a Secretaria de Comunicação está preparando o material de divulgação, ao mesmo tempo em que as emissoras de rádio já vão recebendo CDs com os sambas-enredo. Para Toninho Dutra está demostrado que a divulgação dos sambas “estimula o interesse da população”, e recomendou que nesse sentido os próprios dirigentes se empenhem junto às emissoras; como também ajudem a deixar bem claro que a apresentação na Avenida apenas será antecipado, mas o Carnaval não deixará de ser realizado.
Em campo
Os pré-candidatos do PSDB ao governo de Minas haviam cedido ao senador Aécio Neves no sentido de que evitassem articulações definitivas até fins de dezembro. O prazo do compromisso já vai se esgotando, e quem sabe bem disso é o presidente do partido, deputado Marcus Pestana. Tanto assim, que no dia 6 de janeiro ele inicia um roteiro pelo interior, procurando fortalecer o projeto de se ver lançado para a sucessão de Anastasia.
Novo presidente
O colunista César Romero, da Tribuna de Minas, acaba de ser eleito para a presidência da Academia Rio Branco, uma casa frequentada por conhecidas personalidades, principalmente executivos e profissionais liberais, sede da excelente conversa e do bom gosto à mesa.
Desconfiança
Lideranças dos movimentos gays, que trabalham por direitos das diferenças, desconfiam que o PT e o governo Dilma estão caminhando para um amplo acordo político com os evangélicos, o que significa radicalização na discriminação dos homossexuais.
Por falar...
... em evangélicos, sabe-se, para aumentar as expectativas em relação à aproximação com o PT, que seus chefes trabalham com a possibilidade de um aumento de 30% de suas bancadas legislativas no próximo ano. A pergunta é se tal projeto se inspira em aproveitadores, que usam a fé dos outros em proveiro próprio, ou se se alimenta o sonho de instalação de uma teocracia no Brasil.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Duas palavras

O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e membro da comissão que tenta tratar da reforma política, chega ao fim do ano com uma frustração: não vê aquela reforma prosperar; e quando parece que vai evoluir retorna às gavetas. Essa matéria, diz ele, em duas palavras: é ciclotímica e camaleônica.
Na digital
Em vezes anteriores, costumava-se estabelecer que a propaganda eleitoral dos candidatos só podia ser realizada depois das convenções partidárias. Não é o que acontece desta vez. Segundo pesquisa realizada pelo jornal “Estado de Minas”, os deputados mineiros que vão disputar a reeleição já estão em franca atividade na mídia digital, mostrando seus projetos e discutindo ideias.
Retorno
Ex-candidato a prefeito, Omar Peres esteve na cidade no último fim de semana para rever amigos e tratar de negócios que ainda mantém aqui. Sempre se esquivando de falar de política, mas filiado ao PMN, ele pode surpreender participando de uma chapa para o Senado.
Esbanjando
Com dados e fontes que estão acima de suspeitas, soube-se, nesta semana, que o Palácio do Planalto, sede do governo, continua sendo um recordista na escala do empreguismo. Nosso palácio tem 4.600 funcionários, enquanto nos Estados Unidos a Casa Branca trabalha com 460.
Aquecimento
O prefeito Bruno Siqueira tem dito que foi obrigado a consumir os primeiros 12 meses de seu mandato “botando a casa em ordem e ajustando as finanças”, para entrar em 2014 com ânimo total. Venceu o período de aquecimento. As obras viárias e de saneamento que estão em curso são importantes, mas ainda não o satisfazem completamente.
Indícios
Gente atenta à evolução dos fatos políticos cada vez mais animada a admitir que o PSDB e o senador Aécio Neves perdem tempo ao alimentar a esperança de chegarem à eleição com o apoio do governador pernambucano, Eduardo Campos. Entende que, de olho em 2018, para um projeto pessoal, hoje ele estaria mesmo é a serviço do PT e de Dilma, via Lula.
Alto custo
Vem aí uma das mais caras compensações políticas nos períodos pré-eleitorais dos últimos anos. O Partido dos Trabalhadores e o Palácio do Planalto vão investir alto no projeto de arrebanhar o apoio do PMDB mineiro à candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo do estado. Se aceitarem, além de ganhar a vaga de vice na chapa do ministro, os peemedebistas terão a presidência de algumas estatais, dois ministérios já na reforma do primeiro escalão que virá em março e a vaga para disputar o Senado pela aliança.
O que tranquiliza o governo é que o PMDB aprendeu a não resistir a afagos tão generosos.
Endereço certo
Não há como discordar dos dirigentes do Poder Legislativo, quando devolvem ao Executivo o excesso dos recursos orçamentários não consumidos no custeio. O presidente do Senado, Renan Calheiros, acaba de devolver R$220 milhões, gesto insuficiente para retocar sua desgastada imagem.
Em Juiz de Fora, o presidente da Câmara, Júlio Gasparette, restituiu pouco mais de R$ 2,3 milhões que não gastou. O único reparo que parece oportuno é que o dinheiro devolvido devia ser carimbado, isto é, com destinação específica. Como se tem feito, a sobra se dilui, sem finalidade, num orçamento onde a gentileza é quase nada. Mas certamente ganharia expressão se fosse destinada a um fim específico.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O novo teatro

Anseio da cidade, particularmente dos artistas e grupos teatrais, o Teatro Paschoal Carlos Magno pode, enfim, tornar-se realidade, quatro décadas depois em que foram realizadas suas primeiras obras, na Rua Gilberto de Alencar. Toninho Dutra, superintendente da Funalfa – Fundação Alfredo Ferreira Lage, informou que o novo teatro é uma de suas metas para 2014, e a ela será conferida prioridade, considerando-se que a vida artística da cidade comporta hoje, bem mais que no passado, uma nova casa de espetáculos.
Segundo o superintendente, seu trabalho estará direcionado em dois objetivos: consolidar recursos previstos na Lei 8.313/91 – Lei Rouanet – que orçam em torno de R$ 3,5 milhões, e atuar em fontes que possam complementar o necessário para a implantação total do projeto, cerca de R$ 5 milhões.
Para Toninho Dutra, o novo ano promete ser muito movimentado para a Funalfa. Além do esforço para concluir o Paschoal Carlos Magno, está entre os principais objetivos aprofundar o mapeamento do acervo cultural, a ampliação das ações de arte nos bairros, bem como programas de valorização dos artistas locais e a viabilização de leis de estímulo já existentes mas ainda não aplicadas.
Outro ponto com que se pretende movimentar o novo ano, explica Toninho Dutra, é o incentivo à leitura, “como uma atividade essencialmente cidadã”.
Mais uma campanha que a Superintendência pretende reeditar em 2014: a ampliação dos recursos orçamentários destinados a atividades culturais diversas no município, hoje com dotação de 2%.
Tucanato
Dirigentes do tucanato e seus principais assessores em Juiz de Fora estarão reunidos nesta quinta-feira, mas ainda sem confirmação da presença do deputado Marcus Pestana, um dos nomes do partido para disputar o governo de Minas. Seja como for, os militantes têm se revelado ávidos em obter informações mais claras sobre as articulações que se observam nas altas cúpulas.
Metalurgia
O PSTU, que se jacta de ser a única e maîs autêntica proposta de esquerda no Brasil, está longe de pensar em alianças para tentar chegar a uma fatia do poder federal. Por isso, vai mais uma vez disputar a presidência da República em voo solo. E repete a candidatura de José Maria de Almeida, outro metalúrgico a pretender o Planalto. Ele foi candidato em 1998, 2002 e 2010, com votação medíocre.
Prazo curto
Entrando agora em recesso, o Tribunal Superior Eleitoral só terá como começar, em fevereiro, a discussão de mudanças que pretende determinar para o pleito de outubro. E terá de andar ligeiro, porque eventuais modificação terão de ser aprovadas até 5 de março.
Passe livre
Reação e resultado da decisão da Assembleia de Minas de aprovar, ontem, o polêmico projeto que garante passe livre aos idosos nos ônibus coletivos intermunicipais. As empresas pedirão imediato reajuste nas tarifas, se o governador Anastasia sancionar referida lei.

domingo, 15 de dezembro de 2013

PMDB mineiro

O prefeito Bruno Siqueira foi um dos participantes da convenção estadual do PMDB, ontem, em Belo Horizonte, e está de volta à cidade, depois de aproveitar a viagem para manter contatos na área administrativa.
Seu partido, como ficou demonstrado na capital, ainda alimenta o sonho de disputar o governo de Minas com candidato próprio.
Reforma
Para 2013 já não há mais tempo, mas quando se tem em vista 2014 chegando é certa a disposição do Supremo Tribunal Federal de entrar com maior interesse na questão da reforma politica, já que o Congresso Nacional continua a oferecer olhos descuidados a um assunto de tamanho relevo. O que pode antecipar troca de ressentimentos entre os dois poderes, tal como se deu no ano passado, quando os ministros decidiram sobre fidelidade partidária, à revelia de deputados e senadores.
Observa-se no SFT uma preocupação com o uso das redes sociais para fins eleitorais. Deverá tratar do assunto, tão logo termine o recesso.
E a Rede?
Desde que a ex-senadora Marina Silva desistiu da organização de seu novo partido, o Rede, e foi para o PSB, não mais se ouviu falar em articulações de seus correligionários na cidade. Quem cuidava do assunto era Jane Ferraz, que não se filiou ao PSB. Nem ela nem outros admiradores de Marina tomaram o destino dessa sigla.
O essencial
Ficou para terça-feira o lançamento do documento com que o senador Aécio Neves pretende mostrar os pontos básicos de sua proposta como pré-candidato à presidência da República no próximo ano. São 12 pontos. Um deles pretende associar, para conferir prioridade, educação e política ambiental.
Dificuldade
O carnaval de 2014, que já tem alguma dificuldade de calendário, por vir mais cedo, encurtando os prazos de ensaio, conta também com um problema que preocupa as escolas de samba: apenas duas delas não estão com as quadras interditadas pelo Corpo de Bombeiros, por falta de segurança. Não tendo lugar apropriado, têm ensaiado na ruas próximas.
Radialistas
Nesta segunda-feira completam-se os 35 anos em que o presidente Ernesto Geisel regulamentou a profissão de radialista, o que foi bom, embora em nada tenha contribuído para ampliar o mercado de trabalho para essa importante área de comunicação social

