terça-feira, 10 de maio de 2011

Comando permanente

A menos que sejam instados pelos diretórios, muitos partidos vão preferir manter as comissões provisórias no município. A maioria prefere provocar mudanças só nas primeiras semanas do próximo ano, quando se realizam eleições para prefeito e veradores.


Água difícil

Vai circular, nos próximos dias, um relatório federal sobre dificuldades dos grandes municípios brasileiros, nas próximas décadas, sobre o abastecimento de água potável. Pode-se ver que ainda estamos bem longe do ideal.
Quanto a Juiz de Fora, mesmo com desafios técnicos e financeiros, não haverá problemas em relação à quantidade de água, com um dado ainda mais favorável: a Barragem de Chapéu D'Uvas poderá garantir, por vinte anos, o abastecimeto da cidade. A água vem por força de gravidade em 17 quilômetros, o que vai reduzir significativamente o custo de obras atuais e futuras.


Sem licitação

A pressa e o temor de que seja muito curto o tempo para a realização de obras essenciais para a Copa do Mundo podem resultar em algo nem sempre saudável para a probidade administrativa. É o fim das licitações regulares, o que permite ao governo dispensar a disputa de preços e qualidade das obras, que por isso ficam invariavelmente mais caras. Facilita-se o tráfico de interesses que não sejam os da sociedade brasileira. É a razão de ser proposital, muitas vezes, o atraso no início dos projetos. O Congresso precisa estar de olho.


Maluquice


Recente pesquisa revelou que a Câmara dos Deputados é rica em projetos malucos, que em sua grande maioria acabam condenados ao esquecimento nas gavetas das Comissões. É o caso da iniciativa do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que pretendeu um absurdo: limitar os gastos da pessoa física, para que ela deposite, compulsoriamente, o que exceder do indispensável, a título de empréstimo ao governo, num grande projeto de distribuição de riqueza. A restituição viria 14 anos depois, segundo ele. Um delírio.

Fonte esquecida

Para quem tem planos de mergulhar em pesquisas sobre o passado da cidade, o coordenador da Biblioteca Murilo Mendes, Vanderlei Tomaz, sugere que os trabalhos se estendam ao município de Olaria. Poucos sabem, mas aquela cidade guarda muita coisa sobre o passado de Juiz de Fora, graças ao acervo que em 1953 foi doado por Jesus de Oliveira, que passou uma longa e produtiva existência escrevendo sobre o nosso cotidiano.

Deficientes

O deputado Wilson Bartista, do PSL, que na sexta-feira estará em Juiz de Fora para reunião de lideranças regionais no Museu Murilo Mendes, assume amanhã, como presidente, a Comissão da Assembleia Legislativa para a Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Trata-se uma área em que Minas ainda tem muito o que fazer.

Insinuantes

O governador Antônio Anastasia não poderá disputar a reeleição, porque já está no segundo mandato, embora o primeiro tenha sido apenas complemento do mandato de Aécio Neves. Deduz-se então que, dentro de pouco tempo deputados, secretários e dirigentes partidários começarão a se insinuar como candidatos.


___ Em matéria de sua edição de ontem, o jornal “O Tempo” fala dos políticos mineiros que estariam saindo de cena, mas tornando os filjos seus herdeiros. O ex-prefeito Tarcísio Delgado é citado, mas fazendo uma distinção, quando fala sobre seu filho, o deputado Júlio Delgado:
_ Ele é novo, tem tido um bom desempenho, é muito reconhecido. Eu o apoio como político, mas não o considero meu sucessor.



(( Publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))

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