sábado, 9 de novembro de 2013

Em campanha

O deputado Marcus Pestana, que preside o PSDB em Minas, havia acatado a recomendação das conveniências, adiando o lançamento de sua pré-candidatura ao governo de Minas, mas o fez agora, dizendo-se impelido pelos prefeitos tucanos que o querem. Esses prefeitos seriam 10%, segundo suas próprias estimativas.
Para evitar que o lançamento caia no vazio, o deputado já programa viagens ao interior, começando por Juiz de Fora, seu domicílio eleitoral, onde estará nos primeiros dias de dezembro.
O PSDB pode estar sendo empurrado para antecipar uma definição sobre seu papel na sucessão estadual, embora pretendesse adiá-la tanto quanto possível, de forma a ajustá-la ao projeto da candidatura presidencial de Aécio Neves. Antecipar, principalmente agora, quando a corrida interna limita-se a Pimenta da Veiga e Pestana, seu antigo chefe de gabinete, quando ministro das Comunicações.
Sem mudanças
Consta que em nada ficará alterado o prestígio do secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge, quando, nas próximas semanas, deixar o cargo para organizar sua campanha de candidato a deputado estadual. Em sua cadeira e nas funções básicas da Secretaria estarão pessoas de confiança.
O mesmo pode se dar em relação ao PPS, que no dia 23 reorganiza a estrutura administrativa em Minas. A atual presidente, Luzia Maria Ferreira, deve permanecer. Ela integra o grupo político do secretário.
Burocracia
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, deplora os excessos da burocracia brasileira, pois, na corte que dirige, um processo tem de se lambuzar com 20 carimbadas. Se ela, que preside um tribunal, confessa desânimo, o que diremos nos outros?, sem defesa e sem capacidade para mudar o rumo das coisas.
Harmonia
  De onde haverá de partir o esforço do PSDB para evitar que o partido fique comprometido com as lutas internas de tucanos de Minas e de São Paulo, que se dividem entre Aécio Neves e José Serra?, agravadas nesta semana. Há quem aposte que a tarefa ficará a cargo dos paranaenses, embora não sejam exatamente pacificadores históricos.
Indefinição
Quando se fala na formação da chapa de candidatos à Assembleia Legislativa, os tucanos se apressam em afirmar que um dos primeiros da lista é o ex-prefeito Custódio Mattos, que ainda não anunciou publicamente tal disposição. Na verdade, há quem diga que só por insistência do partido ele arregaçaria as mangas.
Na cadeia
Sete décadas atrás, o Código Penal estabeleceu em 30 anos o tempo máximo para que alguém cumprisse pena por crime praticado, não faltando quem observasse que, em rigor, aplicava-se a prisão perpétua. É que naquele tempo a expectativa de vida do brasileiro era de 45 anos. Se o criminoso fosse condenado a ficar preso dois terço da vida provável, quando tinha mais de 18 pelo delito, a contabilidade de sua tragédia acabava levando à prisão perpétua. 
Hoje, se o brasileiro goza de expectativa de 70 anos, a pena máxima devia seguir a ordem do tempo. Devia subir para 50 anos. É o que propõem quatro projetos que estão na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
 
Pesquisa
Já que mexemos em velhos assuntos, vem à lembrança que o senador catarinense Luiz Henrique ressuscitou projeto que pretende criar limites para a divulgação de pesquisas eleitorais. Os institutos e empresas que trabalham nesse campo protestam, é claro, pois perdem mercado. Mas é inegável que pesquisas não podem ser divulgadas até a véspera da votação, pois, lamentavelmente, elas ainda têm o poder de tornar refém o voto do eleitor despreparado; aquele que opta por quem vai ganhar “para não perder o voto”.
Estabelecer um prazo máximo para a divulgação, talvez quinze dias antes da eleição, é uma imposição, pois também é sabido que muitas pesquisas mostram os números de acordo com o gosto do candidato freguês.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário