sexta-feira, 20 de março de 2015

 Longa  maturação

Muitas vezes pergunta-se a razão de alguém tanto desejar e tanto lutar para se tornar prefeito, sabendo-se que são enormes as dificuldades, a começar pela carência de recursos agravada com a cruel concentração no governo federal das riquezas tributárias. Ainda assim, é o grande sonho da maioria dos políticos.
Na semana passada, durante conversa com pessoas da área, bem vividas no setor, foi possível saber que um projeto elaborado por qualquer prefeitura levado a Brasília, demora, em média, quatro anos para ser analisado, aprovado e financiado. Deduz-se então que um prefeito tem de planejar para seu sucessor executar...

Quadro  confuso

O deputado Marcus Pestana, hoje um dos principais porta-vozes do PSDB no Congresso, insistente na ideia de que a reforma política precisa ser a primeira entre as prioridades, esteve em visita à Cúria Metropolitana. Em conversa com os religiosos reconheceu que o quadro político do Brasil na atualidade é de completa confusão.
Aliás, com a perplexidade do deputado oposicionista concorda  plenamente o governo, pois  nos gabinetes oficiais o que mais se fala é no ”caos político”.

Reação feminina

No  programa Mesa de Debates, da TVE, a titular da Delegacia de Mulheres, Ângela Chaves, disse que o estupro ainda é problema grave, mas Polícia e Justiça têm sua ação facilitada com a crescente disposição da vítima de denunciar o agressor, sem temer revide. Em defesa da mulher, como um passo à frente da Lei Maria da Penha, entramos agora em conceituações que refletem mais rigor sobre o criminoso. Trata-se do feminicídio, para os casos de estupro seguido de morte, com pena que varia de 12 a 30 anos em regime fechado, sem progressão e sem regalias.

Relatório

No dia 2, em atenção ao que determina a lei que a criou, a Comissão Municipal da Verdade encerrará suas atividades, que se estenderam por doze meses, e no dia 6 de abril terá audiência com o prefeito e o presidente da Câmara para apresentar seu relatório final. Graças às investigações e aos depoimentos colhidos, constatou-se um mínimo de 150 casos de violação dos direitos humanos em Juiz de Fora durante a ditadura.

Cultura regional


Eis uma oportunidade para que as entidades culturais se mobilizem. Trata-se da proposta de melhor e mais justa distribuição dos recursos orçamentários da Secretaria de Estado da Cultura, de forma que o interior, não  apenas a capital, seja beneficiado. A proposta de regionalização das verbas para a cultura foi levada ao secretário estadual Ângelo Oswaldo pelo superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, e o deputado estadual Isauro   Calais. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Para avaliar

As manifestações de domingo contra o governo, que tomaram as principais ruas de cidades e capitais, forçam o Planalto a praticar imediata revisão de condutas políticas, responsabilidade pessoal da presidente Dilma, muito acima do palavreado formal que seus ministros têm levado à televisão. Há certas responsabilidades que um presidente não consegue transferir, mormente em meio à turbulência de uma crise como a que estamos vivendo.
Uma de suas obrigações, resultante desse domingo, é, além de prometer rigor em relação à corrupção que está por vir, que ela proceda da mesma forma quanto aos escândalos bilionários na Petrobras. Outra questão, igualmente decorrente, é o encaminhamento de uma reforma política sem concessões aos interesses dos atuais partidos, senadores e deputados.
As manifestações, promovidas pelas redes sociais, devem ser analisadas também sob outro aspecto importante: elas se realizaram sem a maquiagem promocional da presença de artistas de TV, craques de futebol, deputados e senadores. Essas redes são uma grande força emergente.

Posse em BH

Em Belo Horizonte, Vitor Valverde tomou posse na Secretaria de Governo da prefeitura, o que lhe dá as atribuições da coordenação política e administrativa do prefeito Márcio Lacerda. Para tanto, ele passa a Superintendência da Limpeza Urbana para Custódio Mattos, de quem, quando prefeito de Juiz de Fora, foi secretário de Administração.


