sexta-feira, 13 de maio de 2011

Começando pelo fim

Com a expectativa de que vai acontecer alguma coisa da reforma política, com o governo disposto a encampar alguns itens, depois de muitos anos em que a matéria transitou pelos partidos, ainda fica uma dúvida: o primeiro projeto a ter apoio do Palácio seria o que trata das listas parcialmente fechadas ou o financiamento público das campanhas? Estranho, porque gente do próprio governo acha que esses deviam ser os últimos capítulos.

Articulados

Nesta sexta-feira, às 14h, o reitor da UFJF, professor Henrique Duque, recebe no Museu Murilo Mendes, um grupo de prefeitos e deputados da Zona da Mata. Não se definiu pauta prévia, mas é inevitável que se trate de competente articulação política regional, quase sempre deficiente em relação ao poder estadual, mais ainda quanto ao centro de decisões em Brasília. Pode surgir desse encontro um novo modelo de diálogo da Mata com o governo. A reunião de hoje não obedece a parâmetros partidários.


Financiamento

Nunca é demais voltar ao tema financiamento público de campanhas eleitorais. Insuficientemente orientado sobre o assunto, o brasileiro continua preferindo achar que vai às raias do absurdo o contribuinte pagar para que um político se eleja. Sem aferir os benefícios da inovação, o cidadão comum reage ao saber que terá de desembolsar R$ 7,00, como cota pessoal...
Melhor se o Congresso, concomitantemente à tramitação do debate, realizasse campanha didática sobre o modelo proposto, que começaria pelo barateamento das campanhas, tirando delas o caráter de uma corrida onde sempre ganham os milionários.


Faca de dois gumes


O PMDB mineiro chega ao fim de semana com razões para estar preocupado, depois que o diretório regional informou estar estudando a conveniência de intervir em cerca de 120 diretórios do interior. Não foram indicados os municípios que podem ser objeto da medida intervencionista, o que é o primeiro motivo para apeeensões gerais. O segundo motivo é que medida dessa dimensão pode cindir o partido, comprometendo seu desempenho nas eleições de 2012. Evitar tal desdobramento seria uma grande preocupação para o presidente regional, deputado Antônio Andrade, que representa a facção da simpatia do ex-ministro Hélio Costa.




Resenha

1 - Decisão de que algumas prefeituras da região prometem não abrir mão: não só junto aos prefeitos, mas em todos os setores da administração vai se cobrar a identificação dos funcionários pela biometria. Dentro de algumas semanas, em Juiz de Fora cinco mil deles já estarão submetidos a esse sistema, para controle do efetivo tempo trabalhado.


2 - Na quinta-feira, 15h30m, dezenas de idosos que estavam em fila, diante do posto de saúde da Rio Branco, foram informados que, antes da hora prevista, havia acabado o estoque de vacina contra a gripe. Certamente não gostaram.


3 _ Os últimos meses registraram o fechamento de alguns dos restaurantes e bares mais tradicionais de Juiz de Fora. Depois do Faisão Dourado, mais recentemente, também o Dia e Noite, que vinha dos tempos em que a esquina de Getúlio Vargas e Halfeld era vizinha do famoso Largo da Alegria. Fenômeno que vem sendo citado para confirmar o êxito dos alimentos a quilo.

4 - Pelo menos três deputados federais – Luiz Fernando Faria, George Hilton e Reginaldo Lopes – devem fazer presença na Universidade Federal no encontro regional de lideranças de hoje à tarde.

_ Passam hoje, sem maiores badalações, os 110 anos de nascimento de Murilo Mendes Mendes, uma das raras unanimidades em Juiz de Fora: o maior entre todos os poetas que nasceram aqui.


((( publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS )))

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