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apoio regional

O deputado Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, vai receber apoio de lideranças regionais nesta sexta-feira, em Pequeri, em seu projeto de disputar o governo de Minas em 2014. No município, que está comemorando 60 anos de emancipação, o deputado já foi majoritário.
A solenidade envolve também a Loja Maçônica Theodóríca, uma das mais antigas de Minas, com 116 anos. A Loja indicou três ex-prefeitos – Júlio Vanni, José Vicente e Raul Sales - para receber homenagem especial, marcando a importante data municipal.
Lista especial
Uma expressiva corrente do Partido dos Trabalhadores, que vem atuando para apoiar a candidatura de Fernando Pimentel à sucessão do governador Anastasia, tem lista de lideranças do PMDB que serão convidadas a participar efetivamente da campanha. Faz parte da lista o prefeito Bruno Siqueira, que, caso adira, poderá ganhar mais simpatia da bancada petista na Câmara.
Caixa dois
O Supremo Tribunal Federal está para decidir, até amanhã, a proposta de proibição de ajuda financeira da iniciativa privada a partidos políticos e candidatos. Faca de dois gumes. Se de um lado contém-se o envolvimento de empresas e seus interesses na campanha eleitoral, de outro lado estimula-se a prática do caixa dois, que nunca deixou de existir. É o desafio que está a exigir maior cuidado dos ministro da corte.
Isonomia
Alguns casos isolados e também fortes indícios de privilégios e favorecimentos a políticos recentemente condenados no rumoroso Caso Mensalão podem causar dificuldades a tribunais e constrangimento a julgadores. É que milhares de presos amontoados como animais nas cadeias brasileiras começam a reagir, com razão, a tratamentos tão diferenciados. É o que mais se tem lido na internet.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Transplantes

Os trinta anos do primeiro transplante de rim realizado na Santa Casa foram comemorados com celebração de missa e sessão solene presidida pelo médico Renato Loures, que anunciou marca que considera histórica: neste ano foram realizados 74 transplantes, em sua quase totalidade bem sucedidos. Nestas três décadas a instituição teve de vencer dificuldades, analisadas em palestra pronunciada, durante a sessão solene, pelos médicos Sebastião Ferreira e Gustavo Ferreira.
Loures anunciou que a Santa Casa não se satisfaz com os resultados já obtidos com o transplante renal, que vem atendendo a uma população superior a 3 milhões de pessoas da Mata, Vertentes, Três Rios e Petrópolis. Quer continuar progredindo, mas reconhece que o transplante de pâncreas e fígado ainda é um grande desafio.
Quanto ao histórico renal, a Santa Casa ocupa o segundo lugar em Minas e o sétimo no Brasil.
Participou da solenidade o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge, para quem o encontro de um doador com o receptor, para resultar no transplante, representa o mais alto grau da solidariedade na paisagem civilizatória.
Emendas
Voz permanentemente em defesa do governo na Assembleia Legislativa, Lafayette Andrada está dedicado à tarefa de acalmar os ânimos dos colegas deputados, que ainda não tiveram liberados os recursos de suas emendas pessoais. Diz ele que o dinheiro vai aparecer dentro de dez dias. Cada um dos 77 deputados tem direito a R$ 1,5 milhão a título de emenda parlamentar.
Pela união
Neste sábado, assumiu o novo presidente do PT em Minas, deputado Odair Cunha, que não desconhece ser a pacificação interna sua principal tarefa. O fortalecimento da unidade entre os grupos que atuam no partido é fundamental para a candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo de Minas.
No limite
As chuvas que caíram sobre a cidade nesta semana não foram suficientes para remover uma preocupação: a disponibilidade dos mananciais está no limite para garantir abastecimento normal de água à população. Temos 1.600 litros por segundo, e é quase tanto o que estamos consumindo.
O calor é inimigo dos mananciais.
Suspeita e reação
Os petistas, se pudessem, excomungariam o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas. Pestana colocou em dúvida a lisura da recente eleição do diretório estadual do PT no estado, ao suspeitar que foram contados como válidos votos de militantes já falecidos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Advertência

Quando o Tribunal de Contas da União denuncia que as concessionárias da exploração do tráfego nas rodovias descumpriram 80% de suas obrigações, é preciso que sejam redobrados os cuidados e rigores em relação às novas privatizações que estão em curso, cobrindo mais de sete mil quilômetros, parte deles na ligação Juiz de Fora – Brasília.
Para que se tenha ideia dos descumprimentos que o TCU denunciou, basta lembrar que só agora, com quinze anos de atraso, inicia-se a construção do contorno de Petrópolis.
Em campanha
Os tucanos mineiros vão entrar em um fim de semana tenso e muito movimentado. Trabalham para impedir que o PPS, numa decisão precipitada, dê apoio à eventual candidatura do governador Eduardo Campos à presidência da República. Campos e seu PSB são peça importante no esquema que o senador Aécio Neves montou para o seu projeto presidencial.
O PPS de Minas já tem posição marcada com o senador. Mas isso é insuficiente.
Lembrança
O recente anúncio da retomada das obras da BR-440, para ligar o bairro Mariano Procópio à BR-040, faz lembrar uma previsão do ex-prefeito Mello Reis, falecido há três anos. Dizia ele que a importância dessa obra é tamanha, que ela só poderá realmente ser avaliada quando concluída.
Emenda
Emenda ao orçamento da União, que resulta de proposta pelo senador Clésio Andrade, PMDB, destina R$ 270 milhões à Santa Casa de Juiz de Fora.
Com as bases
Os acordos em altos escalões que estão sendo realizados entre PT e PMDB, pretendendo levar à reedição da chapa Dilma – Temer em 2014, são insistentemente questionados pelos deputados, sob o argumento, facilmente comprovado, de que as bases estaduais não vêm sendo consultadas. Há quem ameace rebeldia, mas nas vezes anteriores essas mesmas bases foram desprestigiadas, e tudo acabou numa conformação obediente.
O ex-governador Hélio Garcia costumava dizer que essas gritarias são como um caminhão de abóboras: quando dá a partida, é aquela confusão; depois abóboras e políticos se acomodam.
Receita
O governador Antônio Anastasia, falando a lideranças paulistas, disse que o Brasil precisa mais de técnica e menos de eleições, dando vasão à sua formação tecnocrata. Não faltou quem visse nessa declaração um sinal de apoio ao projeto que unifica o calendário eleitoral, que tramita no Senado, onde pode ser que ele esteja em fevereiro do próximo ano.
No Museu
O Museu Mariano Procópio, a Fundação Casa de Rui Barbosa e a Escola de Belas Artes da UFRJ convidando para o evento “Os jardins e a cidade – A preservação do patrimônio e os valores históricos”, que acontece hoje, às 16h, na sala de cursos da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio.
Na ocasião, serão lançados os livros “Os Jardins de Burle Marx no Nordeste do Brasil”, organizado por Ana Rita Sá Carneiro, Aline de Figueirôa Silva e Joelmir Marques da Silva, e “Paisagens Construídas – jardins, parques e praças do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX”, de Carlos Terra.
Os autores Ana Rita Sá Carneiro (FAU-UFPe) e Carlos Terra (EBA/UFRJ) ministrarão palestra com a participação dos debatedores Ana Pessoa (FCRB), Rubens de Andrade (EBA/UFRJ) e Douglas Fasolato, diretor do Museu Mariano Procópio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Mudanças

Quando chega o ano eleitoral é quase impossível que ministérios e secretariados passem incólumes. Para se ajustar a máquina política o Executivo se vê forçado a remover peças, e nem sempre escapam colaboradores mais eficientes. Imposição da máquina do poder. É assim, porque sempre foi assim.
A presidente Dilma vai entrar em janeiro pensando em algumas substituições, como também o governador Anastasia. Quanto ao prefeito Bruno nada se sabe.
Especulações
Em todos os setores políticos considera-se que realmente vai se aproximando a inevitável reforma ministerial, ainda que setorial. As especulações se ampliam diante da indagação sobre o papel de Minas, que hoje tem apenas dois ministros, Antônio Andrade e Pimentel, este considerado mais da cota pessoal da presidente do que propriamente por representar o estado. Como os mineiros estariam contemplados no primeiro escalão? Pode ser que comecem a aparecer espaços significativos, por uma razão facilmente compreensível: candidata a um novo mandato, Dilma terá de iniciar, exatamente aqui, o cerco ao provável adversário, Aécio Neves. O PT e Dilma não vão querer que o PSDB e o senador corram livres no segundo entre os maiores colégios eleitorais do País.
Polo regional
Na planificação de sua campanha eleitoral do próximo ano o PSDB, mesmo sem saber exatamente com quem vai disputar, tem como certo que sediará em Juiz de Fora um centro de coordenação regional. O que não constitui novidade, porque o mesmo esquema foi experimentado em eleições anteriores.
Reestruturação
Só em fins de janeiro ou primeiros dias de fevereiro é que a direção estadual do PTB começará a cuidar da reestruturação dos diretórios do interior. Tivesse permanecido no partido, o ex-vereador Vanderlei Tomaz seria convidado a assumir em Juiz de Fora.
E os relatórios?
Faz um ano que o vereador Wanderson Castelar defendeu projeto de lei que tornaria obrigatório o relatório mensal do cumprimento ou descumprimento dos horários de ônibus urbanos, em benefício dos usuários. Foi lembrado também que a Secretaria de Transportes precisava corrigir algumas situações indesejáveis na relação tráfego-pedestre.
8 ou 80
O Brasil é conhecido no mundo por ter um dos sistemas penitenciários mais cruéis, verdadeiramente medieval. Agora, o Ministério da Justiça elabora projeto do estatuto penitenciário nacional, desejando-se que corrija clamorosos excessos das desumanidades que são praticadas contra os apenados. Mas, ao contrário, quer celas individuais para os 510 mil presos do País, dando-se também a eles o direito de visitar parentes adoentados. Cada preso passaria a ter shampoo e creme hidratante.
Preto no branco
A não ser nos raros casos em que o sigilo preserva as investigações, a polícia devia cuidar de divulgar nome, foto e endereço dos bandidos sobre os quais não cabem dúvidas quanto à responsabilidade pelo delito. Até para que, identificando-os, deles a cidade se defenda. Ao contrário, na hora de mostrar a cara dos bandidos, a polícia os contempla com a vaga identificação de suas iniciais.