A fórmula

Na inauguração, no domingo, em Benfica, do CEU, o mais completo equipamento para atividades culturais e sociais colocado à disposição de uma comunidade, o prefeito Bruno Siqueira afirmou que o que vem sendo realizado em sua administração resulta do esforço de criatividade em cima de uma grave crise financeira, que, garantiu, não se abate apenas sobre Juiz de Fora, porque na verdade atinge todo o País.
A compreensão das dificuldades do momento e o esforço para superá-las não comportam ações de politicagem, afirmou.


Um alento

Mas, como sinal de que as coisas tendem a melhorar, o prefeito anunciou, em seu discurso de domingo, que estão em fase conclusiva as negociações para a implantação de  uma grande empresa em Juiz de Fora, com capacidade para oferecer 300 empregos diretos. Bruno não indicou o nome da empresa, mas informação colhida em Belo Horizonte adianta que pode se tratar de um centro distribuidor da Fiat.


Bola toda


Ainda sobre a inauguração do centro de esportes unificados, em Benfica, a representante do Ministro da Cultura no ato, doutora Cláudia de Castro, mostrou-se entusiasmada com a movimentação cultural de Juiz de Fora. Disse ela ao redator: “Em matéria de cultura a Funalfa está arrasando”.

sexta-feira, 13 de março de 2015

O Dia D

Pode ser que haja certo exagero, mas lideranças políticas de Brasília chegam a admitir que o futuro do governo Dilma pode estar sendo traçado neste fim de semana, sob a expectativa de que situação e oposição prometem ir às ruas para defender suas ideias. Inspirados pelo ex-presidente Lula, os sem-terra querem mostrar sua capacidade de mobilização, em defesa do governo, enquanto o domingo fica reservado para contestações e protestos.
O brasileiro, tenha ele a ideologia que tiver, não tem a seu favor a tradição de fazer das ruas um palco de pregação política, realidade raramente negada, como na campanha pelas Diretas-Já. As entidades que o representam descuidam da formação de mobilizadores, particularmente quando o quadro é tenso. É o que nos explica o fato de, mesmo estando o País diante de uma grave crise, optam pelo recolhido silêncio organizações do prestígio da OAB, CNBB, União Nacional dos Estudantes e as grandes confederações, Hoje, caladas, elas vão sendo substituídas pela internet, que ficará com os créditos ou os débitos das prometidas manifestações.

Discurso

O discurso que a presidente Dilma pronunciou nesta semana em rede nacional de televisão teve como mérito descartar a aventura do improviso; improviso que em ocasiões anteriores foi garantia de derrapagens e tropeços constrangedores. Mas, quando se trata de ajustá-lo aos interesses nacionais, o pronunciamento ficou a desejar.
Pediu ela aos brasileiros paciência para a superação da crise. Mas paciência é uma virtude que este País já ofereceu na medida de farta generosidade. Não tem mais como ser cobrado, ainda que a presidente e seu ministério estivessem entrincheirados em boas intenções.
Melhor seria que, dando o exemplo, que deve partir sempre de cima, Dona Dilma anunciasse disposição do governo de cortar suas próprias gorduras.

Preservado

A Justiça não acatou a pretensão do Sport Clube de derrubar a arquibancada de seu estádio, e oferecer o espaço para a construção de um supermercado, que, parece, estava nos planos de um grupo empresarial do Norte do Brasil. Entre outras razões para a decisão da Justiça deve ter influído muito a imediata reação do Conselho de Preservação do Patrimônio, que protestou, mesmo diante da cruel constatação de que o Sport nada promove para dar utilidade à arquibancada em questão.
Mas o clube não se deu por vencido: quer ser indenizado pelo que deixou de ganhar no negócio em boa hora abortado.

