terça-feira, 31 de maio de 2011

Cadê o nosso caos?

Qualquer comunidade no mundo, esteja na Finlândia ou em Camarões, o cotidiano das pessoas se baseia em três serviços, que, falhando um ou falhando todos, a vida fica comprometida. São eles os serviços de saúde, educação e segurança. Em países civilizados, nos raros casos em que a paralisação dos três coincidiu, houve caos, governos caíram, altos funcionários se demitiram ou foram exonerados. No Japão, greves assim, uma colada à outra, resultam em dois ou três suicídios de gente importante.
Em Juiz de Fora, diferentemente do resto do mundo, os médicos estão em greve há um mês, e ninguém morreu por isso. Os assaltantes mantêm a rotina, não reduziram nem aumentaram a violência, enquanto os policiais cruzam os braços. Também os professores, em sucessivas paralisações, não deixarão de receber seus modestíssimos salários, mas também não vão repor as aulas.
A população não reage nem opina, nega tanto a solidariedade como a condenação. Fica a impressão de que esses serviços chegaram a tal nível de deficiência que, havendo ou não havendo, tanto faz como tanto fez.


Faixa própria

Deputados do PMN querem agendar uma viagem a Juiz de Fora, no junho que vai começar, a fim de discutir o melhor caminho do partido na sucessão municipal. Mas chegam com a ideia de que há espaço para se correr em faixa própria. Baseiam-se no fato de que, tendo somado 25 mil votos, quando disputou uma cadeira na Assembleia, o vereador Isauro Calais somou cabedal para assumir a missão.
Longe de ser uma decisão fácil, o vereador, que é primeiro suplente, vai assumir, porque dois titulares logo sairão para disputar a prefeitura em seus redutos eleitorais.


Nonagenário

Três vereadores - Flávio Cheker, José Laerte e José Figueirôa – são autores de moção de aplausos ao Museu Mariano Procópio, que em 23 de junho comemora o 90º aniversário. Essa manifestação incorpora o reconhecimento ao trabalho que está sendo realizado pelo diretor Douglas Fasolato, que, além de retomar as obras físicas, vem promovendo intenso programa de exposições e eventos culturais ao redor da Casa de Mariano.


Palocci sangra

Na política, como nas touradas, o golpe fatal é aplicado quando om inimigo começa a sangrar. É o que nesta terça-feira devem estar pensando os adversários do ministro Antônio Palocci, ao perceber que o governo já não tem mais como defendê-lo, e o tiroteio se intensificou, depois que até Fernando Henrique sugeriu CPI para apurar a velocidade dos negócios do ministro, que em quatro anos aumentou em vinte vezes seu patrimônio.


Primeiro aliado

Na reconstrução da aliança que vai apoiar o projeto de reeleição do prefeito Custódio Mattos já se garante que o PDT, que foi o primeiro em 2008, volta a abrir a lista do próximo ano. Sem surpresa, porque o presidente do partido em Juiz de Fora é Vítor Valverde, secretário de Administração.


Homenagem

Com a inauguração, ontem à tarde, da Avenida Mello Reis (antiga Guadalajara), terminou uma longa discussão sobre o logradouro em que melhor caberia a homenagem ao ex-prefeito. Esteve em cogitação batizar o Mergulhão com o nome de Mello.


Ordem inversa

Em Belo Horizonte, a tendência, cada vez mais clara, é o PT apoiar o PSB na disputa da prefeitura. Em Juiz de Fora, as peças são as mesmas, mas na ordem inversa: o PSB apoiar o PT.


((publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Avenida para Mello Reis

Está marcada para às 17h de hoje, junto ao aeroporto da Serrinha, a inauguração das placas que identificarão a Avenida Mello Reis, o que dá cumprimento à lei do vereador Tico-Tico que o prefeito Custódio Mattos sancionou. Seis meses depois de sua morte, é a primeira homenagem oficial que ele recebe na cidade que administrou, na década de 80, e entrou para a história como um dos mais importantes prefeitos que teve o município.
A avenida que recebe seu nome é a antiga Guadalajara.
Para a solenidade, além de autoridades municipais, são esperados deputados e prefeitos da região. O senador Itamar Franco, hospitalizado em S.Paulo, será representado por seu assessor Marcello Siqueira.


Mesmo secretário

Bem sucedidas as articulações do senador Aécio Neves, a executiva nacional do PSDB, eleita ontem, manteve o deputado mineiro Rodrigo de Castro na secretaria-geral, cargo que vinha sendo postulado pela representação de São Paulo. A tônica do discurso tucano do fim de semana foi o projeto do partido de voltar ao poder, que lhe escapou com o fim do segundo mandato de Fernando Henrique.


Dilma em crise

Assunto para dominar a semana: a presidente Dilma não pode dizer que se saiu airosamente do teste que lhe impôs o primeiro choque de interesses políticos. O governo esteve mal e continua pior na crise provocada pelo ministro Palocci, além de ficar desprestigiado com a festiva intervenção de Lula nos negócios ministeriais.
Não bastasse, já se expõem, desde agora, os arranhões com o PMDB, o que estava na previsão, mas só para meados do próximo ano. O namoro de Dilma com o partido esfriou um pouco.


Tempo de descrédito

Interessante o dado revelado em pesquisa encomendada por grupo político, apenas para análise interna, sobre a necessidade de um candidato ter filiação partidária, questão levantada pelo senador Itamar Franco. Entre oitocentas pessoas consultadas em Juiz de Fora sobre o chamado “candidato avulso” 43% consideram isso uma boa ideia, o que embute a desconfiança de que os partidos são dispensáveis, contra 53% que acham a filiação necessária.


Prestigiado

Alguns colegas de primeiro escalão do secretário de Saúde, Antônio Jorge, prometem estar amanhã em Juiz de Fora para prestigiá-lo na solenidade em que receberá a Comenda Henrique Halfeld. Um deles ou o deputado Marcus Pestana representará o governador Anastasia.

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Lendo, ontem, que o Brasil acaba de confirmar sua posição de recordista mundial de impostos, a gente concorda com Ignacio Silom, escritor socialista italiano, quando diz que o governo tem um braço longo e um braço curto. O longo serve para tomar e tocar em qualquer lugar; o braço curto serve para dar e só chega aos mais próximos.


Resenha

1)
Depois de quatro dias hospitalizado, para tratar de diverticulite, está de volta à casa o veterano sindicalista Clodesmidt Riani, que tem 90 anos. Ele se celebrizou como presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria.

2) O vereador Isauro Calais viaja amanhã para São João Nepomuceno, onde vai se reunir com o grupo político que prepara o lançamento da candidatura de Célio Ferraz (Balainho) à prefeitura, onde ele já esteve por três vezes. Isauro se diz entusiasmado com a receptividade dessa candidatura.

3) Os assessores do senador Itamar Franco, internado em S.Paulo para tratar de leucemia, passaram o fim de semana recebendo telefonemas e e-mails de pessoas interessadas em obter informações sobre o estado de saúde dele, que é estável. Os médicos que o assistem garantem que o tratamento será suficiente para eliminar o mal.


4) O Instituto Histórico e Geográfico, presidido por Vítor Valverde, promoveu uma sessão aberta, comemorativa do 161º aniversário da cidade. Como tema central, aspectos do passado de Juiz de Fora ainda não suficientemente pesquisados.


5) Sobre a razão que o levou a deixar a chefia da assessoria de comunicação da Câmara, o jornalista Aílton Alves esclareceu: foi por causa de uma atitude de desconfiança do vereador Noraldino, que desautorizou, por antecipação, qualquer notícia a respeito do trabalho que realiza, se não tiver o crivo do seu gabinete.


6) Intrigante, entre assessores do prefeito, o fato de Noraldino estar mantendo rendosas conversas com alberto Bejani, figura que dispensa maiores apresentações. O vereador é líder do governo na Câmara.

7) Faz 50 anos hoje que o então governador Magalhães Pinto instalou, na Escola Normal, o governo provisório do estado, e, durante dois dias, todo o secretariado despachou com autoridades municipais. Nunca mais o estado promoveu esse deslocamento, salvo simbolicamente para Ouro Preto.


(( publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Quanto valem?

Vai chegando a hora de se avaliarem as peças para composições políticas, com vistas às eleições municipais. E começa a ser estudado o potencial dos partidos em futuras alianças. Por exemplo: qual o peso que terão PSL, PV, PP, PMN entre outros? Se isolados pesam alguma coisa, o que poderiam pesar se estiverem juntos?
Na eleição de prefeito, em 2008, nada menos de 12 partidos se aliaram ao PSDB para ajudar a eleger Custódio. Segundo ele, há indícios de que permanecerão unidos no seu projeto de reeleição. O que, a se confirmar, faz prever poucas alterações para o próximo ano.
Mas sobre alianças e as bases em que são estabelecidas é preciso esperar o TSE resolver se haverá alguma mudança no atual modelo.


