quinta-feira, 3 de agosto de 2017






Contra os políticos
 

Não há protestos de rua.  Então, alguns dirão que os protestos de 2015 e de 2016 tinham por objetivo único tirar Dilma do poder, mas isso é pouco. Outros dirão que os movimentos dos manifestantes vestidos de verde e amarelo estão de ressaca cívica. Parece  que o sentimento é de decepção, e há um desalento enorme diante de uma probabilidade de prosseguimento do que temos hoje.

Com a vitória do presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados pelo arquivamento do pedido de autorização do Ministério Público Federal para que fosse investigado, deixa um sentimento estranho no ar. Parece que a direita e a esquerda não têm mais interesse na queda de Temer. Muitos consideram que seja melhor deixar que as eleições de 2018 resolvam a situação. Embora no discurso a esquerda diga ao contrário. Temer está realizando algumas reformas que os próprios petistas, quando no governo, teriam feito.

Quais as conseqüências dessa retenção de insatisfação? Pode virar protesto em 2018. O ódio e a raiva vão perdurar até a eleição? Ou haverá algum conflito antes disso? Nossa história registra muita desconfiança em relação ao Congresso Nacional e aos políticos em geral. Essa desconfiança tende a piorar, até mesmo em relação ao eventual ocupante da presidência da República.

No curto prazo o eleitor mantém na memória esse registro de como os deputados votaram nesse 2 de agosto, mas nada garante um futuro voto de castigo a eles. O que pode acontecer é essa frustração se expressar na próxima eleição presidencial de alguém com um discurso populista, como o deputado federal Jair  Bolsonaro  e outros, que diz que os políticos não prestam. Vai crescer o discurso contra os políticos no ambiente eleitoral.








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