Outros tempos

Tomo hoje trecho de artigo de Eduardo Almeida Reis na edição de sexta-feira do jornal “Estado de Minas”. Trata-se de assunto de imediato interesse da cidade:
“ Durante séculos, Juiz de Fora foi das cidades mais tranquilas do Brasil. Tinha polícia e poucas entradas: hoje, tem direitos humanos, estatutos protegendo a bandidagem infanto-juvenil, polícia tolhida e uma porção de entradas com as respectivas saídas ou rotas de fuga.”
(...)
“Volto a Juiz de Fora para constatar que as novidades paulistanas estão chegando por aqui. Dois arrastões em restaurantes no bairro em que se esconde o philosopho. Cavalheiros armados de escopetas limparam os caixas e os fregueses que acabavam de jantar num restaurante e numa pizzaria. Nostradamus modernos estão dispensados de prever a chegada dos arrastões cariocas e paulistanos a Belo Horizonte, se é que já não chegaram.”
Transplantes
A Santa Casa marca os 30 anos de seu serviço de transplante renal, que já se tornou referência nacional. Das 80 intervenções realizadas neste ano, apenas 2% de insucessos. Para comemorar, no dia 6 haverá missa na capela, às 18h, e em seguida duas palestras, pronunciadas pelo médico Sebastião Ferreira e pelo secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques.
Alinhamento
O PMDB mineiro, que anda se animando com a candidatura do senador Clésio Andrade à sucessão de Anastasia, vai ser chamado a não decepcionar o que acaba de se acertar em Brasília, a aliança nacional com o PT. Nesse caso, o partido teria de se contentar com a vice na chapa de Fernando Pimentel.
No acordo nacional que se celebrou, o PT comprometeu-se a apoiar o candidato de José Sarney no Maranhão.

OUtros trempos

Outros tempos Tomo hoje trecho de artigo de Eduardo Almeida Reis na edição de sexta-feira do jornal “Estado de Minas”. Trata-se de assunto de imediato interesse da cidade: “ Durante séculos, Juiz de Fora foi das cidades mais tranquilas do Brasil. Tinha polícia e poucas entradas: hoje, tem direitos humanos, estatutos protegendo a bandidagem infanto-juvenil, polícia tolhida e uma porção de entradas com as respectivas saídas ou rotas de fuga.” (...) “Volto a Juiz de Fora para constatar que as novidades paulistanas estão chegando por aqui. Dois arrastões em restaurantes no bairro em que se esconde o philosopho. Cavalheiros armados de escopetas limparam os caixas e os fregueses que acabavam de jantar num restaurante e numa pizzaria. Nostradamus modernos estão dispensados de prever a chegada dos arrastões cariocas e paulistanos a Belo Horizonte, se é que já não chegaram.” Transplantes A Santa Casa marca os 30 anos de seu serviço de transplante renal, que já se tornou referência nacional. Das 80 intervenções realizadas neste ano, apenas 2% de insucessos. Para comemorar, no dia 6 haverá missa na capela, às 18h, e em seguida duas palestras, pronunciadas pelo médico Sebastião Ferreira e pelo secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques. Alinhamento O PMDB mineiro, que anda se animando com a candidatura do senador Clésio Andrade à sucessão de Anastasia, vai ser chamado a não decepcionar o que acaba de se acertar em Brasília, a aliança com o PT. Nesse caso, o partido teria de se contentar com a vice na chapa de Fernando Pimentel. No acordo nacional que acaba de ser realizado o PT compromete-se a apoiar o candidato de José Sarney no Maranhão.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Alguma reforma

Como é habitual em fim de ano, e duas décadas estão aí para confirmar, a velha e sempre sonolenta reforma política está de volta ao cenário. Na próxima semana, a comissão do Congresso que trata da matéria vai dar forma definitiva (pelo menos é o que está prometido) a um dos itens mais emperrados, a regionalização do voto. Um passo rumo ao que se convencionou chamar de voto distrital. Isto posto, o candidato a deputado só poderá ter votos em sua região, o que, segundo seus defensores, entre os quais Marcus Pestana, será bom, porque manterá o parlamentar mais próximo de sua base.
O autor do projeto, o mesmo Marcus Pestana, acha que isso também contribuirá para reduzir significativamente o custo da campanha eleitoral.
Quem é contra também tem argumento poderoso. Vamos correr o risco de eleger deputados desinteressados dos problemas gerais do estado, mas só preocupados com as questões de seu reduto. Uma espécie de vereador de luxo.
Retorno
O PDT, que em breve elegerá seus novos dirigentes na cidade (o presidente Vitor Valverde agora mora e trabalha em Belo Horizonte) vai cuidar também de fazer voltar à cena antigos militantes, como o ex-vereador e médico Antônio Zaidan.
História
Na terça-feira, às 18h, o reitor Henrique Duque preside a solenidade de abertura de uma exposição fotográfica para comemorar o centenário de nascimento do professor Moacyr Borges de Mattos, que ocupou duas vezes o reitorado da UFJF. A mostra estará aberta no saguão da reitoria, no campus.
Presença
Já agora sem maiores preocupações com a sutileza com o tempo, o PSDB mineiro começou a mostrar o ex-ministro Pimenta da Veiga em todas as solenidades oficiais do governo, além de promover encontros com lideranças e despachos em palácio. A menos que as ciladas do tempo mandem o contrário, é mesmo o candidato dos tucanos à sucessão de Antônio Anastasia.
Adensamento
Não falta quem recomende ao prefeito Bruno vetar a lei que acaba de ser aprovada pela Câmara propondo novas regras para o adensamento de áreas nos bairros para efeito de construção. Sobram razões para o veto integral, o que significa devolver aos vereadores a responsabilidade pela agressão, que eles aprovaram com todos os sinais de concessão a interesses; interesses que não são exatamente os da população.
Em uma cidade em que o centro já não tem mais como respirar, a Câmara estende o sufoco aos bairros.
E os outros?
O fato de os mensaleiros terem sido condenados não significa que deva ser esquecida a multidão dos políticos que cometeram crimes iguais ou parecidos. Há 834 ações contra eles, envolvidos em corrupção. Lavagem de dinheiro é o caso mais comum, embora não faltem delitos como tráfico de influência, assédio moral e falsidade ideológica.
E a Justiça, graças à sua morosidade, continua contemplando políticos criminosos. O deputado Abelardo Camarinha, do PSB de São Paulo, é um exemplo. Condenado a quatro meses de prisão, conseguiu converter a prisão em R$ 40 mil de multa. Mas não pagou, não foi preso, e está solto, graças à prescrição.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pela renúncia

Cresce, em Brasília, entre parlamentares não comprometidos com o governo ou que não querem se comprometer com os desgastes dos mensaleiros, um movimento para que os colegas presos por decisão do Supremo renunciem logo ao mandato. Seria a forma de aplicar a moralidade com o consentimento dos imorais.
Sem renúncia, ao Congresso não restará outro caminho se não a cassação, até porque não seria possível a um mensaleiro apenado votar matérias em tramitação, mesmo que no Brasil tudo seja possível em matéria de concessão política. Veja-se o caso do doutor José Dirceu cumprindo pena em gerência de hotel...
Ajuste
A quase certeza de que PSDB e PPS vão avançar juntos no ano eleitoral pode contribuir, na política municipal, para consolidar e aprofundar a aliança entre o deputado federal Marcus Pestana e o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge. Já vinham trabalhando juntos, mas o acerto das duas legendas em âmbito nacional contribui para ajustar os discursos.
Em defesa
O ex-prefeito Tarcísio Delgado, que foi deputado contemporâneo de José Dirceu e José Genoíno, registrou em seu blog:
“Embora tenha a convicção de que ambos foram condenados sem prova, e de que foram submetidos a um julgamento de exceção, com forte conotação político/partidária, e por profunda influência da mídia reacionária, sou consciente de que Genoíno jamais cometeu os crimes pelos quais foi condenado.”             
Recordista
A presidente Dilma caminha para superar, com larga vantagem, a volúpia privativista que tanto condenou no governo do antecessor Fernando Henrique. Pre-sal, rodovias, portos e aeroportos estão sendo transferidos para a iniciativa privada, no mesmo clima de açodamento de que também se acusava FHC.
Já no final do século 19 o jornalista e ensaísta Alphonse Karr dizia que a política, quanto mais ela muda, mais é a mesma coisa.
Como sempre
O cenário se repete em fim de ano. A maioria dos prefeitos anuncia a carência de recursos para o pagamento do 13º aos servidores e operários. Desta vez, prometem ser mais impositivos em seu apelo para que os governos estadual e federal os socorra. É o que querem fazer no dia 13, numa concentração política em Belo Horizonte.
Abril na forca
Numa conspiração do calendário, o abril de 2014 tem tudo para ser um mês de reduzida produtividade, como um dos maiores feriadões dos últimos tempos. Pois bem: a Paixão será numa sexta-feira, seguindo-se um sábado inútil, depois o domingo, dia 20, a segunda-feira, 21, de Tiradentes. Para muitas cidades, o 22 é guardado por causa do Descobrimento do Brasil. E 23 de abril, São Jorge, para descansar, porque ninguém é de ferro...