Sem intrigas

O deputado Bruno Siqueira diz que continua empenhado apenas em realizar o trabalho a que se propôs na Assembleia Legislativa (com a ida de Lafayette Andrada para o Secretariado, Bruno ficou como único representante da região no Legislativo mineiro), sem ceder a tentativas de intrigá-lo com outros grupos do PMDB. Estava se referindo, em especial, aos que se esforçam para distanciá-lo do grupo do ex-prefeito Tarcísio Delgado no diretório municipal do PMDB. Não há razões, pelo menos por hora, para maiores distanciamentos.


Interferência

Repercute mal a ostensiva interferência do ex-presidente Lula nos assuntos internos do governo de Dilma, o que ficou mais claro ainda com os contatos diretos que ele promoveu com ministros, que não têm mais que ouvi-lo ou se aconselhar com ele. Fato é que casos desse tipo vão levando a presidente a medidas políticas drásticas para acentuar sua personalidade e a autoridade de seu governo.


Leucemia

Definido que a leucemia de que está acometido pode ceder por ação de tratamento, é provável que, deixando o hospital em que se encontra, em S. Paulo, o senador Itamar Franco decida passar em Juiz de Fora o período de recuperação. Mas tudo depende de orientação médica.

Desinteresse

Comentava-se em roda política, sem embargo de ser formada por gente do PSDB, que o PT é pouco dado a prestigiar pessoas que em suas fileiras disputaram e perderam eleições. Assunto de quarta-feira à tarde em Belo Horizonte, presente um jornalista local. Dois exemplos então citados: Hélio Costa, a quem, depois de derrotado, o governo negou a presidência de Furnas, contemplando-o apenas com uma função diplomática secundária, e Margarida Salomão, que construiu a maior votação que o PT já teve em Juiz de Fora, mas pretenderam colocá-la apenas na delegacia regional do Desenvolvimento Agrário, onde chefiaria meia dúzia de funcionários.

Fogo amigo

Estamos cada vez mais próximos de admitir que o libelo contra o ministro Antônio
Palocci, e que culminou com a denúncia de que sua fortuna aumentou vinte vezes em quatro anos, foi obra de companheiros do próprio PT. Fruto de divergências internas.


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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Muito dinheiro

Nota recente da coluna informava sobre a estimativa de custo de uma campanha para prefeito em 2012, considerando-se um candidato viável, com poder de fogo e de voto. Falava-se em cerca de R$ 8 milhões, o que logo encontrou contestações, sob a alegação de que não há na cidade candidato que possa dispor de tanto dinheiro. Mas a observação é improcedente, porque quase sempre dinheiro de campanha não sai do bolso do candidato; quando sai é muito pouco. Quem financia as campanha são as grandes empresas, os empreiteiros e grupos interessados nos negócios municipais.

Ação política

O PSDB mineiro não esconde, pelo contrário faz questão de mostrar, que há colégios eleitorais que serão considerados prioritariamente em 2012, entre eles Juiz de Fora, que faz parte da lista dos estratégicos. Nesse sentido, o partido considera que não faltarão o prestígio e o empenho pessoal do governador Antônio Anastasia, ainda que ele não tenha nesse campo a experiência de seu antecessor, Aécio Neves.


Apoio necessário

Por falar em apoio do governo do estado, uma boa demonstração seria ele investir, com a urgência necessária, recursos técnicos e financeiros para salvar da total destruição o velho prédio da Alcaidemoria, na Rua Cícero Tristão. Não poderia alegar que se trata de um bem de interesse histórico apenas do município. Na verdade, de toda Minas, pois está ali a sede da mais antiga repartição pública mineira ainda de pé. Portanto, nada mais justo que todo o estado manifestar interesse.


Bem explicado

Antes de se posicionarem frente à ideia do senador Itamar Franco sobre a adoção de candidaturas avulsas, isto é, aquelas que não têm de estar necessariamente vinculadas a um partido, lideranças que veem a proposta com reservas vão sugerir que ele aprofunde a análise do tema, cujo principal objetivo seria libertar o candidato da ditadura partidária. Os que temem a ideia de Itamar acham que ela fulminaria de vez os partidos, que já têm andado em corda bamba.


Desacelerar

Autoridades que estavam ao lado da presidente Dilma, na solenidade de beatificação de Irmã Dulce, como também muitos dos que assistiram pela televisão à solenidade religiosa, acham que chegou o momento de ela desacelerar os compromissos, cuidar dos resfriados para evitar que evoluam para a pneumonia. Ela tem se mostrado abatida.


Falta animação

Detecta-se com facilidade que, se reforma política não deslancha, isso se deve aos grupos parlamentares que preferem manter o status quo. Outro motivo, não menos visível, é desinteresse da sociedade civil em promover debates e, na esteira deles exigir que se façam as mudanças. Como estamos diante de um duplo impasse, talvez fosse oportuno aproveitar, no dia 7, a visita do jurista Dalmo Dalari, um dos maiores especialistas na matéria, para saber o que ele sugere para se mudar esse quadro. A falta do empenho popular, diferentemente do que ocorreu com as Diretas Já, é um passo importante para confirmar o fracasso da reforma.


Lixo sabotador

Sem embargo da deficiência ainda notada no serviço de coleta de lixo, não se pode desconhecer que uma acentuada faixa da população não colabora e até ajuda a tumultuar. Desconfia-se também dos que somam a maldade à evidente deseducação. Constata-se, por exemplo, o caso do sujeito, morador das proximidades do Seminário Santo Antônio, que se dá ao trabalho de atravessar a Rio Branco para depositar sacos de lixo sobre os canteiros da Avenida, sem se importar com o espanto de quem o vê cometendo esse crime ambiental (ou sabotagem?) Não menos pior é caso de outro cidadão (?) que, não muito longe dal,i não se envergonha de empurrar os sacos do seu lixo em um bueiro, não podendo ignorar que mais tarde, quando chegarem as chuvas, outros e ele próprio vão pagar.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tensão no poder

Por causa das fracas explicações do ministro Palocci sobre seu rápido enriquecimento, que aumentou 20 vezes em quatro anos, o governo federal tem vivido maus momentos, muita tensão, e ontem praticamente não houve outro assunto nos gabinetes. Entende-se que a presidente Dilma está sendo empurrada contra a parede. Sem saída, porque ou prestigia seu ministro ou oferece munição para que o impasse evolua.
Essa situação deve durar ao menos quinze dias, que é o prazo para que o ministro dê explicações à Procuradoria-Geral da República sua evolução patrimonial. Mas o procurador-geral já procura esvaziar a crise: “Precisamos de mais informações sobre o caso. Os elementos que eu tenho são absolutamente insuficientes para qualquer providência. Você tem que encontrar os elementos que caracterizam esse crime, o dolo, o favorecimento, essa coisa toda”.

Aplausos

Na noite mais movimentada da Festa Country, o vocalista Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, foi quem recebeu maiores aplausos, quando, no palco, enveredou para a crise Palocci. Referindo-se diretamente a Brasília e ao ministro sob suspeita, indagou que País é este em que as grandes fortunas não são obrigadas a se explicar.

Coincidência

Ouve-se em rodas ligadas ao prefeito Custódio Mattos: os esquemas e as conversas objetivas sobre sua candidatura a um segundo mandato vão coincidir com grandes obras urbanas que estão projetadas. Caminhando juntos os dois fenômenos, os tucanos esperam que o prefeito leve vantagem eleitoral.

Voo oportuno
Para quem tem negócios a tratar em Brasília é excelente o horário estabelecido pela Trip: pela manhã, Juiz de Fora – Rio – Brasília, com trajeto inverso e chegada ao aeroporto da Serrinha às 22h do mesmo dia. Hoje, quem estreia o voo é o secretário de Administração, Vitor Valverde, que precisa estar cedo no Ministério dos Transportes.

Quem disputa?
O PT mineiro está correto quando avalia que não tem como deixar de disputar com candidato próprio a prefeitura de uma capital da importância de Belo Horizonte, Considerando sua expressão nacional, não há quem negue ao partido esse direito.
Reconhecido isso, começam os problemas. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel é quem tem cabedal para entrar nessa disputa. Mas é exatamente ele o primeiro a considerar que ideal é o PT dar-se por satisfeito dando o vice na chapa do prefeito Márcio Lacerda, que disputará a reeleição.

