segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Duas palavras

O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e membro da comissão que tenta tratar da reforma política, chega ao fim do ano com uma frustração: não vê aquela reforma prosperar; e quando parece que vai evoluir retorna às gavetas. Essa matéria, diz ele, em duas palavras: é ciclotímica e camaleônica.
Na digital
Em vezes anteriores, costumava-se estabelecer que a propaganda eleitoral dos candidatos só podia ser realizada depois das convenções partidárias. Não é o que acontece desta vez. Segundo pesquisa realizada pelo jornal “Estado de Minas”, os deputados mineiros que vão disputar a reeleição já estão em franca atividade na mídia digital, mostrando seus projetos e discutindo ideias.
Retorno
Ex-candidato a prefeito, Omar Peres esteve na cidade no último fim de semana para rever amigos e tratar de negócios que ainda mantém aqui. Sempre se esquivando de falar de política, mas filiado ao PMN, ele pode surpreender participando de uma chapa para o Senado.
Esbanjando
Com dados e fontes que estão acima de suspeitas, soube-se, nesta semana, que o Palácio do Planalto, sede do governo, continua sendo um recordista na escala do empreguismo. Nosso palácio tem 4.600 funcionários, enquanto nos Estados Unidos a Casa Branca trabalha com 460.
Aquecimento
O prefeito Bruno Siqueira tem dito que foi obrigado a consumir os primeiros 12 meses de seu mandato “botando a casa em ordem e ajustando as finanças”, para entrar em 2014 com ânimo total. Venceu o período de aquecimento. As obras viárias e de saneamento que estão em curso são importantes, mas ainda não o satisfazem completamente.
Indícios
Gente atenta à evolução dos fatos políticos cada vez mais animada a admitir que o PSDB e o senador Aécio Neves perdem tempo ao alimentar a esperança de chegarem à eleição com o apoio do governador pernambucano, Eduardo Campos. Entende que, de olho em 2018, para um projeto pessoal, hoje ele estaria mesmo é a serviço do PT e de Dilma, via Lula.
Alto custo
Vem aí uma das mais caras compensações políticas nos períodos pré-eleitorais dos últimos anos. O Partido dos Trabalhadores e o Palácio do Planalto vão investir alto no projeto de arrebanhar o apoio do PMDB mineiro à candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo do estado. Se aceitarem, além de ganhar a vaga de vice na chapa do ministro, os peemedebistas terão a presidência de algumas estatais, dois ministérios já na reforma do primeiro escalão que virá em março e a vaga para disputar o Senado pela aliança.
O que tranquiliza o governo é que o PMDB aprendeu a não resistir a afagos tão generosos.
Endereço certo
Não há como discordar dos dirigentes do Poder Legislativo, quando devolvem ao Executivo o excesso dos recursos orçamentários não consumidos no custeio. O presidente do Senado, Renan Calheiros, acaba de devolver R$220 milhões, gesto insuficiente para retocar sua desgastada imagem.
Em Juiz de Fora, o presidente da Câmara, Júlio Gasparette, restituiu pouco mais de R$ 2,3 milhões que não gastou. O único reparo que parece oportuno é que o dinheiro devolvido devia ser carimbado, isto é, com destinação específica. Como se tem feito, a sobra se dilui, sem finalidade, num orçamento onde a gentileza é quase nada. Mas certamente ganharia expressão se fosse destinada a um fim específico.

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