Curiosidade

Amigos do ex-senador Hélio Costa em Juiz de Fora, e que são muitos, estão curiosos. Sabem que, discretamente, ele vem retomando contatos políticos, mas não sabem se planeja disputar cargo eletivo em 2014. Certamente é um dos nomes do PMDB para o Senado.
Como fica?
O PDT, soube-se ontem com garantia, apressa os passos para levar seu apoio ao projeto de reeleição da presidente Dilma, tendo o ex-ministro Lupi à frente das negociações. A se concretizar o apoio, pedetistas de Minas mergulharão em uma situação desconfortável, pois há muito se preparam para apoiar a candidatura de Aécio Neves.
Líbano
Dona Mounira à frente, o Clube Sírio e Libanês marcou a passagem dos seus 49 anos e os 70 da independência do Líbano. Convidado especial da solenidade, o professor Raul Salles reeditou seu talento como orador, exaltando a contribuição dos libaneses e sírios para o desenvolvimento da cidade, sem olvidar, quanto aos sírios, o sofrimento que seu país atravessa com a guerra civil.
A solenidade teve, ainda, homenagem póstuma a dois diretores do clube recentemente falecidos: Wilson Jabour Júnior e Antônio Zacharias Homem de Faria.
De olho
Alguns partidos não escondem interesse em acompanhar de perto as próximas gestões do PMDB em relação às eleições de 2014. Acham que se o diretório municipal não tiver candidato a deputado federal cria-se um espaço importante para o surgimento de nomes alternativos. Mas é um interesse que só se revelará completamente a partir de fevereiro.
Zerlotini
Foi sepultado no Cemitério Municipal, nesta segunda-feira, o jornalista Fernando Zerlotini. 82 anos, que estava hospitalizado para a remoção de coágulo no cérebro, que ele havia adquirido como consequência de uma queda. Zerlotini atuou em jornais da cidade, mas se projetou no O Globo, onde assinou coluna diária.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Carência perigosa

Em eleições anteriores foram muitas as críticas aos partidos políticos por causa do excessos de candidatos a deputado, o que fragmentava a votação e comprometia a representação política da cidade. Pois em relação a 2014 há quem espere situação contrária. Pode faltar candidatos, embora apareçam aventureiros de última hora, que corajosamente enfrentam o ridículo. Numa antevisão das articulações que em breve começam, percebe-se que são escassas as candidaturas viáveis, além do fato de partidos importantes, como o PMDB, não terem grande disposição de apresenta candidaturas próprias.
Candidatos com possibilidades de bom desempenho são raros. Quando viáveis, ou estão com idade que não recomenda ou se ressentem dos parcos recursos financeiros para sustentar a campanha. Deduz-se, então, que, escassas as opções, se de fato elas vierem a se confirmar, a cidade se verá diante de duas dificuldades: não terá quadro para apresentar ao eleitorado e ficará escancarada aos candidatos de outras regiões, esses que chegam, caçam os votos e nunca mais aparecem.
Frase
Há quem atribua, via internet, a Eike Batista a autoria da frase mais espetacular dos últimos anos, com repeteto em 2014:
“Eu, como brasileiro desta geração, digo com orgulho que o sucesso das minhas empresas não seria possível sem esse Brasil novo, criado pelo presidente Lula”.
Definido
O governador Antônio Anastasia, que saiu do País para viagem particular, e reassume no domingo, deve chegar com disposição de remover dúvidas que ainda possam cercar sua candidatura ao Senado. Pelo menos é o que esperam políticos de influência ligados ao PSDB.
Segurança
Resultado das preocupações manifestadas pelo prefeito Bruno em relação à onda de violência na cidade, a Secretaria de Segurança Pública envia, na primeira semana de dezembro, uma equipe de assessores para avaliar a situação “ in loco”.
Superstição
Na política, como em qualquer outra atividade humana, não faltam supersticiosos. Como em 2014 haverá eleições, lembram que em agosto, dois meses antes da votação, ocorrerá uma singularidade. O mês de agosto terá cinco sextas, cinco sábados e cinco domingos. O que só acontece uma vez a cada 823 anos. Os chineses chamam o fato de bolsos cheios de dinheiros. E as urnas, logo depois estariam cheias de votos?
Lançamento
Pode ser que se dê em Juiz de Fora, nas próximas semanas, o lançamento da candidatura de Wadson Ribeiro à Câmara dos Deputados pelo PCdoB, partido que ele preside em Minas. Sua candidatura é considerada certa, até porque atualmente é o primeiro suplente da bancada. Primeira suplência é sempre um atrativo.

Carência perigosa

Em eleições anteriores foram muitas as críticas aos partidos políticos por causa do excesso de candidatos a deputado, o que fragmentava a votação e comprometia a representação política da cidade. Pois em relação a 2014 há quem espere situação contrária, isto é, pode faltar candidatos, embora sempre apareçam aventureiros de última hora, que corajosamente enfrentam o ridículo. Numa antevisão das articulações que em breve começam, percebe-se que são escassas as candidaturas viáveis, além do fato de partidos importantes, como o PMDB, não terem grande disposição de apresenta candidaturas próprias.
Candidatos com possibilidades de bom desempenho são raros. Quando viáveis, ou estão com idade que não recomenda ou se ressentem dos parcos recursos financeiros para sustentar a campanha. Deduz-se, então, que, escassas as opções, se de fato elas vierem a se confirmar, a cidade se verá diante de duas dificuldades: não terá quadro para apresentar ao eleitorado e ficará escancarada aos candidatos de outras regiões, esses que chegam, caçam os votos e nunca mais aparecem.
Frase
Há quem atribua, via internet, a Eike Batista a autoria da frase mais espetacular dos últimos anos, com repeteto em 2014:
“Eu, como brasileiro desta geração, digo com orgulho que o sucesso das minhas empresas não seria possível sem esse Brasil novo, criado pelo presidente Lula”.
Definido
O governado Antônio Anastasia, que saiu do País para viagem particular, e reassume no domingo, deve chegar com disposição de remover dúvidas que ainda possam cercar sua candidatura ao Senado. Pelo menos é o que esperam políticos de influência ligados ao PSDB.
Segurança
Resultado das preocupações manifestadas pelo prefeito Bruno em relação à onda de violência na cidade, a Secretaria de Segurança Pública envia, na primeira semana de dezembro, uma equipe de assessores para avaliar a situação “ in loco”.
Superstição
Na política, como em qualquer outra atividade humana, não faltam supersticiosos. Como em 2014 haverá eleições, lembram que em agosto, dois meses antes da votação, ocorrerá uma singularidade. O mês de agosto terá cinco sextas, cinco sábados e cinco domingos. Isso só acontece uma vez a cada 823 anos. Os chineses chamam o fato de bolsos cheios de dinheiros. E as urnas, logo depois estariam cheias de votos?
Lançamento
Pode ser que se dê em Juiz de Fora, nas próximas semanas, o lançamento da candidatura de Wadson Ribeiro à Câmara dos Deputados pelo PCdoB, partido que ele preside em Minas. Sua candidatura é considerada certa, até porque atualmente é o primeiro suplente da bancada. Primeira suplência é sempre um atrativo e uma recomendação à disputa.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Tal como sempre foi

O esquema que se montou em torno do pré-sal, onde a iniciativa privada tem tudo para ficar com o naco mais suculento, reacendeu uma discussão que nada tem de novidade. Trata-se da semelhança entre as gestões petista e tucana, cada uma contemplada com década de poder. Não apenas na rota privativista dos altos sonhos com o petróleo, mas em variados campos uma imita a outra, numa história em que as hostilidades sempre ganharam o estrelato.
O que autoriza diferenciar Lula e Dilma em relação a Fernando Henrique nas questões estratégicas tão atacadas? Dir-se-ia que não é muito, pois são todos atores de um enredo em que nada mudou. Taxação do imposto de renda, aposentadorias que emagrecem de ano para ano, política tributária perversa, educação e saúde longe do ideal, salários esquálidos sempre abaixo do mínimo de que necessita o trabalhador, loteamento de cargos entre políticos, compra de votos, ausência de reformas estruturais e a formidável avalancha de corrupção. Pois todos os defeitos que a oposição identificava no governo FHC estão repetidos nos governos do PT. Ou não tem sido assim?
Mas vem de longe e está nas barbas da história: os sucessores primeiro criticam os antecessores, para logo depois fazerem tudo que criticavam. De fato. Tanto que o grande Joaquim Nabuco de Araújo comentou, na passagem do século: “Não há liberal mais conservador do que quando está no poder”. Mesmo antes dele, já na Revolução de 1842, apregoava-se que nada mais parecido com um saquarema (conservador) do que um luzia (liberal), quando chegava ao poder.
Em nossos dias, sem que as coisas tenham se tornado diferentes, o ministro Delfim Neto repetiria: “Nada é mais parecido com o governo do que a oposição no poder”.

sábado, 16 de novembro de 2013

Dilma fez bem

A semana política, com todos os holofotes voltados para a prisão da quadrilha do mensalão, não teve como conferir importância à decisão da presidente Dilma de vetar integralmente a lei do Congresso que autorizava a criação de mais 180 municípios no País. Decisão que não pode ser contestada à luz da sensatez.
Quase todas as pequenas localidades que pretendiam autonomia, desligando-se de suas sedes geográficas, não teriam como sobreviver. Autônomas na miséria, como se deduz das razões de veto.
Ao adotar a medida acertada, não devem ter faltado à presidente os muitos exemplos de outros modestos novos municípios, que só serviram para gastar dinheiro do contribuinte, sem resultados objetivos. E se ela precisasse argumentar mais claramente, podia voltar os olhos para Minas, onde entre os 853 municípios um terço deles sobrevive à custa de migalhas do Fundo de Participação.
As alternativas
O PSDB não tem como figurar entre os partidos mais preocupados em construir novas lideranças; gente preparada para ocupar os espaços que vão sendo naturalmente criados com a retirada dos veteranos. Pelo menos em Juiz de Fora tem sido assim.
Tome-se por base o 2014, que vai se aproximando. Sendo o deputado federal Marcus Pestana candidato a governador ou a vice, o diretório local terá grande dificuldade em apresentar um nome competitivo para ocupar sua vaga. E quanto à Assembleia, já dito que o candidato é o ex-prefeito Custódio Mattos, o partido terá de empreender um grande esforço para persuadi-lo. Custódio ainda não se animou.
Bem dito
O deputado José Genoíno, condenado à prisão por seu grave envolvimento no esquema do mensalão, proclamou-se “preso político”, no momento em que caminhava para uma cela da Polícia Federal. Houve quem o acusasse de hipócrita. Mas, bem entendido, trata-se realmente de um preso político; preso da política da probidade e da intolerância com as falcatruas e com o assalto aos cofres públicos.
Sem discussão
A Câmara Municipal informou, nesta semana, que vai licitar a construção de sua nova sede, prevista para ocupar espaço do Terreirão do Samba, onde, aliás, samba é o que menos se tem visto. Fato é que os vereadores não esgotaram a discussão sobre utilidade, necessidade e oportunidade dessa obra de R$ 14 milhões, nas barbas de uma cidade onde pululam prioridades. Não se convocou a população para debater, não apenas o projeto como suas alternativas, por mais que estas se mostrem muito claras. Por exemplo: os vereadores não cuidaram de estudar melhor a solução já do conhecimento até do governador: o município daria parte do Terreirão para a construção do novo Fórum, oferecendo, a título de permuta, o prédio Benjamin Colucci, onde hoje hoje funcionam os serviços da Justiça.
Violência
Em plena luz da tarde deste sábado, dois bandidos assaltaram uma farmácia na Avenida Rio Branco, esquina com Oswaldo Aranha. A violência, que já condena a população a não ir mais às ruas durante a noite, agora impõe que também não saia durante o dia. Um clamou geral: prevenção, com polícia na rua, fora do quartel.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Prisões e escolas