Pedra mineira
Ontem, os esforços para se criar uma chapa de consenso no diretório nacional do PSDB começaram a sofrer alguns solavancos, porque os tucanos mineiros, unidos em torno de Aécio Neves, insistem na manutenção do deputado Rodrigo de Castro na secretaria-geral, mas os paulistas querem Alberto Goldman. Como a formação da nova executiva do partido tem de estar definida no começo da próxima semana, prevê-se que as dificuldades estarão solucionadas dentro de algumas horas.

Coordenador

Em Juiz de Fora, os simpatizantes do PSD, novo partido em formação, já sabem que terão de conversar com Paulo Safadi, que ficou como coordenador em Minas. Contatos ainda sem previsão.

((publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

Dia D

O dia 6 de julho foi fixado pelos senadores para o encaminhamento do projeto de reforma política à Comissão de Constituição e Justiça. O relatório terá assinatura dos integrantes do grupo que vem estudando a matéria nos últimos três meses. Quanto à data fatal, ela resulta de acordo entre José Sarney e o senador Francisco Dornelles , que presidiu os trabalhos da comissão de reforma.
Do relatório figuram 11 matérias, incluindo propostas de emendas à Constituição e projetos de lei.

Duvidoso
Uma das principais dúvidas suscitadas em relação à reforma está no fato de a matéria estar sendo estudada por comissões separadas das duas casas do Congresso. Para o presidente do PSDB de Minas, deputado Marcus Pestana, muito melhor seria se a reforma fosse discutida em comissão paritária.


Sobre a verdade

Gilney Viana, assessor especial da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, confirmou que estará em Juiz de Fora na sexta-feira, quando pedirá apoio das entidades de direitos humanos na campanha pela aprovação do projeto de lei sobre a Comissão da Verdade, que tramita no Congresso Nacional. No seu programa, em primeiro lugar, uma entrevista coletiva à imprensa, às 16h, na Câmara. Às 19h, no auditório da OAB - Subseção Juiz de Fora, pedirá apoio dos advogados para o projeto, que pretende eliminar barreiras que ainda impedem o conhecimento de todas as violências que se praticaram contra os direitos humanos durante os anos de ditadura.


Voto obrigatório

Políticos ligados ao PPS e PMDB encomendaram pesquisa para saber o que o eleitor da cidade pensa sobre a sucessão municipal em 2012. Não se conhecem os principais dados, a não ser que os juiz-foranos veem com reserva o projeto de tornar o voto facultativo, porque essa liberalidade poderia levar a um perigoso abstencionismo. É, aliás, o mesmo temor revelado nas pesquisas realizadas em outras cidades brasileiras.





Quanto vai custar?
Discutia-se num grupo político, em meio ao cafezinho da Galaria Pio X, a quanto poderão ir os investimentos financeiros da próxima campanha para a prefeitura. Não se trata de cálculo de fácil elaboração, pois a previsão fica, entre outros fatores, na dependência dos custos do material de propaganda, e este terá de ser consumido de a acordo com o poder de voto dos candidatos. Mas, se for avaliada com base no que se gastou na campanha de 2008, quem pretender chegar ao segundo turno terá se ter na mesa (ou no bolso) algo em torno de R$ 8 milhões.

O terror do consignado
Num passo seguinte da comissão criada pela Câmara Municipal para a criação de políticas de defesa e promoção dos idosos, entra em discussão, hoje à tarde, o problema dos empréstimos consignados, que para muitos constituem hoje instrumento cruel praticados contra aposentados transformados em reféns de financeiras. A exposição do problema, seguida de debate, está prevista para ocorrer durante audiência pública, às 15h, no plenário. Vão participar representantes de entidades de trabalhadores inativos e de direitos humanos.
A iniciativa foi proposta pelo vereador Isauro Calais, que também é autor do projeto de propõe ampliar as discussões sobre o pouco que se tem feito e o muito que tem de ser feito para a população anciã.
Hoje, no desdobramento das discussões, vai se revelar um dado assustador: 70% dos aposentados com benefício mínimo são reféns das agências financeiras onde contrataram empréstimos. Mas não diferentemente de outras cidades brasileiras.

Todos no páreo

Já foi dito que são raros os partidos que não estão cuidando, desde agora, de examinar nomes para compor suas chapas de candidatos a vereador. Alguns, que já estiveram na Câmara em legislaturas passadas, vão tentar voltar, como o caso de Juracy Scheffer, do PSB, onde agora é tesoureiro da comissão provisória.
Além dos que querem voltar ou vão disputar pela primeira vez, tem-se como certo que todos os atuais vereadores tentarão um novo mandato.

Inauguração

Se não houver contratempo (depois de tantos), na última semana de julho será feito o primeiro desembarque de passageiros em Goianá. Numa viagem inaugural, desembarcariam o governador Antônio Anastasia e o senador Itamar Franco,que, quando governador, inciou a construção do aeroporto.

((publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS))

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cravo e ferradura

O programa que o PSB transmitiu, ontem, em rede nacional, mostrou que seus projetos ainda não incluem a antecipação de importantes definições políticas. O presidente, Eduardo Campos, explica que o partido é aliado do governo Dilma, mas também elogia Fernando Henrique e se propõe a conversar com outras correntes. O PSB, pelo menos por enquanto, está na fase de expectativas; por isso elogia e critica.
Mas é importante ressaltar, em benefício da sigla, que ela tem em suas fileiras duas importantes figuras: o próprio presidente, governador de Pernambuco, avaliado como o melhor entre todos, e o prefeito Márcio Lacerda, de Belo Horizonte, cidade onde sempre acontecem coisas importantes da política brasileira.


Os flanelinhas

Tema de uma discussão que há mais de um ano ocupa a atenção dos vereadores, sabe-se que a Câmara está se preparando para encaminhar relatório ao prefeito, de quem dependerá, afinal, um plano de adptação ( ou tolerância? ) dos flanelinhas. Para serem honestos, certamente que seu relatório mostrará que a rapaziada que atua nesse “serviço” é agressiva, desrespeitosa, ameaçadora e vingativa, quando não consegue extorquir, principalmente se o proprietário do veículo que promete “guardar” é mulher. Há exceções. Mas para que servem as exceções se não para confirmar as regras?


Vereadores

As candidaturas à vereança já vêm se colocando no cenário político, de forma que, tomados os 12 partidos que atuam regularmente na cidade, seria mais fácil indicar os que ainda não se preocupam com nomes para formar suas chapas. Quase todos têm promovido consultas, mas principalmente as legendas mais modestas. O que não constitui surpresa, porque no pequeno partido pode-se eleger com mais facilidade.
Mas, se em 2012 ainda forem toleradas as sinistras coligações, a formação das chapas obedecerá à esperteza de sempre, que os partidos maiores sabem administrar junto aos aliados: nas chapas dos pequenos não serão aceitos os candidatos com maior potencial de votos, mas só aqueles que, sem se elegerem, podem oferecer votação média capaz de ajudar o concorrente que puxa a fila.



As drogas
Uma comissão de deputados foi a S.Paulo, ontem, para visitar o local que ficou conhecido como Cracolândia, quase um território livre para os drodados. É de assustar.
A relação drogas - juvenude preocupa o deputado Domingos Neto, do PSB cearense, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Juventude. Segundo ele, “a maior taxa de morte entre os jovens é por homicídio, acidente de carro e suicídio. Na maioria das vezes, causados por drogas ilícitas e álcool”. O deputado acha que o governo precisa investir de forma maciça na prevenção, educação e reinserção do usuário na sociedade e na segurança pública, para combater o tráfico.

As drogas 2
No Tribunal Regional do Trabalho a promotoria, abrindo precedente, conseguiu fazer com que duas empresas readmitissem empregados dispensados por serem alcoólatras. O empregado que faz uso de bebidas alcoólicas, ainda que habitualmente, não é passível de dispensa “por justa causa”. Não se configura o caso de desvio de conduta.
Em Juiz de Fora, o maior caso de ausência no emprego por causa de bebidas fica com o Demlurb. Há época em que o abstencionismo chega a 20%, o que não deixa de comprometer a regularidade da coleta de lixo.


Pesquisas


Que fim levou a comissão criada pelo TSE para propor nova sistematização do Código Eleitoral? A expectativa era de que suas propostas estivessem prontas para a eleição presidencial de 2014. Há muitas ideias, e uma delas, entre as que prometiam aprovação imediata, é a que trata de critérios e controle das pesquisas eleitorais, que, como hoje, divulgadas até horas antes das eleições, influenciam os votos mais vulneráveis e inseguros. O Brasil figura entre as poucas democracias ocidentais em que essas pesquisas gozam de total lideralidade.