Questão central

Na esperança de que vingue a ideia de uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa para defender a Zona da Mata, parece justo levar em conta dois dados fundamentais: 1 - os deputados devem remover divergências partidárias quando estiver em questão a defesa dos interesses regionais, e 2 - não desconsiderar uma realidade que hoje dispensa contestações. Como centro de referência para a prestação de serviços vários, e neste particular outros municípios acabam desonerados, Juiz de Fora deve ter tratamento de polo regional (a experiência bem sucedida da Acispes não pode ser esquecida) com prerrogativas que esse papel impõe. É detalhe que, espera-se, não escape da acuidade dos deputados diretamente envolvidos.

Desinteresse

Os partidos políticos, que a cada ano vão perdendo forças, cedendo lugar para grupos e correntes, continuam contribuindo, e muito, para esse esvaziamento. Observe-se, por exemplo, o que se dá na linha dos diretórios municipais das legendas derrotadas: passados cinco meses desde que se feriram as eleições, eles ainda não se animaram a promover discussões e estudos sobre seu fracasso nas urnas. Como se 2016 não estivesse chegando.

Pra facilitar

Em breve os encarregados dos serviços telefônicos começam a trabalhar na elaboração de novo catálogo de assinantes, o que enseja, como sugestão, um esforço para facilitar as consultas, já difíceis por causa do corpo mínimo das letras e o reduzido espaçamento entre os nomes. É preciso tornar menos trabalhosa a identificação das ruas, como a Osvaldo Aranha, que no catálogo tem de ser procurada na letra C de chanceler, que foi o cargo daquele ministro.

Mas a procura fica ainda mais complicada por causa do “Doutor”, que antecede os nomes de 171 personalidades imortalizadas nas ruas de Juiz de Fora. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Indefeso

No momento em que os brasileiros, num misto de espanto e indefesa, com a corrupção e a incompetência política minando as bases da sociedade, sufocando derradeiras esperanças, é oportuno lembrar a antiga perplexidade do professor José Honório Rodrigues: “O povo brasileiro é um povo historicamente derrotado pela minoria dominante”.

Presença

Não obstante a consagradora votação que o governador Fernando Pimentel obteve em Juiz de Fora, são pouquíssimos, sem maior expressão, os cargos que ele destinou a políticos daqui. Mais que o governador, fez o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que de Juiz de Fora levou três para ocupar cargos de expressão: Vitor Valverde, Custódio Mattos e Sueli Reis.

Frustração

A crise energética que desabou sobre o País contribuiu para tornar ainda mais insignificantes os resultados do sempre intempestivo Horário de Verão. Os setores responsáveis têm procurado falar pouco sobre o assunto, para não terem de confessar a frustração. À modesta economia em megawatts somam-se os inconvenientes enfrentados pelo relógio biológico, prejuízo que não tem como ser mensurado.

Experiência

Para não sair do campo da energia. É incompreensível a resistência e a crítica de sindicalistas e deputados não suficientemente informados sobre o projeto da Cemig de criar um conselho consultivo dos seus cinco ex-presidentes. Sozinha, a nova diretoria não tem como enfrentar a complexidade administrativa da companhia, que passou a ser uma das maiores do mundo durante os 16 anos em que foi conduzida por Djalma Morais.
É preciso agregar a experiência dos antigos, sem discriminações políticas e ranhetices partidárias.

Pode ajudar

O que se diz nas rodas próximas ao prefeito Bruno Siqueira é que ele não tem revelado ânimo para conversar agora sobre a eleição de 2016, quando certamente disputará um novo mandato; até porque algumas das chaves para abrir a temporada eleitoral ficam na dependência do que virá da aliança nacional do seu partido, PMDB, com o Partido dos Trabalhadores.
Mas para a construção dessa aliança na cidade o prefeito já contará com a simpatia do governador Pimentel e do vice Antônio Andrade. Um bom começo.

