segunda-feira, 8 de junho de 2015


Almir de Oliveira


A morte do professor Almir de Oliveira, na terça-feira passada, pôs termo à vida de uma das personalidades mais expressivas de Juiz de Fora nos últimos 100 anos. Sem exagero: um século.

Poucos, em todos os tempos, puderam ombrear sua obra à dele, quando se trata da atividade cultural, em que sempre ficou patente seu grande amor a esta cidade, à sua gente, à nossa história. Na história mergulhou como estudioso e pesquisador atento.

Com Almir e com as figuras luminosas, sua vida, ainda que longa, sempre parece prematura. Seu 98 anos de existência não foram suficientes para remover dos amigos a certeza de que podia ter ido mais longe.

Fica na lembrança e como permanente razão para torná-lo inesquecível sua obra, que vai desde membro atuante da Academia Mineira de Letras até os muitos livros que escreveu e as muitas entidades a que serviu, como Instituto Santo Tomás de Aquino, Instituto Histórico e Geográfico, Conselho dos Amigos do Museu Mariano Procópio e Faculdade de Direito. Não podemos esquecer que, como heráldico, foi também o criador da bandeira oficial de Juiz de Fora.


 Ponto negativo


Não foi oportuna a decisão da maioria dos vereadores de acrescentar R$ 1.500, 00 aos seus subsídios. Já não se discute se o aumento é ou não justo. Ocorre que a população está enfrentando momentos difíceis, os governos federal, estadual e municipal partindo para doloroso contingenciamento, e o mínimo que se poderia esperar de seus representantes é a respeitosa solidariedade. Ficou parecendo uma cena de total descompromisso com os representados.


Rota traçada


Depois da reunião regional que o PMDB promoveu em Juiz de Fora, no domingo passado, a militância já ficou sabendo, com mais de um ano de antecedência, que vai ser chamada a trabalhar no projeto de reeleição do prefeito Bruno Siqueira, o que não constituiu propriamente uma novidade. O  que ficou no campo das expectativas é o leque de alianças que ele e o partido terão de construir.


Volta ao passado


Se muita coisa ainda pode ser mudada nos itens da reforma política já aprovados no Congresso, o que se percebe é que se decretou de vez o fim do instituto da reeleição, um corpo estranho nas tradições republicanas. Ela só aconteceu uma vez na vigência da ditadura Vargas e, mais recentemente, com Fernando Henrique.




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