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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sucessão pela ordem

Quem conversa com gente do alto conturno do PT mineiro fica sabendo que, tratando-se de eleição de prefeito nas principais cidades do estado, a primeira questão a resolver é Belo Horizonte. Imediatamente após, Juiz de Fora, onde os petistas tiveram bom desempenho em 2008, levando a decisão para o segundo turno.
Embora na cidade o partido tenha como natural a candidatura da professora Margarida Salomão, que esteve naquele segundo turno, na capital pode haver complicação, porque há facções que pretendem a candidatura própria, conflitando com outras, que preferem aliança com o PSB e apoiar a reeleição do prefeito Márcio Lacerda. Os que reagem a essa aliança podem acabar massacrados pelo ministro Fernando Pimentel, declaradamente aliancista.

Unir ou não

Os militantes do PP, entre os quais certamente os dois vereadores que formam a bancada na Câmara, esperam encontro com o deputado Luiz Fernando, com quem, no primeiro passo, querem discutir se permanecem ou não na aliança do prefeito Custódio Mattos. Mas, como o objetivo é situar o PP no projeto de reeleição do prefeito, e faltam 17 meses para isso, é possível que o deputado considere que é cedo demais para tratar do assunto.

Bem afinados

Ao mesmo tempo em que os partidos avaliam se é conveniente discutir, desde já, a sucessão municipal, mas sem apressar definições, os tucanos garantem que estão acertados, sem defecções, com o prefeito Custódio, que será candidato. Falando como presidente do PSDB em Minas, o deputado Marcus Pestana diz que em Juiz de Fora o quadro está definido. Menos em relação à vereança.

Evasão de leite

O deputado Bruno Siqueira voltou a lamentar o fato de Minas não ter conseguido prestígio e incentivos para garantir em Juiz de Fora a sede da indústria Nestle, uma das mais importantes do mundo e a primeira do Brasil no setor de produtos lácteos. Ela vai criar unidade de processamento em Três Rios, com a previsão de serem empregadas, na fase inicial, 400 pessoas.
Contudo, nem tudo fica perdido, pois a fábrica abre perspectivas para a pecuária leiteira no norte fluminense e para os municípios da Zona da Mata próximos a Três Rios.


Sede difícil

Técnicos do estado ainda não definiram local para a instalação do UAI, um programa de prestação de serviços diversos à população, como emissão de carteiras de identidade. Substitui e amplia as atividades do PSIU, que funciona na Rua Halfeld, ocupando a antiga sede da Caixa Econômica. O mais recente espaço estudado, antigo Cinema Excelsior, tem inclinação de piso inadequado para a atividade que se pretende.


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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Efeito cascata

A decisão do prefeito Custódio Mattos de abrir conversações com vista à eleição do próximo ano, na qual disputará um novo mandato, fará com que outros partidos, além do PSDB, iniciem consultas, mesmo sabendo que está longe a temporada das definições. Os que na eleição anterior apoiaram o atual prefeito, não têm como evitar logo o debate sobre a reedição da aliança, se ela for mesmo possível. O PT, que em 2008 disputou com Custódio, tem os que consideram que o tema pode entrar logo em discussão, mas há também quem proponha esperar que o tempo passe mais um pouco. Os três vereadores petistas, que seguem correntes internas diferentes ainda não se pronunciaram publicamente sobre o assunto. A anteciapação das discussões parece não motivar o presidente estadual, Reginaldo Lopes.
Na área de ação dos tucanos, conhecida a disposição do prefeito de disputar, o passo seguinte deve envolver os líderes estaduais das legendas aliadas, como o DEM, o PDT e o PP.

Haja suor

O Banco Mundial divulgou a lista dos países em que mais se trabalha para pagar impostos. O Brasil em primeiro lugar. Em 2011 cada um de nós terá de dar 2.000 horas de trabalho ao governo, mais que o boliviano, com 1.080 horas, o vietnamita com 941 horas e o venezuelano com 864 horas. Nossa tributação é mais que o dobro da segunda colocada.
Ficamos bem distantes dos países com melhores índices de desenvolvimento social, como Luxemburgo, que cobra 58 horas por ano e a Irlanda com 76 horas.
O mais folgado é quem nasce nos Emirados Árabes, que neste ano vai trabalhar apenas 12 horas.


Passar batido

O governo não tem interesse em alimentar discussão sobre a denúncia de que o ministro Antônio Palocci conseguiu, em quatro anos, aumentar seu patrimônio de R$ 375 mil para R$ 7,5 milhões. A presidente Dilma calou, a senadora Martha Suplicy discursou, garantiu que Palocci é um homem honrado, e o Palácio vai tentar deixar que o assunto morra por aí, apesar das fustigações de senadores da oposição.


Articulação

Há três meses, num encontro que promoveram no escritório do senador Itamar Franco, prefeitos da Zona da Mata diziam que boa parte dos problemas de seus municípios resulta de competente articulação política regional, quase sempre deficiente em relação ao poder estadual, mais ainda quanto ao centro de decisões em Brasília. Em 1968, então prefeito, Itamar promoveu um seminário de integração, e muito claro ficou que a região precisava articular politicamente. Passados 43 anos, a mesma questão estava patente na sexta-feira passada, quando muitos dos novos prefeitos se reuniram na Universidade Federal. Vê-se, portanto, que estamos diante de um velho problema.


Buscando a saída

Decidiram os deputados mineiros criar uma comissão especial de trabalho para estudar a solução de um problema certamente vem tirando o sono do governdor: as dívidas do estado, que já compromentem 15% do orçamento. Tão importante como discutir o endividamento acumulado, é preciso que os caminhos a serem adotados não comprometam o programa mínimo de obras e serviços.


Pela memória

No sábado, véspera do encerramento da 9a. Semana do Museu, Douglas Fasolato promove, no parque do Mariano Procópio, a Ação Educativa Baú de Leitura, para crianças de seis a nove anos. Mais importante é que o tema das leituras será a memória da cidade, e é bom que a garotada se incie nesse campo.


Blindagem

O fim das coligações não fez parte da pauta da reunião que tiveram, em S.Paulo, representantes do PT, PCdoB, PDT e PSB, quando se acertou um esforço desses partidos para fazer a reforma política prosperar. Sem surpresa, porque são exatamente os partidos que sempre gostaram de se coligar. Em rigor, o que eles querem da reforma é a manutenção do sistema proporcional e o voto obrigatório.


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terça-feira, 17 de maio de 2011

Custódio abre o “ciclo eleitoral”

O prefeito Custódio Mattos foi ontem à tarde a Belo Horizonte para cumprir uma agenda política, abrindo o “ciclo eleitoral”, expressão que ele próprio cunhou, num enconto com jornalistas, ontem, após a solenidade em que fez a apresentação pública de novas máquinas para serviços urbanos e rurais, um investimento de cerca de R$ 7 milhões. Na capital, ele já tinha programado encontro com o governador Antônio Anastasia. A primeira vez em que prefeito e governador se reunem para tratar especifica e objetivamente da eleição em Juiz de Fora.
Custódio é candidato à reeleição. Já se definiu, e terá o apoio do governo do estado. Para tanto, começou por expor a Anastasia a situação do PSDB na cidade e suas expectativas, o que inclui um dado que o prefeito tem revelado com entusiasmo: garante que vão se tornar “fato histórico” as obras que começam a ser realizadas a partir do segundo semestre, num volume que pode provocar impacto eleitoral em 2012.
Nas conversas políticas objetivas que começa a alinhavar, ele alimenta a esperança de que sua candidatura reeditará a mesma aliança que o elegeu em 2008, quando conseguiu unir 14 partidos. “Espero que isso aconteça de novo, até porque nossa aliança nunca sofreu defecções”, informou.



Longe demais

Ouviu-se pouco sobre eleição nos municípios, durante as cinco horas em que a Universidade Federal conseguiu reunir prefeitos da região, na sexta-feira à tarde. Na plenária, o assunto não estava em pauta e nem de leve foi objeto de citação pelos oradores. Antes, no hall do Museu Murilo Mendes e durante o café-lanche, jornalistas que arranharam o tema logo foram advertidos de que a eleição está longe demais.
Detalhe com o qual a maioria concorda: o primeiro passo é conhecer o cenário das alianças partidárias possíveis.