O que é bom

Nada é tão ruim que não se possa extrair algum proveito. Diziam os antigos chineses, cada vez mais confirmados em sua nunca desmentida e velha sabedoria. Isto vem a propósito da decisão do Senado de acolher o projeto da chamada Lei da Bengala, permitindo aos ministros do Supremo permanecerem na corte até os 75 anos, não mais na “expulsória” dos 70.
Na verdade, uma trama da oposição para cassar à presidente Dilma o direito de indicar novos ministros. Mas ainda que seja uma urdição política, a Bengala serve para corrigir grave distorção: hoje, os julgadores vão para o pijama no auge de sua experiência e quando a Justiça mais deles precisa.

Manifestação

Estranhamente marcada para o domingo, 15, quando é mais difícil a mobilização de massas, a anunciada manifestação contra o governo não terá como fugir das experiências anteriores: precisa ter o apoio de setores essenciais, como transporte, limpeza urbana e saúde.
Em cada época uma atividade traça o rumo das manifestações de descontentamento, dependendo de sua importância. Em Juiz de Fora, nos primeiros anos do século passado, uma greve estava destinada ao fracasso se não contasse com a adesão de carroceiros e alfaiates, atividades hoje praticamente extintas.




quinta-feira, 5 de março de 2015

Campanha pobre

Nem mesmo os mais otimistas seriam capazes de apostar todas as fichas no cumprimento do calendário eleitoral do próximo ano. Há fortes suspeitas de que a coincidência de interesses, a começar pelo esquema político do governo federal, leva a uma quase unanimidade em favor da prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores.
É o que se dará se o País não conseguir sair da crise em que se encontra; crise que coloca em xeque a governabilidade. De fato, com graves problemas políticos, econômicos e institucionais que vão se acumulando, o alinhamento dos muitos interesses pode resultar no adiamento, em nome dessa falácia que é a coincidência de todos os mandatos em 2018.
Observe-se, a propósito, que se as previsões desde agora apontam para uma campanha eleitoral cara no próximo ano, mais ainda se considerarmos que a operação Lava Jato vai assustar e deixar temerosas as empreiteiras, que são generosas financiadoras de candidaturas.

Um pouco melhor

Homem preocupado com a evolução da violência urbana, principalmente em relação à gênese desse fenômeno, o juiz José Armando da Silveira considerou, ao instalar as sessões do Tribunal do Júri deste ano, que o dado positivo em relação a Juiz de Fora é que está sob controle um problema que vinha preocupando: a guerra entre as gangues de bairros. Um êxito que ele atribui à ação das polícias civil e militar.
Na sessão inaugural, no salão de conferências da Universo, onde o júri conta com uma pauta de 80 processos de crimes contra a vida, o juiz tem o tráfico de drogas como o mais grave agente da violência. 

Cinto apertado

O principal recado da crise financeira é que não haverá solução sem um amplo programa de controle de despesas, ainda que não saibamos se Brasília tem ânimo suficiente para cortar na carne as gorduras do esbanjamento, as propinas e os gastos excessivos com a mordomia oficial.
A ordem é não gastar, e isto faz sentido para os estados e municípios. Em Juiz de Fora, o prefeito Bruno Siqueira fez distribuir em todos os órgãos da Administração um receituário de economia, o que inclui diárias para viagens só quando absolutamente necessárias. Breakfast nem pensar. 

X do problema

Os tempos não andam bons para que o governo se debruce sobre os grandes problemas urbanos, cujas soluções são indefinidamente adiadas. Um deles é o congestionamento provocado pelo tráfego, situação da qual Juiz de Fora não escapa; pelo contrário, sente que se agrava cada dia mais.
Não é sabido se os assessores da presidente já chamaram sua atenção para o fato de que boa parte das dificuldades que sufocam ruas e avenidas está na facilidade com que hoje se compra um carro. Infinitas prestações oferecidas a quem não pode honrá-las depois de poucos meses de prazer. 