Com tantos bandidos à solta, impunes ou condenados (cerca de 350 mil), o governo devia investir mais, não apenas na melhoria das condições da rede carcerária existente, mas também na abertura de novas penitenciárias. Trata-se de uma imposição da realidade, ainda que saibamos todos que os grandes bandidos não são analfabetos, criaram-se em berços confortáveis, foram às universidades e ocupam altas posições. No governo, quando roubam são promovidos. Os criminosos mais poderosos foram à escola, e nisto desautorizam o presidente Antônio Carlos, que certa vez sentenciou: vamos abrir escolas para não termos bandidos e nem abrir prisões. E durante algum tempo Juiz de Fora até andou fazendo melhor: fechou prisões para abrir escolas.
(Isto traz à lembrança o Conservatório Estadual de Música, que ocupou na Rua Batista de Oliveira o prédio sinistro da velha Delegacia de Polícia. Os sons que hoje saem dos instrumentos de mil alunos sufocam e empurram para o passado gemidos do frio e dos espancamentos que saíam das celas. Muitos anos antes, o próprio Andrada fechou a cadeia pública da Praça da Alfândega, e ali abriu a Escola Normal, hoje Instituto de Educação. Depois vieram Benedito Valadares e Israel Pinheiro. Visitaram as obras de um novo presídio em Santa Teresinha e acharam que melhor seria destiná-lo a uma escola de alto nível, o que é hoje o Instituto Cândido Tostes).
Foram-se os tempos em que escola tinha o poder de fechar cadeias. Hoje, coitada, a escola insinua que é preciso abrir prisões, pois, quanto mais alta, rica e sofisticada, se serve para a formação de bons cidadãos também serve , sem culpa, para abrigar gente gananciosa e sem espírito público. Que o digam nossos políticos, quase todos doutores.
Nanicos
Os partidos chamados nanicos, sem maiores chances de ascender ao topo do poder, têm, como consolo, os poucos segundos de propaganda gratuita de que dispõem em rádio e televisão, e é com eles que vão garantir sua presença nas alianças que virão em 2014. Alguns procuram valorizar excessivamente seu tempinho. 
Na eleição passada, somados os minutos do PSDB, mais os que surgiram de alguma aliança antecipada, o prefeito Custódio Mattos garantiu no vídeo 16 minutos diários. Recordista.
Federalismo
Há dois anos os eleitores do Pará repudiaram a ideia de redistribuição de seus espaços, impedindo que fossem criados ali mais dois estados - Tapajós e Carajás. Parece que o assunto, animado por lideranças locais, será retomado em 2014. Mas, importância ainda maior é se no bojo desse projeto for retomado o debate em torno do federalismo, em que vários pontos precisa ser fortalecido ou reexaminado à luz das experiências vividas. Para o bem ou para o mal, certo é que a Federação não é estudada. Raramente alguns de seus aspectos vêm à tona, como no plebiscito dos paraenses. 
Recorda-se que entre os poucos que andaram se preocupando com o assunto estava o senador Itamar Franco. Quando ele morreu, em julho de 2011, pesquisou-se sobre as questões que mais excitavam sua imaginação, e que seriam diretriz na conduta do mandato. O tema que logo se destacou foi o velho e sofrido federalismo.
Para esclarecer
São alguns deputados autores de uma sugestão ao Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que se desenvolva campanha, a partir das primeiras semanas do novo ano, com a preocupação de mostrar aos cidadãos quais são os direitos do eleitor brasileiro. Pesquisas recentes indicam que se sabe muito pouco sobre isso, a não ser que outubro é mês de votação. O ponto mais ignorado é a filiação. 
O que a campanha deve dizer é que a filiação partidária é o ato pelo qual um eleitor aceita, adota o programa e passa a integrar um partido político. Esse vínculo que se estabelece entre o cidadão e o partido é condição de elegibilidade, conforme disposto no art. 14, § 1º, V, da Constituição.
Distritão sem consenso
  Defendida por alguns senadores do PMDB, a proposta de eleger vereadores, deputados estaduais e federais por meio do voto majoritário dentro de cada município ou estado - modelo chamado de "distritão" - divide opiniões mesmo dentro do partido. Alguns identificam a proposta como única alternativa viável para o sistema atual, o voto proporcional em lista aberta. Outros acreditam que o "distritão" vai enfraquecer os partidos, encarecer as campanhas e favorecer os candidatos mais ricos e as celebridades. 
Hoje, vereadores e deputados são eleitos levando em conta os votos recebidos por um e o conjunto de votos obtidos por seus partidos. A legenda com mais votos elege mais representantes. O "distritão" simplificaria a eleição: seriam eleitos assim os candidatos mais votados, independentemente do desempenho de seus partidos. Seria uma variação do voto distrital. A principal diferença é que, no distrital, cada estado é subdivido em tantos distritos quantas forem as vagas a que tiver direito na Câmara, e cada distrito elege o candidato mais votado. Por exemplo, o estado de Minas Gerais seria dividido em 53 distritos, pois é representado por 53 deputados federais. No distritão, seriam eleitos os 53 candidatos mais votados em Minas.
 

sábado, 9 de novembro de 2013

Em campanha

O deputado Marcus Pestana, que preside o PSDB em Minas, havia acatado a recomendação das conveniências, adiando o lançamento de sua pré-candidatura ao governo de Minas, mas o fez agora, dizendo-se impelido pelos prefeitos tucanos que o querem. Esses prefeitos seriam 10%, segundo suas próprias estimativas.
Para evitar que o lançamento caia no vazio, o deputado já programa viagens ao interior, começando por Juiz de Fora, seu domicílio eleitoral, onde estará nos primeiros dias de dezembro.
O PSDB pode estar sendo empurrado para antecipar uma definição sobre seu papel na sucessão estadual, embora pretendesse adiá-la tanto quanto possível, de forma a ajustá-la ao projeto da candidatura presidencial de Aécio Neves. Antecipar, principalmente agora, quando a corrida interna limita-se a Pimenta da Veiga e Pestana, seu antigo chefe de gabinete, quando ministro das Comunicações.
Sem mudanças
Consta que em nada ficará alterado o prestígio do secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge, quando, nas próximas semanas, deixar o cargo para organizar sua campanha de candidato a deputado estadual. Em sua cadeira e nas funções básicas da Secretaria estarão pessoas de confiança.
O mesmo pode se dar em relação ao PPS, que no dia 23 reorganiza a estrutura administrativa em Minas. A atual presidente, Luzia Maria Ferreira, deve permanecer. Ela integra o grupo político do secretário.
Burocracia
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, deplora os excessos da burocracia brasileira, pois, na corte que dirige, um processo tem de se lambuzar com 20 carimbadas. Se ela, que preside um tribunal, confessa desânimo, o que diremos nos outros?, sem defesa e sem capacidade para mudar o rumo das coisas.
Harmonia
  De onde haverá de partir o esforço do PSDB para evitar que o partido fique comprometido com as lutas internas de tucanos de Minas e de São Paulo, que se dividem entre Aécio Neves e José Serra?, agravadas nesta semana. Há quem aposte que a tarefa ficará a cargo dos paranaenses, embora não sejam exatamente pacificadores históricos.
Indefinição
Quando se fala na formação da chapa de candidatos à Assembleia Legislativa, os tucanos se apressam em afirmar que um dos primeiros da lista é o ex-prefeito Custódio Mattos, que ainda não anunciou publicamente tal disposição. Na verdade, há quem diga que só por insistência do partido ele arregaçaria as mangas.
Na cadeia
Sete décadas atrás, o Código Penal estabeleceu em 30 anos o tempo máximo para que alguém cumprisse pena por crime praticado, não faltando quem observasse que, em rigor, aplicava-se a prisão perpétua. É que naquele tempo a expectativa de vida do brasileiro era de 45 anos. Se o criminoso fosse condenado a ficar preso dois terço da vida provável, quando tinha mais de 18 pelo delito, a contabilidade de sua tragédia acabava levando à prisão perpétua. 
Hoje, se o brasileiro goza de expectativa de 70 anos, a pena máxima devia seguir a ordem do tempo. Devia subir para 50 anos. É o que propõem quatro projetos que estão na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
 
Pesquisa
Já que mexemos em velhos assuntos, vem à lembrança que o senador catarinense Luiz Henrique ressuscitou projeto que pretende criar limites para a divulgação de pesquisas eleitorais. Os institutos e empresas que trabalham nesse campo protestam, é claro, pois perdem mercado. Mas é inegável que pesquisas não podem ser divulgadas até a véspera da votação, pois, lamentavelmente, elas ainda têm o poder de tornar refém o voto do eleitor despreparado; aquele que opta por quem vai ganhar “para não perder o voto”.
Estabelecer um prazo máximo para a divulgação, talvez quinze dias antes da eleição, é uma imposição, pois também é sabido que muitas pesquisas mostram os números de acordo com o gosto do candidato freguês.
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Salvo melhor juízo

É muito agradável a leitura das estatísticas e relatórios dos órgãos de segurança pública, quando se esforçam para anunciar que os índices de criminalidade vêm caindo, embora sem ousar dizer que o tráfico está sendo vencido. Seria demais para as evidências, pois não houve um único dia deste ano em que as drogas deixassem de ser notícia. Por causa delas, centena mataram e morreram. E quantos taxistas perderam a vida?
Esses relatórios falam de importantes medidas a serem tomadas em 2014; e quanto a isto não há como duvidar de véspera. Mas entre essas medidas, para que a população conheça os números reais da violência que cresce, seria necessário, entre outras coisas, instruir melhor os policiais responsáveis pelos chamados BOs - boletins de ocorrência. Não se pode admitir que tentativa de homicídio fique registrada nas delegacias como lesão corporal. E as vítimas da violência que acabam morrendo nos hospitais? Em que estatísticas elas entram?
 
Da mesma forma, os que sofrem acidente de trânsito. A polícia registra os feridos, sem saber que dias depois morrem nos hospitais, longe dos números.
 
Convenhamos, também no campo da segurança pública a estatística é como o biquini: mostra alguma coisa, mas esconde o essencial.
 