Temores

Ainda na faixa da informalidade e das conversas que esperavam o início da reunião de sexta-feira no Murilo Mendes: são poucos os que acreditam em reforma política na dimensão desejada; são muitos os que desconfiam da real sinceridade do Congresso Nacional diante dessa empreitada. Toda a expectativa criada pode acabar em retoques e maquiagem.
O deputado Marcus Pestana acha que um dos embaraços para o bom andamento das discussões em torno da matéria é que Senado e Câmara tratam da reforma separadamente. Deviam ter constituído comissão única.


Diagnóstico

Vale insistir em uma coisa que fez parte da reunião das lideranças na Universidade, objeto de caderno especial na edição de ontem deste jornal: já bastam os diagnósticos, que sempre têm com destino as mesas de ministros e secretários. A Zona da Mata sabe exatamente o que deve ser feito. É preciso fazer.


Desatenção

Em discurso na Câmara, o deputado Vitor Penido fez críticas ácidas ao Ministério dos Transportes, por causa do descuido com que tem tratado as rodovias de Minas, mesmo estando aqui a mais extensa malha do País. Mais bravo ficou, quando o ministro deu uma desculpa e não foi à Câmara prestar esclarecimentos.
Entre os problemas citados por ele, dois se referem à região de Juiz de Fora: a morosidade das obras de duplicação da BR-040 e a falta de conservação da BR-267.


Velha frustração


Já muito antiga nos sonhos e nas frustrações, a ideia de transformar a Zona da Mata em estado independente faz 120 anos. Foi em 1891 que circulava, pela primeira vez, o “Diário da Manhã”, fundado exclusivamente com o objetivo de se bater pelo desejo de separação. Eram seus redatores Luiz Detsi, Silva Tavares, Avelino Lisboa e Lindolfo de Assis.
O jornal teve duração efêmera, tal como a campanha pela qual foi o primeiro a defender: deixaria de circular em agosto do mesmo ano.
Em todas as muitas vezes em que se tentou ressuscitar a ideia, a motivação foi a mesma: o desinteresse dos governos de Minas pelos problemas da região.


Fusão em pauta

Não propriamente um novo partido, mas a substancial fusão de importantes siglas já existentes faz parte dos planos de Aécio Neves. Numa primeira fornalha, PSDB, DEM e PPS passariam a ser uma única sigla. Depois, talvez, o PSD dos paulistas e outros menores. Há quem sugira a fusão imediata, mas o senador mineiro prefere deixar que passem as eleições municipais.

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ao esquecimento

Ao esquecimento

De ano para ano, e 2011 não foi exceção, vai sendo esquecida a comemoração da Abolição da Escravatura, que ocorreu em 13 de maio de 1888. Não se fala mais na Princesa Isabel, muito menos em Rodrigo Silva, o autor da lei que ela sancionou. As entidades de cultura negra gostam de celebrar Palmares, e os historiadores preferem não contestar, nem demonstrar que a importância de Zumbi não apaga a assinatura de Isabel.


Como fica?

O PP tem como sua principal expressão na região o deputado Luiz Fernando Faria. É dele que os correliginários em Juiz de Fora já estão esperando uma palavra sobre a conduta do partido na sucessão do prefeito Custódio Mattos. Há ali quem defenda a candidatura do empresário Cláudio Horta.
Na campanha do ano passado Faria e o grupo do prefeito Custódio conseguiram manter um bom diálogo.


Vale o critério

Ainda a propósito do PP: o vereador Chico Evangelista, um dos dois da bancada na Câmara, tem promovido consultas sobre o futuro do partido em Juiz de Fora. Quando se trata de eleição de dirigentes, há um critério já estabelecido: se for candidato a vereador não pode comandar o partido, o que afasta suspeita de favorecimento à causa própria.


Escala rápida

Parece que são ambiciosos os planos do PSL para a política local. É o que parece estar demonstrado pela disposição do comando estadual em transformar logo o diretório a comissão provisória de Juiz de Fora.
No ano passado, o partido fez sua estreia em disputa da prefeitura em faixa própria, com a candidatura de Omar Peres.


 
Perigo na pista

Na edição de sábado do “Estado de Minas”, falando de sua viagem entre BH e Juiz de Fora, Eduardo Almeida Reis lamentou:
“Ficamos livres do malfadado Viaduto das Almas, saudado em sua inauguração como obra-prima da engenharia brasileira, mas os viadutos sobre a cidade de Santos Dumont, em pista única, lá estão impávidos. Presumo que sejam os únicos da engenharia mundial.”
“Entre Santos Dumont e Barbacena havia trecho pavoroso. Pois muito bem: foi substituído por um negócio assustador. E a passagem por Lafaiete deve ser única nas rodovias do planeta, sem que seja a pior, porque o cruzamento de Congonhas, à noite e com chuva, rivaliza com aquelas estradas bolivianas a 6 mil metros de altitude, que a gente vê nos vídeos malucos que nos chegam pela internet”.

Conhecedor

O prefeito de Rio Preto, Edmar Bastos, esteve em Juiz de Fora, no fim de semana, convidado pela Universidade Federal para o encontro de lideranças. Quatro décadas passadas, ele já estava aqui para estudar, e, a partir de então, tornou-se um bom conhecedor da história do rádio local.

Tortura

O 26 de junho, dia que a Organização das Nações Unidas instituiu para condenar a tortura e homenagear os torturados, não passará em branco. Entidades de preservam a cultura negra vão lembrar, em ato público, a figura do escravo Teófilo. Trabalhando em uma fazenda de Juiz de Fora, acusado de cometer um homicídio, ele foi torturado até morrer.


Desvantagem

Em Brasília, o senador Paulo Bauer, do PSDB catarinense, citou, entre os problemas para os grandes municípios investirem mais na educação, um fato que tem exemplos na Zona da Mata: sobre os antigos, ao contrário dos que se emanciparam mais recentemente, pesa o ônus dos servidores inativos. Em quase todos os novos municípios as folhas são formadas apenas pelo pessoal da ativa.


Dalari em JF
Está confirmada para 7 de junho a vinda a Juiz de Fora do jurista Dalmo Dalari. Às 14h ele estará na Câmara, atendendo a convite do vereador José Figueirôa, para falar sobre a reforma política que está em discussão no Congresso Nacional. O vereador conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil e do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito. Dalari é um estudioso da reforma, batendo-se pelo modelo unicameral. Acha que o Senado é dispensável.
Após a palestra haverá um debate com o jurista, figurando entre os convidados o redator desta coluna.



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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Começando pelo fim

Com a expectativa de que vai acontecer alguma coisa da reforma política, com o governo disposto a encampar alguns itens, depois de muitos anos em que a matéria transitou pelos partidos, ainda fica uma dúvida: o primeiro projeto a ter apoio do Palácio seria o que trata das listas parcialmente fechadas ou o financiamento público das campanhas? Estranho, porque gente do próprio governo acha que esses deviam ser os últimos capítulos.

Articulados

Nesta sexta-feira, às 14h, o reitor da UFJF, professor Henrique Duque, recebe no Museu Murilo Mendes, um grupo de prefeitos e deputados da Zona da Mata. Não se definiu pauta prévia, mas é inevitável que se trate de competente articulação política regional, quase sempre deficiente em relação ao poder estadual, mais ainda quanto ao centro de decisões em Brasília. Pode surgir desse encontro um novo modelo de diálogo da Mata com o governo. A reunião de hoje não obedece a parâmetros partidários.


Financiamento

Nunca é demais voltar ao tema financiamento público de campanhas eleitorais. Insuficientemente orientado sobre o assunto, o brasileiro continua preferindo achar que vai às raias do absurdo o contribuinte pagar para que um político se eleja. Sem aferir os benefícios da inovação, o cidadão comum reage ao saber que terá de desembolsar R$ 7,00, como cota pessoal...
Melhor se o Congresso, concomitantemente à tramitação do debate, realizasse campanha didática sobre o modelo proposto, que começaria pelo barateamento das campanhas, tirando delas o caráter de uma corrida onde sempre ganham os milionários.


Faca de dois gumes


O PMDB mineiro chega ao fim de semana com razões para estar preocupado, depois que o diretório regional informou estar estudando a conveniência de intervir em cerca de 120 diretórios do interior. Não foram indicados os municípios que podem ser objeto da medida intervencionista, o que é o primeiro motivo para apeeensões gerais. O segundo motivo é que medida dessa dimensão pode cindir o partido, comprometendo seu desempenho nas eleições de 2012. Evitar tal desdobramento seria uma grande preocupação para o presidente regional, deputado Antônio Andrade, que representa a facção da simpatia do ex-ministro Hélio Costa.




Resenha

1 - Decisão de que algumas prefeituras da região prometem não abrir mão: não só junto aos prefeitos, mas em todos os setores da administração vai se cobrar a identificação dos funcionários pela biometria. Dentro de algumas semanas, em Juiz de Fora cinco mil deles já estarão submetidos a esse sistema, para controle do efetivo tempo trabalhado.


