terça-feira, 17 de maio de 2011

Custódio abre o “ciclo eleitoral”

O prefeito Custódio Mattos foi ontem à tarde a Belo Horizonte para cumprir uma agenda política, abrindo o “ciclo eleitoral”, expressão que ele próprio cunhou, num enconto com jornalistas, ontem, após a solenidade em que fez a apresentação pública de novas máquinas para serviços urbanos e rurais, um investimento de cerca de R$ 7 milhões. Na capital, ele já tinha programado encontro com o governador Antônio Anastasia. A primeira vez em que prefeito e governador se reunem para tratar especifica e objetivamente da eleição em Juiz de Fora.
Custódio é candidato à reeleição. Já se definiu, e terá o apoio do governo do estado. Para tanto, começou por expor a Anastasia a situação do PSDB na cidade e suas expectativas, o que inclui um dado que o prefeito tem revelado com entusiasmo: garante que vão se tornar “fato histórico” as obras que começam a ser realizadas a partir do segundo semestre, num volume que pode provocar impacto eleitoral em 2012.
Nas conversas políticas objetivas que começa a alinhavar, ele alimenta a esperança de que sua candidatura reeditará a mesma aliança que o elegeu em 2008, quando conseguiu unir 14 partidos. “Espero que isso aconteça de novo, até porque nossa aliança nunca sofreu defecções”, informou.



Longe demais

Ouviu-se pouco sobre eleição nos municípios, durante as cinco horas em que a Universidade Federal conseguiu reunir prefeitos da região, na sexta-feira à tarde. Na plenária, o assunto não estava em pauta e nem de leve foi objeto de citação pelos oradores. Antes, no hall do Museu Murilo Mendes e durante o café-lanche, jornalistas que arranharam o tema logo foram advertidos de que a eleição está longe demais.
Detalhe com o qual a maioria concorda: o primeiro passo é conhecer o cenário das alianças partidárias possíveis.


Temores

Ainda na faixa da informalidade e das conversas que esperavam o início da reunião de sexta-feira no Murilo Mendes: são poucos os que acreditam em reforma política na dimensão desejada; são muitos os que desconfiam da real sinceridade do Congresso Nacional diante dessa empreitada. Toda a expectativa criada pode acabar em retoques e maquiagem.
O deputado Marcus Pestana acha que um dos embaraços para o bom andamento das discussões em torno da matéria é que Senado e Câmara tratam da reforma separadamente. Deviam ter constituído comissão única.


Diagnóstico

Vale insistir em uma coisa que fez parte da reunião das lideranças na Universidade, objeto de caderno especial na edição de ontem deste jornal: já bastam os diagnósticos, que sempre têm com destino as mesas de ministros e secretários. A Zona da Mata sabe exatamente o que deve ser feito. É preciso fazer.


Desatenção

Em discurso na Câmara, o deputado Vitor Penido fez críticas ácidas ao Ministério dos Transportes, por causa do descuido com que tem tratado as rodovias de Minas, mesmo estando aqui a mais extensa malha do País. Mais bravo ficou, quando o ministro deu uma desculpa e não foi à Câmara prestar esclarecimentos.
Entre os problemas citados por ele, dois se referem à região de Juiz de Fora: a morosidade das obras de duplicação da BR-040 e a falta de conservação da BR-267.


Velha frustração


Já muito antiga nos sonhos e nas frustrações, a ideia de transformar a Zona da Mata em estado independente faz 120 anos. Foi em 1891 que circulava, pela primeira vez, o “Diário da Manhã”, fundado exclusivamente com o objetivo de se bater pelo desejo de separação. Eram seus redatores Luiz Detsi, Silva Tavares, Avelino Lisboa e Lindolfo de Assis.
O jornal teve duração efêmera, tal como a campanha pela qual foi o primeiro a defender: deixaria de circular em agosto do mesmo ano.
Em todas as muitas vezes em que se tentou ressuscitar a ideia, a motivação foi a mesma: o desinteresse dos governos de Minas pelos problemas da região.


Fusão em pauta

Não propriamente um novo partido, mas a substancial fusão de importantes siglas já existentes faz parte dos planos de Aécio Neves. Numa primeira fornalha, PSDB, DEM e PPS passariam a ser uma única sigla. Depois, talvez, o PSD dos paulistas e outros menores. Há quem sugira a fusão imediata, mas o senador mineiro prefere deixar que passem as eleições municipais.

(( publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))

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