Pobres partidos
Tema privilegiado nas expectativas políticas, o fortalecimento dos partidos foi mais uma vez relegado a segundo plano em 2013, não só por causa dos escândalos nos altos escalões do governo, mas também porque estão se tornando cada vez mais numerosos, o que significa uma certa pulverização de seu poder. A reforma política, que podia ter tratado do assunto, não vingou.
Criadas tais situações, os partidos fecham o ano sem sair da encruzilhada, de onde poderiam seguir três caminhos. O menos acidentado pode ser o cumprimento fiel da decisão do Supremo Tribunal de que pertence a eles os mandatos que viraram propriedade privada de deputados e senadores.
Dois outros caminhos seriam tema de discussão no Congresso, a fidelidade e as listas fechadas em eleição proporcional. Ambas apontadas como remédio para fortalecer as legendas, mas cercadas de dúvidas. A fidelidade é tema de unanimidade hipócrita: todos sempre a defenderam, mas sem praticá-la, porque seria a maneira de reduzir o poder de negociação dos parlamentares.
 
As listas fechadas, também apontadas como remédio para a robustez dos partidos, levantam uma poderosa resistência. É que, antes de atingir o objetivo desejado, elas servirão aos caciques, os donos dos partidos, confiscando ao eleitor o direito de livre opção.
 
Sutileza
A ação que o presidente do PSDB de Minas, Marcus Pestana, move contra a presidente Dilma, acusando-a de promover propaganda enganosa e eleitoreira, comporta uma discussão que para alguns pode parece eufemismo. Diz o deputado que, maldosamente, a presidente elabora em confusão a expressão “investimento”, quando na verdade o que o governo federal está oferecendo a Minas é “financiamento”.
Convenção
O PPS mineiro está convocando seus convencionais para o dia 23, em Belo Horizonte, esperando-se que ocorram mudanças no comando estadual. O que não muda é o partido engajado no projeto do senador Aécio Neves de disputar a presidência da República em 2014.
Ainda sobre o PPS: em dezembro o secretário de Saúde, Antônio Jorge, deixa o cargo para intensificar sua candidatura a deputado estadual.
Mudanças
Janeiro é, geralmente, mês em que muitos prefeitos que completam o primeiro ano no cargo promovem mudanças na máquina administrativa. É o caso em que os primeiros meses foram para contemplar com cargos os partidos que os apoiaram. Passada essa fase de gratidão, chega a hora de arrumar a casa e deixar onde estão apenas os de comprovada competência.
Expectativa
O diretor do Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, retorna amanhã de S.Paulo, onde esteve a convite da ministra Marta Suplicy, para assistir à solenidade de entrega do prêmio nacional de cultura. A expectativa é que traga mais informações da ministra sobre os prometidos R$ 2,2 milhões para obras na casa de Mariano, que, por causa de promessas não cumpridas, está fechada há cinco anos.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Reforma por atacado

É de se recordar que a campanha eleitoral de 2010, mesmo jejuna dos debates que o País desejava profundos e abrangentes, levou todos os candidatos à presidência, viáveis e inviáveis, a prometer empenho e prioridade para a reforma política. Mãe de todas as reformas, e por isso mesmo devendo anteceder-se a todas as demais, os dois finalistas do segundo turno reafirmaram o solene compromisso, que passou a ser cobrado apenas de dona Dilma Rousseff, que se elegeu.
Terminada a eleição, todos caídos na real, logo se percebeu que a desejada mexida na estrutura política e nos mecanismos eleitorais continuou arranhando interesses de setores tradicionais, que se dão muito bem com o modelo atual. Reagem a novidades. E em 2014, pelo que se sente, esses setores continuarão sendo maioria no Congresso, prontos para dificultar o caminho da reforma, a mais falada e mais relegada.
Perigo à vista
Quando as chuvas se tornarem mais intensas, e isso não vai custar a acontecer, estarão redobrados os problemas com as estradas vicinais, algumas então oferecendo risco aos usuários. Mas há um caso em especial, principalmente pelo fato de estarem ameaçados escolares, que são obrigados a se deslocarem entre Sarandira e Caeté. Pessoas que já viram atestam: a kombi que transporta as crianças ziguezagueia sobre o barro, sob tensão do motorista e dos pequenos passageiros.
Moradores preocupados receberam informação da Secretaria competente de que não há verba nem pessoal para cuidar do trecho, que tem cerca de 10 quilômetros.
Pelo idioma
Há meses, em Americana, no interior de São Paulo, a Promotoria Pública, através de ação civil, pediu a proibição do uso de placas de sinalização com expressões em inglês. Acolhida pelo juiz, a ação começou pela placas de trânsito; até porque não se pode cobrar atenção e obediência a elas, se no Brasil as pessoas têm direito de não conhecer idioma estrangeiro. Não há como cobrar obediência ao que nelas foi inscrito. O exemplo, lamentavelmente, não prosperou.
Desconhecem-se precedentes no País, salvo a velha Juiz de Fora, que com a Resolução 817, de 28 de julho de 1919, decidiu, como forma de combater os estrangeirismos, cobrar “imposto especial de um conto de réis” das empresas industriais e comerciais que desejassem usar vocábulos em outras línguas nos anúncios, placas, letreiros e tabuletas". Naqueles mesmos tempos já Rui Barbosa advertia que a pátria que perde seu idioma já nada mais tem a perder...
No princípio do século era o francês que dominava. Mas há anos que a macaquice nacional se voltou para o inglês. No Congresso, adormecem projetos que tratam da promoção, defesa e proteção da língua portuguesa, antes que ela sucumba de vez na avalancha dos “made in”, “honding”, “recall”, “for sale” “franchise”, “cooffe-break”, “clipping”, “fashion mall”. Até o Banco Brasil, parecendo pretender esconder que é brasileiro, adotou o “personal banking”. Para não se falar na pizza humilhada pelo pedante “delivery”.
Pobreza e autonomia
Já é intensa a corrida pela formação de novos municípios, o que, salvo raras exceções, servirá apenas para alimentar ambições políticas, principalmente deputados que sonham ser prefeito. Em Minas está o principal exemplo da frustração: nos últimos dez anos: 132 localidades conseguiram autonomia, tornaram-se municípios independentes, mas apenas 16 tiveram êxito e suplantaram a sede no Índice de Desenvolvimento Humano.
Senador suplente
A discussão é bem antiga, mas faz 15 anos que surgiu no Congresso o primeiro projeto que pretendeu, e ainda pretende, extinguir a figura do senador suplente, perfeitamente dispensável, em se tratando de eleição majoritária. Em rigor, na substituição ou sucessão do titular quem deve ser convocado é o segundo na escala dos mais votados.
Como o critério contempla a suplência, dá-se que, na maioria das vezes, o suplente é um desconhecido que ascende ao Senado sem ser dono de votos. Nesses últimos anos, 40 deles exerceram o cargo, alguns em caráter definitivo.
O deputado petista Domingos Dutra protesta contra a demora do Congresso em corrigir discrepância tão evidente.
Mau negócio
Lê-se na internet que o caso do pré-sal enseja algo tão complicado, que talvez fosse necessário tirar Einstein do túmulo para oferecer uma solução. Fato é que o Brasil está comprando do Brasil uma reserva de petróleo no Brasil, para ficar com apenas 40% para o Brasil...
Dever cumprido
O Tribunal de Contas do Estado acaba de publicar a aprovação prévia do último ano da administração do prefeito de Pequeri, Raul Salles, que encerrou seu mandato em dezembro.
Mas nem tudo são flores para aquela simpática cidade da Zona da Mata. O novo prefeito, Joaquim Simeão de Faria Neto, foi cientificado de que despendeu para com pessoal 51,03% da receita corrente líquida municipal, “e ultrapassou, dessa forma, 90% do limite previsto na Lei Complementar 101, de maio de 2000, e a extrapolação do limite setorial de 95% poderá ensejar a incursão nas vedações descritas no parágrafo único do art. 22 do referido diploma legal”.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre Finados

Ideal que o Dia de Finados, amanhã, não servisse apenas para visitas atropeladas aos cemitérios, mas, antes de tudo, que se prestasse a uma cuidadosa reflexão sobre a morte, onde estaremos todos, por mais que queiramos nos imaginar como fantástica exceção. Pois a vida do homem e as relações com outrem se aperfeiçoam na valorização da morte, o que há dois mil anos tem levado os cristãos a aprender e ensinar que o verdadeiro sentido da experiência humana é estar preparada para o que vem depois. Não obstante, alguém já teria dito que bom mesmo é morrer jovem, com a idade bem avançada... 
E se a morte é eterna, sem retornos e sem avanços, a duração do viver é o de menos, principalmente “depois de se contemplar o voo dos pássaros, a alegria das flores ao sol, as cores e linhas de um quadro de Velasquez, qualquer que seja a duração da nossa vida”, no dizer do jornalista Mauro Santayana. E olhando melhor esse grande mistério já vivido pelos que nos antecederam, não há quem possa desautorizar o teólogo Leonardo Boff, quando escreve que somos inteiros, mas não prontos. Porque vamos nascendo lentamente, até acabar de nascer. É quando estamos morrendo.
 