2 - Na quinta-feira, 15h30m, dezenas de idosos que estavam em fila, diante do posto de saúde da Rio Branco, foram informados que, antes da hora prevista, havia acabado o estoque de vacina contra a gripe. Certamente não gostaram.


3 _ Os últimos meses registraram o fechamento de alguns dos restaurantes e bares mais tradicionais de Juiz de Fora. Depois do Faisão Dourado, mais recentemente, também o Dia e Noite, que vinha dos tempos em que a esquina de Getúlio Vargas e Halfeld era vizinha do famoso Largo da Alegria. Fenômeno que vem sendo citado para confirmar o êxito dos alimentos a quilo.

4 - Pelo menos três deputados federais – Luiz Fernando Faria, George Hilton e Reginaldo Lopes – devem fazer presença na Universidade Federal no encontro regional de lideranças de hoje à tarde.

_ Passam hoje, sem maiores badalações, os 110 anos de nascimento de Murilo Mendes Mendes, uma das raras unanimidades em Juiz de Fora: o maior entre todos os poetas que nasceram aqui.


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Como as nuvens

É pela capacidade que tem a política de gerar fatos novos, quando menos são esperados, que se costuma dizer que ela é como as nuvens: olha-se para o céu, agora são uma coisa, daqui a pouco já mudou tudo. A frase é atribuída ao ex-governador Magalhães Pinto, mas quem a pronunciou pela primeira vez foi Raul Soares. Não importa, porque o que vale é a versão, não o fato, como disse José Maria Alkmin, que também copiou de Gustavo Capanema a famosa frase...
Quando foi eleito, o senador Eliseu Resende indicava uma saúde capaz de levá-lo ao fim do mandato, mas, morrendo, contribuiu, com grande antecedência, para gerar o primeiro fato para a sucessão estadual: seu suplente é Clésio Andrade, e por isso, desde agora, sob os holofotes da mídia, é pré-candidato certo em 2014. Ele foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio, já tentou disputar o Palácio da Liberdade e controla a mais poderosa confederação brasileira, que reúne empresas de transporte. Com três anos para executar seu projeto, é evidente que não deixará escapar a oportunidade.


Tempo escasso

O vereador Isauro Calais, animado com as repercussões da Comissão do Idoso, que ele criou na Câmara, faz as contas e conclui que só vamos ter mais uma década para organizar a política de defesa e promoção da população anciã. É que, nos próximos anos, os idosos serão em tal número que dependerá de um modelo de equipamento de serviços que ainda estamos longe de alcançar.


Memória

O presidente da Santa Casa, Renato Loures, nega qualquer desintesse ou descuido da instituição em relação à casa da alcaidemoria, que está ameaçada de ruir. O prédio histórico foi doado à Santa Casa em 1954, por Cícero Tristão. Segundo Loures, o que se propôs, de imediato, foi a proteção do teto, que é, visivelmente, a parte mais vulnerável. Uma emergencial, até que o governo federal acolha o projeto de restauração, com recursos da Lei Rouanet, de proteção ao patrimônio.



Desobediência

A Organização das Nações Unidas consagra o 15 de maio como "o dia mundial da objeção de consciência”. Toda pessoa tem o direito de desobedecer, quando a ordem dada se opõe à sua consciência. Em vários países do mundo, grupos religiosos e civis se negam a pegar em armas e exigem substituir os treinamentos militares por ações pacíficas. Fazem serviço civil no lugar do serviço militar obrigatório e a lei reconhece esse direito, lembra o monge beneditino e escritor Marcelo Barros.
No Brasil, a Constituição garante aos jovens brasileiros tal direito. Entretanto, as leis complementares até agora não foram sancionadas. Por isso, o direito da objeção de consciência ainda não se pode exercer entre nós.


Compostura...

..foi o que faltou aos vereadores do Rio de Janeiro, quando, excluídos onze, aceitaram receber carros de último modelo para “cumprir atividades pertinentes ao mandato”, como explicam acintosamente. Cada carro custou R$ 70 mil. O vereador carioca recebe subsídio de R$ 15 mil e ainda tem direito a 20 assessores.


Estudos alternativos

Os centros que crescem, principalmente os sem espaços físicos para isso, como Juiz de Fora, têm que apressar estudos sobre alternativas e decretar guerra aos carros de passeio, os grandes vilões da tragédia urbana. Diretor da Associação Nacional de Transporte, Rogério Belda, vai logo ao assunto: governadores e prefeitos têm de priorizar os serviços de ônibus, por várias
razões; uma delas é que os carros são “por natureza indisciplinados”. Mas o que fazer contra eles? Inibir ou encarecer os estacionamentos? Criar alternância de tráfego, de acordo com os números finais das placas? Outras soluções devem ser consideradas, segundo os debatedores. É o caso das ciclovias e dos veículos leves sobre trilhos.


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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Raras opções

No primeiro semestre do próximo ano, quando grupos políticos e partidos começarão a pensar em nomes para a sucessão do governador, o PMDB poderá ter dificuldades. Está saindo de uma tentativa mal sucedida com Hélio Costa.
Numa escala de potenciais candidatos, carentes de novidades, há quem admita, d
esde já, que os peemedebistas se verão obrigados a pensar em antigas opções: Hélio ou Newton Cardoso.


Primeiro passo

Na sexta-feira, quando sete deputados terão encontro com prefeitos, no Museu Murilo Mendes, pode surgir a ideia de os representantes da região promoverem reuniões periódicas para debater ações conjuntas de interesse da Zona da Mata, acima dos partidos. O que falta é coordenação. Em Brasília, os gaúchos já fazem isso há algum tempo.


Melhor explicado

Para o presidente do PSDB de Minas, Marcus Pestana, não é correto nem adequado definir como tal a reforma política que se discute atualmente no Congresso. Na verdade, trata-se de uma reforma político-partidária, não política. Esta só o ocorreria se fôssemos ferir o sistema e o regime.


Mulher lidera

Cada vez mais presente na política nacional, embora ainda distante do ideal, a mulher também agora atua num campo em que sempre esteve ausente, a formação de um partido. Disso não se pode dizer de dona Andrea Rosa, que está à frente do PMB – Partido Militar Brasileiro, cujo estatuto acaba de ser publicado no “Diário Oficil”. A nova sigla começa a correr atrás de 468 mil assinaturas, necessárias para o seu registro definitivo no TSE.


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terça-feira, 10 de maio de 2011

Comando permanente

A menos que sejam instados pelos diretórios, muitos partidos vão preferir manter as comissões provisórias no município. A maioria prefere provocar mudanças só nas primeiras semanas do próximo ano, quando se realizam eleições para prefeito e veradores.


Água difícil

Vai circular, nos próximos dias, um relatório federal sobre dificuldades dos grandes municípios brasileiros, nas próximas décadas, sobre o abastecimento de água potável. Pode-se ver que ainda estamos bem longe do ideal.
Quanto a Juiz de Fora, mesmo com desafios técnicos e financeiros, não haverá problemas em relação à quantidade de água, com um dado ainda mais favorável: a Barragem de Chapéu D'Uvas poderá garantir, por vinte anos, o abastecimeto da cidade. A água vem por força de gravidade em 17 quilômetros, o que vai reduzir significativamente o custo de obras atuais e futuras.


Sem licitação

A pressa e o temor de que seja muito curto o tempo para a realização de obras essenciais para a Copa do Mundo podem resultar em algo nem sempre saudável para a probidade administrativa. É o fim das licitações regulares, o que permite ao governo dispensar a disputa de preços e qualidade das obras, que por isso ficam invariavelmente mais caras. Facilita-se o tráfico de interesses que não sejam os da sociedade brasileira. É a razão de ser proposital, muitas vezes, o atraso no início dos projetos. O Congresso precisa estar de olho.


Maluquice


Recente pesquisa revelou que a Câmara dos Deputados é rica em projetos malucos, que em sua grande maioria acabam condenados ao esquecimento nas gavetas das Comissões. É o caso da iniciativa do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que pretendeu um absurdo: limitar os gastos da pessoa física, para que ela deposite, compulsoriamente, o que exceder do indispensável, a título de empréstimo ao governo, num grande projeto de distribuição de riqueza. A restituição viria 14 anos depois, segundo ele. Um delírio.