Nível ministerial

Por falar em assessores, conhecidos os últimos tropeços dos ministros que cercam a presidente Dilma nas questões políticas, há quem possa lembrar uma frase atribuída ao presidente Getúlio Vargas: “Metade do Ministério é incapaz; a outra metade é capaz de tudo”... 

País surrealista

Ao decidir devolver ao Palácio do Planalto a Medida Provisória que pretendia alterar regras na tributação sobre empresas, o presidente do Senado, Renan Calheiros, foi alvo dos maiores elogios por parte de seus pares. Patriota, corajoso, defensor da autonomia do Legislativo, abraçado e festejado, não se economizou exaltação. Não foi outro o cenário que se abriu diante de quem acompanhou a sessão pela TV Senado dedicada à festa cívica.
Só que, na verdade, Renan estava apenas praticando uma resposta e um desafio ao governo, pois já sabia que seu nome vinha na lista dos políticos envolvidos no escândalo do Lava Jato.



segunda-feira, 2 de março de 2015

Uma saída

Para quem passou a semana em Brasília fica a impressão de que vai ganhando destaque na pauta política a possibilidade de o governo recorrer à prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Tanto assim que estaria se preparando para ceder ao velho e sempre esvaziado argumento de que é bom provocar a coincidência de todos os mandatos.
Em rigor, a prorrogação pode acabar sendo remédio emergencial, caso o Brasil continue despencando rumo a dois perigosos abismos: a economia em frangalhos e a política desmoralizada. Pode ser então que cheguemos a 2016 certos de que não haveria clima para campanhas custosas e eleições perturbadas pela corrupção e a deterioração dos partidos e o desprestígio de seus agentes.
Não se espera reação negativa dos deputados, desejosos de não enfrentar os desgastes da campanha eleitoral, que sempre lhes custa caro, vítimas do apetite dos candidatos a prefeito e vereador.

Tempo curto

Mas, se o calendário for mantido e as eleições se realizarem na data prevista, os políticos precisam saber que têm apenas mais sete meses para definir a filiação partidária. Quem se dispuser a disputar em 2016 tem de estar filiado com um ano de antecedência. Projeto destinado a reduzir esse prazo para seis meses ainda é uma incógnita e de tramitação pouco confiável.

Os assessores

Alguns dos problemas que a presidente Dilma tem enfrentado, mesmo considerado seu temperamento refratário a conselhos, certamente teriam sido evitados se contasse ela com uma assessoria política mais sensível. Os tropeços em relação à Indonésia, que culminaram com um gesto deseducado com o embaixador no momento da entrega das credenciais, são apenas um entre os muitos exemplos de fatos que poderiam ser evitados.
Não passa um dia sem que os deslizes caiam na malha fina da imprensa. Ontem, foi o singular discurso que dona Dilma pronunciou no Uruguai, quando mesclou sua fala com um corajoso portunhol. Era de se ver a cara de espanto do presidente Mujica.

Sob pressão

Uma coisa é certa: grupos políticos que andaram se entusiasmando com a possibilidade do impeachment da presidente Dilma já concluíram que não é esse o caminho ideal. O projeto agora em pauta é sangrá-la de tal forma que, acuada e exausta, ela acabe renunciando.  O que pensa sobre isso o PMDB, segundo partido na linha de sustentação do governo?

Tudo a ver

Certo dia, algumas décadas atrás, Calheiros Bonfim, ex-presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, disse algo que dispensa retoques para se ajustar aos nossos dias:  “A corrupção pode não deixar provas, mas nem sempre desfaz seus rastros e evidências”.

Pontos críticos

A decisão dos deputados de pleitear que a Câmara financie passagens aéreas para suas mulheres é, além da imoralidade, uma demonstração clara da disposição de  debochar dos eleitores. Digamos: coragem misturada com desfaçatez.  Na Assembleia mineira, alguns deputados residentes em Belo Horizonte recusaram o auxílio moradia, ainda que dele pudessem se aproveitar. Poucos, mas suficientes para mostrar que há bons exemplos sobreviventes na política.