Volta-se então à natureza. Neste passo, ouça-se Darcy Ribeiro:  “Morte é quando a pulsão da vida que está na carne se apaga; então a carne volta a ser o que ela é; volta à natureza cósmica”. Por isso, poder-se-ia dizer que a grande coisa que há na vida é o nascimento da morte. Fato soleníssimo, tanto que no momento da partida os familiares e os melhores amigos nunca abrem mão de segurar as argolas do caixão, “um dever cordial e intransferível”, como explicou Machado de Assis, em suas ”Histórias sem Data”. 
Mas, se a questão está em refletir no Finados que já vai amanhecer, interessante é notar que a literatura e os melhores pensadores alternam-se entre os mais elaborados e os simplistas. Sim, refletir sobre a morte com segurança, depois que Guimarães Rosa garantiu que o viver é que é muito perigoso. Quanto aos que adotam a simplicidade para explicar coisa tão complicada e misteriosa, ninguém foi mais direto que Fernando Pessoa: “Morrer é só dobrar a esquina, não ser visto mais”. Mais direto ainda, Manuel Bandeira definiu a morte como a indesejada das gentes.
Como sempre, amanhã, desfilando pelos estreitos espaços entre túmulos, vamos confirmar que é nos epitáfios que se inscreve nossa última vaidade. Ali somos todos bons e sempre elogiados. Um menino, que com o pai andava pelo cemitério, lendo tantos elogios, perguntou em que lugar eram enterrados os maus...
Seja como for, é a casa onde todos têm direito ao sono eterno. Foi o que pensou Rangel Coelho, quando escreveu: Nas brancas ruas caiadas,/ da terra do sono infindo,/ as casas estão fechadas / e todos estão dormindo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O que resta

Chamados os especialistas na matéria e ouvidos senadores e deputados, conclui-se que de tudo que se discutiu sobre a reforma política nada virá a tempo de melhorar o processo eleitoral de 2014. O Congresso e seus improdutivos grupos de trabalho acabaram ciscando para trás. Discutiram-se mundos e fundos, e nada saiu do papel.
O pouco, quase nada que poderá ser não alterado, mas disciplinado ficará por conta do Tribunal Superior Eleitoral, como o caso a utilização do twitter para a campanha dos candidatos. É o pouco que se pode esperar do muito que se debateu e se prometeu.
Palestra
O Rotary Club, que se reúne nesta quinta-feira à noite, terá como convidado o presidente da Empav, José Eduardo Araújo. Ele faz palestra sobre as atividades da empresa. Pode ser interpelado sobre o anunciado enxugamento da folha de pagamento da empresa, onde consta que recentemente foi dispensado um advogado, que estava próximo dos R$ 20 mil mensais...
Palestra 2
O secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Marlon Siqueira, foi à Câmara nesta quarta-feira para falar sobre as atividades de sua área, quando confirmou a construção de um restaurante popular na região de Benfica.
Toque vermelho
Prestes a atingir seu primeiro ano, a Administração Bruno ainda tem alguns secretários que não foram à Câmara, embora muitos tenham se aproveitado de outros meios para mostrar o que fazem.
Entre os partidos que apoiam o prefeito, o comunista foi o primeiro a se manifestar. O PCdoB, que deu o secretário de Atividades Urbanas, Basileu Tavares, proclamou que naquele setor a administração trabalha “de portas abertas”.
Discriminação
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deu sinal verde para a PEC 111, que pretende exigir que o eleitor, além de definir seu candidato preferido, dê um voto específico para candidatos que se apresentem como negros ou pardos. A ideia do deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, é promover a comunidade negra, dando-lhe garantia de ampla representação. Mas o efeito é contrário, pois, na verdade, ao estabelecer a cota mínima, o que se faz é discriminar os negros, limitando seu direito de mostrar os méritos que têm, além de abrir caminho para o indesejável conflito de raças.

domingo, 27 de outubro de 2013

O Manifesto

Outubro de 1943 guardou para a História do Brasil a publicação do Manifesto dos Mineiros, documento que condenava a ditadura de Vargas, já por si só cambaleante. Mas ajudou a balançar mais ainda os pilares da ditadura, embora sem ser excessivamente agressivo. Trata-se de um texto tocado por mãos diversas, entre as quais a de Odilon Braga, que guardou consigo os originais, anos mais tarde encontrados em Juiz de Fora. Daqui eram alguns de seus principais signatários, como Lahyr Tostes, Dilermando Cruz, Daniel de Carvalho, Odilon Braga e Pedro Nava.
A relação completa dos signatários, pela ordem alfabética: Aquiles Maia, Adauto Lúcio Cardoso, Adolfo Bergamini,  Afonso Arinos de Melo Franco, Afonso Pena Jr., Agenor Oliveira, Alaor Prata, Alberto Deodato, Alfredo Carneiro Viriato Catão, Alfredo Martins de Lima Castelo Branco, Aloísio Ferreira de Sales, Álvaro Mendes Pimentel, André de Faria Pereira, Antônio Carlos Vieira Cristo, Antônio Neder, Aroeira Neves, Artur Bernardes, Artur Bernardes Filho, Artur Soares de Moura, Astolfo Resende, Augusto Couto, Augusto de Lima Jr., Belmiro Medeiros da Silva, Bilac Pinto, Brasil Araújo, Bueno Brandão, Caio Mário da Silva Pereira, Caio Nelson de Sena, Cândido Naves, Carlos Faria Tavares, Carlos Campos, Carlos Horta Pereira, Carmelino Pinto Coelho, Cincinato de Noronha Guarany, Clenarvan Faria Alvim, Dalmo Pinheiro Chagas, Daniel de Carvalho, Dario de Almeida Magalhães, Darci Bessoni de Oliveira Andrade, Dilermando Cruz, Edgar de Oliveira Lima, Edmundo Meneses Dantas, F. Mendes Pimentel, Fausto Alvim, Feliciano de Oliveira Pena, Flávio Barbosa Melo Santos, Francisco de Assis Magalhães Gomes, Galba Moss Veloso, Geraldo Resende, Geraldo Teixeira da Costa, Gilberto Alves da Silva Dolabela, Gudesteu Pires, Heitor Lima, J. Sandoval Babo, João do Amaral Castro, João Edmundo Caldeira Brant, João Franzen de Lima, João de Rezende Costa, João Romero, Joaquim de Sales, Jonas Barcelos Correia, José Bonifácio Lafayete de Andrade, José de Magalhães Pinto, José Maria Lopes Cançado, José Mário Leão, José Urbano Baeta Alvim, José do Vale Ferreira, Lahir Rezende de Paleta Tostes, Lincoln Prates, Luís Camilo de Oliveira Neto, Mário Brant, Maurício Limpo de Abreu, Miguel Batista,  Milton Campos, Múcio Continentino, Nelson de Sena, Octávio Murgel de Resende, Odilon Braga, Orlando Bomfim, Ovídio de Andrade, Paulo Pinheiro Chagas, Pedro Aleixo, Pedro Batista Martins, Pedro da Silva Nava, Raul de Faria, Ronan Rodrigues Borges, Salomão de Vasconcelos, Sílvio Barbosa, Sílvio Marinho, Teofilo Ribeiro da Costa Cruz, Tristão da Cunha e Virgílio A. de Melo Franco.
Dez “obras”
O ex-ministro Almir Pazzianotto, do Tribunal Superior do Trabalho, manda dizer:
“ Na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) gozará de autoridade para reivindicar a paternidade de dez obras, em 12 anos de governo . São elas: mensalão, rompimento dos princípios da ética e da moralidade, insegurança jurídica, desprestígio da diplomacia, compra e venda de legendas, declínio das atividades industriais, exportação de empregos para China e Índia, criação de ministérios inúteis, construção e financiamento de estádios de futebol e oficialização da palavra "presidenta".
 
Patrimônio
Vale registrar: há 100 anos, neste dia, a firma Pantaleone Arcuri & Spinelli concluía as obras do edifício da Halfeld com Batista de Oliveira, o primeiro com três pavimentos na cidade, de propriedade de Antônio Martins de Pinho. Esse imóvel está hoje em fase de restauração, iniciativa da família Uebe, que por isso recebeu a homenagem anual do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural.
Rota difícil
Não constitui surpresa a verticalização das eleições, o que significa a conduta dos partidos não ser a mesma, em casos especiais, da orientação nacional de seus dirigentes. Em Minas, o PDT, PP e PTB já revelam a tendência de apoiar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República, embora sejam partidos da base de apoio à presidente Dilma. Pedetistas, pepistas e petebistas estariam em situação desconfortável no estado se se posicionassem contra Aécio.
Grandes balançam
Ao mesmo tempo em que estiverem pensando nas urnas de 2014, os grandes partidos, entre eles PMDB e PSDB, principalmente, terão de armar candidaturas capazes de puxar votos, muitos votos. Os tucanos, em primeiro lugar, haverão de considerar que em 1998, com FHC, tinham 99 deputados, numa bancada hoje reduzida para 46. O PMDB também perdeu muitas cadeiras, estando agora com 76. Terão de reagir.
As antigas legendas estão pressionadas pelo advento das novas, que chegam robustecidas, como se vê na aliança do PROS com o PP, já somando 58 deputados.

O Manifesto

O Manisfesto Outubro de 1943 guardou para a História do Brasil a publicação do Manifesto dos Mineiros, documento que condenava a ditadura de Vargas, já por si só cambaleante. Mas ajudou a balançar mais ainda os pilares da ditadura, embora sem ser excessivamente agressivo. Trata-se de um texto tocado por mãos diversas, entre as quais a de Odilon Braga, que guardou consigo os originais, anos mais tarde encontrados em Juiz de Fora. Daqui eram alguns de seus principais signatários, como Lahyr Tostes, Dilermando Cruz, Daniel de Carvalho, Odilon Braga e Pedro Nava.
A relação completa dos signatários, pela ordem alfabética: Aquiles Maia, Adauto Lúcio Cardoso, Adolfo Bergamini,  Afonso Arinos de Melo Franco, Afonso Pena Jr., Agenor Oliveira, Alaor Prata, Alberto Deodato, Alfredo Carneiro Viriato Catão, Alfredo Martins de Lima Castelo Branco, Aloísio Ferreira de Sales, Álvaro Mendes Pimentel, André de Faria Pereira, Antônio Carlos Vieira Cristo, Antônio Neder, Aroeira Neves, Artur Bernardes, Artur Bernardes Filho, Artur Soares de Moura, Astolfo Resende, Augusto Couto, Augusto de Lima Jr., Belmiro Medeiros da Silva, Bilac Pinto, Brasil Araújo, Bueno Brandão, Caio Mário da Silva Pereira, Caio Nelson de Sena, Cândido Naves, Carlos Faria Tavares, Carlos Campos, Carlos Horta Pereira, Carmelino Pinto Coelho, Cincinato de Noronha Guarany, Clenarvan Faria Alvim, Dalmo Pinheiro Chagas, Daniel de Carvalho, Dario de Almeida Magalhães, Darci Bessoni de Oliveira Andrade, Dilermando Cruz, Edgar de Oliveira Lima, Edmundo Meneses Dantas, F. Mendes Pimentel, Fausto Alvim, Feliciano de Oliveira Pena, Flávio Barbosa Melo Santos, Francisco de Assis Magalhães Gomes, Galba Moss Veloso, Geraldo Resende, Geraldo Teixeira da Costa, Gilberto Alves da Silva Dolabela, Gudesteu Pires, Heitor Lima, J. Sandoval Babo, João do Amaral Castro, João Edmundo Caldeira Brant, João Franzen de Lima, João de Rezende Costa, João Romero, Joaquim de Sales, Jonas Barcelos Correia, José Bonifácio Lafayete de Andrade, José de Magalhães Pinto, José Maria Lopes Cançado, José Mário Leão, José Urbano Baeta Alvim, José do Vale Ferreira, Lahir Rezende de Paleta Tostes, Lincoln Prates, Luís Camilo de Oliveira Neto, Mário Brant, Maurício Limpo de Abreu, Miguel Batista,  Milton Campos, Múcio Continentino, Nelson de Sena, Octávio Murgel de Resende, Odilon Braga, Orlando Bomfim, Ovídio de Andrade, Paulo Pinheiro Chagas, Pedro Aleixo, Pedro Batista Martins, Pedro da Silva Nava, Raul de Faria, Ronan Rodrigues Borges, Salomão de Vasconcelos, Sílvio Barbosa, Sílvio Marinho, Teofilo Ribeiro da Costa Cruz, Tristão da Cunha e Virgílio A. de Melo Franco.
Dez “obras”
O ex-ministro Almir Pazzianotto, do Tribunal Superior do Trabalho, manda dizer:
“ Na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) gozará de autoridade para reivindicar a paternidade de dez obras, em 12 anos de governo . São elas: mensalão, rompimento dos princípios da ética e da moralidade, insegurança jurídica, desprestígio da diplomacia, compra e venda de legendas, declínio das atividades industriais, exportação de empregos para China e Índia, criação de ministérios inúteis, construção e financiamento de estádios de futebol e oficialização da palavra "presidenta".
 