Fonte esquecida

Para quem tem planos de mergulhar em pesquisas sobre o passado da cidade, o coordenador da Biblioteca Murilo Mendes, Vanderlei Tomaz, sugere que os trabalhos se estendam ao município de Olaria. Poucos sabem, mas aquela cidade guarda muita coisa sobre o passado de Juiz de Fora, graças ao acervo que em 1953 foi doado por Jesus de Oliveira, que passou uma longa e produtiva existência escrevendo sobre o nosso cotidiano.

Deficientes

O deputado Wilson Bartista, do PSL, que na sexta-feira estará em Juiz de Fora para reunião de lideranças regionais no Museu Murilo Mendes, assume amanhã, como presidente, a Comissão da Assembleia Legislativa para a Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Trata-se uma área em que Minas ainda tem muito o que fazer.

Insinuantes

O governador Antônio Anastasia não poderá disputar a reeleição, porque já está no segundo mandato, embora o primeiro tenha sido apenas complemento do mandato de Aécio Neves. Deduz-se então que, dentro de pouco tempo deputados, secretários e dirigentes partidários começarão a se insinuar como candidatos.


___ Em matéria de sua edição de ontem, o jornal “O Tempo” fala dos políticos mineiros que estariam saindo de cena, mas tornando os filjos seus herdeiros. O ex-prefeito Tarcísio Delgado é citado, mas fazendo uma distinção, quando fala sobre seu filho, o deputado Júlio Delgado:
_ Ele é novo, tem tido um bom desempenho, é muito reconhecido. Eu o apoio como político, mas não o considero meu sucessor.



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domingo, 8 de maio de 2011

Novo calendário para o 2º turno

O Tribunal Superior Eleitoral está sendo instado a mudar a data de realização do segundo turno já em 2012. Essa eleição, sempre no último domingo de outubro, não pode mais estar muito próxima do feriado de Finados, porque a expectativa do descanso prolongado estimula milhares de pessoas a viajar, e nisso vai o agravamento do problema da abstenção, também favorecida pela multa simbólica, que em nada assusta os faltosos.
Hoje, os dois turnos de votação estão separados por 28 dias. Se se separassem por mais uma semana ou menos quatro dias ninguém sairia prejudicado, e o processo eleitoral ficaria livre de um fator a mais para libertar o
fantasma do abstencionismo, fenômeno que o TSE e o Congresso precisam avaliar melhor.


Onde os prefeitos
ficam apertados

Na sexta-feira, no Museu Murilo Mendes, o reitor da Universidade, Henrique Duque, abre um encontro de prefeitos da região. Num primeiro passo, certamente se abordará o entrosamento mais acentuado entre a instituição e as prefeituras. Mas há outros assuntos para figurar na pauta desse encontro, como as aperturas financeiras.
Recentemente, o senador Aécio Neves ressuscitou velho assunto, sempre acompanhado da queixa das prefeituras mais modestas É o Fundo de Participação dos Municípios, formado com recursos a partir do Imposto de Renda, eternamente insuficientes para se fazer o mínimo exigido pelas populações do interior.
Se para Juiz de Fora o FPM tem peso modesto no erário, o mesmo não se dá em relação à maioria dos municípios da região. Suas prefeituras padecem sob o modesto índice 0,6, quase sempre o bastante apenas para cobrir folhas do funcionalismo.


A velha alcaidemoria
precisa de socorro

Na reunião que vai realizar hoje, às 14h, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural promete apreciar a proposta de intervenção, para evitar a ruína da casa mais antiga de Juiz de Fora, a alcaidemoria (foto), na velha Rua do Jalões. É obra que tem de ser realizada pela Santa Casa, que recebeu o imóvel em doação, em 1954, com a obrigação rigorosa de conservá-lo e em nada alterá-lo. Hoje, parece que a instituição, sem poder investir o necessário, quer promover apenas obra de emergência, para segurança.
É preciso que sejam tomadas medidas urgentes, para se salvar uma relíquia do passado.
No dia 1º de junho de 1708 Tomé Corrêa Vasquez recebeu, como resultado do casamento generoso com a filha de Garcia Rodrigues, uma sesmaria que hoje compreende Bandeirantes, Santa Teresinha e Granjas Betânea. Nomeado alcaide-mor do Fisco e dos Mays, ali construiu o casarão que hoje se procurar salvar. Foi a primeira construção em pau-a-pique, com telhas. A primeira repartição pública da região. Quando Vasquez morreu, em 1718, o imóvel foi para a família Vidal, depois para os Tostes, por fim, como herança, para Cícero Tristão, que a transferiu à Santa Casa.





Resenha



1 - Para confirmar o que estava previsto, o deputado Júlio Delgado está como presidente da comissão provisória do PSB em Juiz de Fora, afastada a ideia de renovação do
diretório. A secretaria-geral ficou com Marcelo Frank.


2 – O ex-deputado Marcello Siqueira foi eleito para integrar o Conselho Fiscal da Light. Vai assumir na próxima semana, no Rio.


3 – O ex-prefeito José Eduardo Araújo está se desligando do PR - Partido da República, mas sem anunciar em que nova legenda pretende se abrigar. O PR em Juiz de Fora ficou sob a presidência de Edmar Moreira, que ainda não falou sobre seus planos.

4 - A realização de uma pesquisa em Juiz de Fora para se saber o que o eleitor pensa do voto facultativo está sendo proposta pelo senador Itamar Franco. A liberalidade é uma questão que o impressiona no debate sobre a reforma eleitoral-partidária.


5 – Ainda sobre a reforma, o vereador petista Wanderson Castelar anda preocupado. Teme que não se obtenha a profundidade desejada na matéria, e tudo acabe em algumas mudanças tangenciais, como mudança de data de posse dos eleitos...


6 - Sobre o PSD, em fase de formação, sob a liderança de Gilberto Kassab, estão confirmadas as primeiras gestões para a criação de uma célula em Juiz de Fora. Quando se conversa a respeito, presentes militantes do PHS e gente muito ligada ao ex-prefeito Tarcísio Delgado.


7 – Começa a trabalhar a comissão que se encarregará de organizar o programa do aniversário da cidade, a ser comemorado na última semana deste mês.



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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma possibilidade

Se a aliança nacional do PSB e do PC do B acontecer em Juiz de Fora isto poderia significar a retirada da pré-candidatura do Wadson Ribeiro (PC do B) em favor da pré-candidatura a prefeito do deputado federal Júlio Delgado (PSB). Por este momento, nada mais que uma das especulações que já vão fazendo parte das rodas políticas.


Memória curta

Poucos meses depois da posse dos deputados, 70% dos eleitores são incapazes de lembrar em que candidato votou. É o que indica pesquisa nacional, com raras discrepâncias regionais. Não se trata exatamente de descaso em relação à eleição. Fato é que o eleitor não acompanha o trabalho do parlamentar, de forma que, dois anos depois, já esqueceu o seu favorito.



Lei do bafômetro

Se o homem se recusar a fazer o exame DNA é prontamente considerado como o verdadeiro pai, por que não considerar alcoolizado o motorista que recusar o bafômetro? É o que pensa o deputado Jonas Donizette, socialista de São Paulo, autor do projeto de lei que presume verdade quando o motorista recusar o exame que comprova embriaguez. “Hoje em dia qualquer um pode se abster porque o exame não é obrigatório. Assim, o policial perde a autoridade. A lei precisa ser cumprida”, lamenta o parlamentar.
Mas vem logo uma indagação quanto à constitucionalidade da roposição: como obrigar o cidadão a produzir prova em seu próprio prejuízo?


Há exatos 50 anos surgia no Congresso Nacional o primeiro projeto que pretendeu instituir a pena de morte no Brasil. E, depois, sucessivos fracassos.
Uma pena irrecorrível só teria sentido se fosse aplicada por um tribunal infalível. E onde fica esse tribunal?


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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Imitação

Intensificam-se as críticas dos tucanos ao PT, acusando-o de adotar projetos de Fernando Henrique nos campos econômico e social, embora fossem por ele criticados antes de ser governo. O secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada, diz que “o PSDB reformou o País e na sua esteira nevegam os governos petistas”.
O mesmo raciocínio é do deputado federal Marcus Pestana, para quem “ o PT continua surfando na onda do PSDB”.


Dirceu vê longe

O ex-ministro José Dirceu não pode ser acusado de desatenção em relação aos contornos do quadro político que vai se delinear proximamente em Minas. É o que se depreende do seu esforço para manter o PT aliado do PSB, pela via do prefeito Márcio Lacerda, de Belo Horizonte. Essa aliança pode ter importantes reflexos no Congresso.
Resta uma indagação: o deputado mineiro do PSB é Júlio Delgado, o mesmo que relatou, com êxito, o processo de cassação do mandato de Dirceu. É preciso saber se a divergência entre ambos foi superada.


Sinal verde

A presidente municipal do PV, Jane Ferraz, que vai reunir o partido sempre na noite das primeiras segundas-feiras do mês, disse que foram iniciadas as conversações para a formação da chapa de candidatos a vereador em 2012, juntamente com programas sociais que serão desenvolvidos na cidade. Desde agora, garante que os verdes vêm com chapa completa.


União e Indústria

Para marcar os 150 anos da inauguração da Estrada União e Indústria, estão programados vários eventos, o primeiro dos quais realizado na noite de terça-feira, no Instituto Santo Tomás de Aquino: os pesquisadores Ernesto Judici e Soraya Lopes fizeram palestra sobre a grande obra de Mariano Procópio, que se tornou realidade em junho de 1861.
O diretor do Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, prepara exposição de fotos e documentos relativos à estrada. Com o mesmo objetivo, estão unidos o Museu Imperial de Petrópolis e a Associação Cultural Brasil – Alemanha de Juiz de Fora, que vão pomover palestras, exposições, festas típicas e lançamento de selos.


(((( Ninguém desconhece que nas páginas dos jornais e na televisão 96% do noticiário são fatos desagradáveis. Mas não está correto lamentar que o crime e o pecado recebam mais atenção dos órgãos de comunicação. Devíamos achar bom que o mal ainda seja recebido como novidade. E se um dia a bondade e a honestidade se tornarem tão raras, que os virtuosos e não os bandidos passem a ocupar as manchetes dos jornais? ))))


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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quem por trás?

Gilberto Kassab pode ter seu valor como administrador público, tem até algum carisma, mas os políticos não veem nele fôlego suficiente para liderar a criação de um partido como PSD, capaz de despertar preocupação em vários setores, principalmente no PSDB e no DEM. Daí a pergunta que fazem: quem pode estar por trás dele ou qual o verdadeiro projeto que o lançou nesse empreendimento? A resposta só o tempo poderá dar.
Em Minas, como não há interesse imediato em medir forças com o senador Aécio Neves, o novo partido não estará muito exposto na sua fase embrionária. É também a razão de ainda não se definir o coordenador em Juiz de Fora, que provavelmente saia do PHS.


Toda razão

Em ato público, ao analisar a greve dos médicos municipais, o prefeito Custódio Mattos confessou aos que o ouviam: “Eles têm toda razão, estão certos”. Referia-se aos baixos salários que a prefeitura paga aos servidores do setor. Em suma: os salários são injustos, mas a prefeitura não tem dinheiro para torná-los justos.


PSB provisório

O PSB cancelou o congresso que seria realizado no fim de semana, quando também elegeria a nova executiva municipal. Optou-se por uma comissão provisória, presidida pelo deputado Júlio Delgado, a ser imediatamente homologada pelo comando regional. Presume-se que o deputado dedicará seu tempo a buscar uma boa convivência interna.
Pena que a provisória tenha sido a solução, porque Juiz de Fora era a única cidade do interior em que o PSB tinha diretório.


Caminho Novo

O Centro de Memória Belizário Pena, de Barbacena, vai promover, entre 19 e 21 de agosto, em São João Del Rei, o II Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo. A participação de Juiz de Fora está prevista para a abertura, em local ainda não definido, quando a Livraria Quarup fará exposição, e, no dia 20, às 9h, o professor José Guilherme Ribeiro falará sobre Integração dos Arquivos Regionais.


(((((( Questão que parece consensual na reforma eleitoral que está em discussão é a transferência da solenidade de posse, atualmente no dia 1º, para 10 de janeiro. É a vitória da ressaca do revellion sobre a Constituição. Se o prazo do executivo termina em 31 de dezembro, quem fica com o cargo nos dez dias seguintes? Quem já não tem mais o poder ou quem ainda não o assumiu? ))))


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terça-feira, 3 de maio de 2011

Grande embate

Se alguém tiver de apostar nas partes da reforma eleitoral e partidária que se discute no Congresso, o menos arriscado é jogar no fim das coligações, que estão amplamente demonstradas como via expressa da corrupção e da descaracterização da representação popular. Mas, ainda assim, pode ser que ocorra embate entre os congressistas e o Palácio do Planalto, que tem se servido delas para garantir maioria e negociar facilmente votos de deputados fisiológicos.
Isto ficou sinalizado, recentemente, quando se decidia, no Supremo, se a precedência para a sucessão de um parlamentar afastado devia beneficiar o partido ou a coligação. A Procuradoria-Geral da República defendeu, com vigor, a prerrogativa das coligações, que saíram vencedoras.


Mais cuidado

Os cuidados com a saúde da presidente Dilma, por mais que ela os dispense, devem ser objeto de permanente atenção, porque está comprometida parte de sua capacidade imunológica, desde a luta contra o câncer. Ainda agora, com pneumonia, foi recomendado que ela se submeta a uma bateria ininterrupta de antibióticos durante dez dias.


Voo tucano

A reunião semanal que o PSDB realiza às segundas-feiras foi transferida para depois de amanhã, quando a nova executiva começa a traçar planos para as eleições de 2012. O presidente José Laerte já antecipou o objetivo: eleger o pregfeito e uma bancada de quatro vereadores.







Tragédia dupla

Ainda sobre a convenção do PSDB, no domingo, quando o prefeito Custódio Mattos apresentou relatório das atividades da administração. Dizia ele que na primeira metade do mandato teve de enfrentar não apenas os abalos da crise deixada por alberto bejani, mas também o empobrecimento de Juiz de Fora durante uma década: se a média de crescimento da Zona da Mata foi a menor de Minas, Juiz de Fora foi a menor da Mata.



((((( Ideal seria que a morte de Bin Laden, assunto de ontem em todo o mundo, fosse celebrada não como vingança pelo que aconteceu, mas esperança de que não mais aconteça. Quando alguém se vinga, abre-se uma porta para novas violências. A herança deixada pela vingança é mais vingança )))).


____ Publicado também na edição de hoje do TER Notícias ____

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Distrital para vereador?

Entre as virtudes e os desafios da implantação do voto distrital balança o coração do Congresso, instado a não mais aceitar adiamentos da reforma política. Diante das dúvidas, cresce a proposta de se promover, já em 2012, uma experiência restrita aos municípios com colégios que têm mais de 200 mil eleitores, como o caso de Juiz de Fora. Os resultados de tal experiência com os vereadores contribuiriam para uma avaliação da representação política. Primeiro, no município; depois, de for o caso, na próxima composição da Câmara dos Deputados.
Se o objetivo é apurar a nitidez da representação política, em Juiz de Fora notam-se situações discrepantes capazes de ilustrar. Na Câmara Municipal, há apenas um vereador eleito na Zona Norte, onde residem 130 mil eleitores. Em Benfica, com cerca de 18 mil, o candidato Vanderlei Tomaz obteve 3.100 votos, não se elegeu, mas na Câmara empossaram-se nove vereadores menos votados que ele. Em São Pedro, também grande reduto, outro injustiçado foi Juracy Scheffer.
Mesmo que não se admita totalmente o critério majoritário (elegem-se os mais votados, quaisquer que sejam seus partidos) é precisar rever o sistema proporcional.




PV se reúne

Membros da comissão provisória do Partido Verde em Juiz de Fora estarão reunidos hoje, às 19h, sob a presidência de Jane Ferraz. Começam a examinar a situação da legenda, que no ano passado não conseguiu êxito nas urnas, além do fiasco da candidatura de José Fernando ao governo do estado.
Na cidade, os verdes podem muito pouco em relação a planos para um futuro imediato, enquanto a direção estadual não traçar rumos.


PSB incerto

Na véspera de encerrar o prazo de inscrição de chapas para o seu diretório municipal, o PSB ainda não sabe exatamente o que vai acontecer. Mas o final de semana foi aproveitado pelo deputado Júlio Delgado para organizar uma chapa consensual, o que evitaria disputa interna. Nesse sentido, não seria surpresa se o próprio deputado avocasse a si a responsablidade da presidência.


Convidado

Quando se fala, em Belo Horizonte, sobre os planos do Partido dos Trabalhadores para Juiz de Fora, há quem diga que o atual reitor da Universidade Federal, Henrique Duque, foi convidado a se filiar. Mas ele nega alimentar qualquer projeto político.

Bem dividido

Peemedebistas fazem as contas, conferem nomes e composição de grupos, para concluir que não é possível prever como ficarão as composições internas, quando o partido for chamado a se reorganizar. Neste momento, sente-se que o diretório está dividido entre as influências do ex-prefeito Tarcísio Delgado e do deputado Bruno Siqueira.



((( Publicada na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))))