Patrimônio
Vale registrar: há 100 anos, neste dia, a firma Pantaleone Arcuri & Spinelli concluía as obras do edifício da Halfeld com Batista de Oliveira, o primeiro com três pavimentos na cidade, de propriedade de Antônio Martins de Pinho. Esse imóvel está hoje em fase de restauração, iniciativa da família Uebe, que por isso recebeu a homenagem anual do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural.
Rota difícil
Não constitui surpresa a verticalização das eleições, o que significa a conduta dos partidos não ser a mesma, em casos especiais, da orientação nacional de seus dirigentes. Em Minas, o PDT, PP e PTB já revelam a tendência de apoiar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República, embora sejam partidos da base de apoio à presidente Dilma. Pedetistas, pepistas e petebistas estariam em situação desconfortável no estado se se posicionassem contra Aécio.
Grandes balançam
Ao mesmo tempo em que estiverem pensando nas urnas de 2014, os grandes partidos, entre eles PMDB e PSDB, principalmente, terão de armar candidaturas capazes de puxar votos, muitos votos. Os tucanos, em primeiro lugar, haverão de considerar que em 1998, com FHC, tinham 99 deputados, numa bancada hoje reduzida para 46. O PMDB também perdeu muitas cadeiras, estando agora com 76. Terão de reagir.
As antigas legendas estão pressionadas pelo advento das novas, que chegam robustecidas, como se vê na aliança do PROS com o PP, já somando 58 deputados.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O voto facultativo

O grupo de trabalho do Congresso que se encarregou de fazer andar a reforma política, e algumas poucas semanas foram mais que suficientes para mostrar como se trata de matéria espinhosa, decidiu recomendar a adoção do voto facultativo, um dos itens mais antigos no conjunto das propostas reformistas. Não é a questão mais importantes, mas, se adotada tal liberalidade, estaremos diante de um vigoroso teste de maturidade política do eleitor brasileiro. Desobrigado, sem sofrer multas, ameaças e admoestações, ainda assim ele procurará a urna de votação ou preferirá uma tarde de churrasco ou o fim de semana em Cabo Frio?
A motivação de um eleitorado desobrigado é tarefa dos partidos e dos candidatos, que terão prazo para se desincumbir, pois nada acontecerá antes de 2018. Certo, contudo, é que, adotada a faculdade, a expectativa é que eles saibam se desdobrar para vencer o poderoso fantasma da abstenção.
O Brasil figura entre os poucos países em que persiste a exigência do voto. Não mais de vinte, vários no continente americano. Mesmo assim, cabe ressaltar que, em rigor, o que a legislação brasileira obriga é o comparecimento à seção eleitoral, onde o cidadão pode anular o voto, sem cumprir a finalidade precípua da convocação, que é torná-lo partícipe dos destinos de sua comunidade. Quem anula o voto quer ficar fora do contexto; aliás, diferentemente de quem vota em branco, porque neste caso o que se quer é optar por nenhum, sem raiva.
Considerem-se, ainda, dois dados importantes em relação aos que vão deixar de participar, posto que a visita à seção eleitoral deixa de ser exigência legal. Esse ausente abdica do direito elementar de criticar, pois preferiu excluir-se na hora de optar pelos nomes que lhe pereceriam mais apropriados ou menos inadequados. Outro dado, fartamente demonstrado pela experiência, é que os eleitores dos maus candidatos, alimentados por interesses imediatos, sempre votam. O que significa isto? Significa que o eleitor omisso, aquele que para protestar foge, mesmo não indo à urna ajuda a eleger os piores.
Meros paliativos
Vê-se pelo andar da carruagem, a lentidão com que o Congresso caminha e como ele se desvia das questões que realmente deviam instruir uma bela reforma política, que as inovações propostas ferem apenas o arcabouço da estrutura eleitoral. Uma verdadeira reforma, cujo perfil ainda não se consegue identificar nos horizontes nacionais, teria de partir pelo parlamentarismo, duas vezes rejeitado em plebiscitos, não por culpa dos eleitores, mas por culpa de seu histórico banimento dos debates que poderiam instruí-los sobre a vantagem inegável do governo de Gabinete sobre esse presidencialismo imperialesco em que vivemos.
Mais ainda. Reforma verdadeira seria aquela em que a sociedade pudesse destituir seus representantes, quando estes não mais correspondessem. Mauro Santayana define: “Embora nas sociedades políticas só um poder – o Legislativo – seja supremo, há poder ainda maior, o do próprio povo. Sendo assim, cabe ao povo o direito de dissolver o Parlamento, quando se dissocia da vontade que o instituiu, e, assim, perde a legitimidade.
O atual Congresso teria tudo para ser dissolvido, até porque, ainda se socorrendo da observação de Santayana, nenhum outro foi tão ruim, sem sabermos se ali são mais numerosos os perversos ou os néscios.
Preto no branco
Recebo do ex-prefeito Raul Salles, de Pequeri, a confirmação de que será no dia 8 de novembro, às 9h, na Associação Médica de Belo Horizonte, a reunião de prefeitos, vereadores, ex-prefeitos e outras lideranças políticas com o presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana. O que se pretende é uma conversa objetiva e franca sobre a realidade política no estado. Assim conversado, parte-se para uma avaliação do processo eleitoral de 2014.

domingo, 20 de outubro de 2013

Engajamento

A iniciativa é do vereador Rodrigo Mattos. Uma audiência pública na Câmara para que a comunidade debata a situação do Museu Mariano Procópio, vedado à visitação pública há cinco anos. Será às 15h de terça-feira. Já sobejamente conhecidas as dificuldades da Casa, ideal é que essa audiência pública não se torne apenas uma ocasião de queixas, mas que a comunidade encontre caminhos que possam ajudar o diretor Douglas Fasolato a vencer as dificuldades que tem encontrado.
Uma brecha
Tem especial importância para a política mineira a entrevista de fim de semana do vice-presidente Michel Temer, para quem seu partido, o PMDB, deve ter candidato próprio ao governo nos estados em que perceber que tem viabilidade de vitória. Em Minas, a posição adotada por Temer foi recebida como uma brecha que se abre ao partido para não assumir apressadamente atitude aliancista em relação à candidatura de Fernando Pimentel, do PT.
Os peemedebistas têm como pré-candidato o senador Clésio Andrade, que parece realmente sua opção mais clara.
Sinalizando
Pode ser também que o vice Temer tenha pretendido, com o anúncio de candidaturas próprias em 15 estados, valorizar o peso do PMDB nas futuras negociações com o Partido dos Trabalhadores, de forma que ele continue sendo o companheiro de chapa de dona Dilma. Tanto assim, que em sua entrevista diz que, ao adotar caminhos próprios nos principais estados da Federação, seu partido não exclui a aliança nacional com os petistas.
Caso local
Por falar em PMDB, vale a previsão de que em Juiz de Fora seus dirigentes terão de praticar contorcionismo para explicar a decisão de não ter candidatos próprios à Assembleia e Câmara dos Deputados. Essa ausência ainda não pôde ser assimilada por todos, principalmente porque no ano passado o partido saiu prestigiadíssimo das urnas, mas decide que na eleição seguinte vai optar pela adesão a outras siglas.
Mais estranho ainda parecerá se se sentir que o PMDB fará corpo mole para favorecer a candidatura da deputada Margarida Salomão.
Posse em BH
Na quarta-feira, em uma solenidade interna, em Belo Horizonte, o presidente do PDT de Juiz de Fora e ex-secretário de Administração Vitor Valverde assume cargo na assessoria do prefeito Márcio Lacerda. Ficará como sua tarefa o acompanhamento de projetos especiais.
Emancipação
A Assembleia Legislativa programou para o dia 25 audiência pública a fim de discutir os novos critérios para a emancipação dos distritos que pretendem se tornar municípios. São critérios mais rigorosos, e até agora apenas duas localidades de Ribeirão das Neves se apresentaram. Ambas alegam prejuízos sociais por estarem em região de penitenciária de alta periculosidade, argumento de um pequeno grupo de moradores de Linhares, que há cerca de vinte anos nasceu e morreu. Ali também havia e há tal vizinhança indesejável.
O último
Morreu, aos 80 anos, Walter Najain Jorge – Waltinho – o último dos veteranos boêmios da cidade. Não seria possível a quem vivesse a noite de Juiz de Fora desconhecer Waltinho, simpático solteirão intransigente, cantador dos encantos femininos. Deve ter sido um recordista mundial em hospedagem em hotel, pois morou ininterruptamente quase sessenta ano no Imperial.
Uma de suas histórias correu o Brasil afora. De braços dados com duas veteranas nas madrugadas, ele quis levá-las para dançar no velho Raffa's, onde o proprietário, Rafael Jorge, tentou impedi-lo, alegando que suas acompanhantes eram “mulheres suspeitas”, ao que ele logo protestou:
“Suspeitas são essas que estão aí dentro. Estas duas aqui são putas no duro!