terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

 


CASAMENTO


1 - A fama de ser impermeável a conselhos não pode levar o presidente Bolsonaro a fazer ouvidos moucos à advertência de que não é conveniente confiar muito no Centrão, mesmo que tenha sido o principal instrumento para ganhar a presidência da Câmara e do Senado.


2 – A experiência mostra que o Centrão apenas dá apoio ocasional, e pode deixar o presidente “na mão”, se lhe for possível identificar parceiro mais conveniente. Sobre esse grupo de deputados já se disse que não se vende; aluga-se…


3 - Outra comparação em voga, mas com a mesma intenção de mostrar ao presidente o perigo que enfrenta, é que sua aproximação com o Centrão tem o mesmo valor dos casamentos da Idade Média, movido apenas a interesses circunstanciais.


4 Cessados os interesses, os reis voltavam às armas. Quando se aproximar a sucessão presidencial, o presidente pode ver em risco seu casamento político. A menos que tenha disposição de aumentar os dotes.


5 – O calendário de boa convivência, como planos de saúde, parece ter carência de quatro ou cinco meses, o suficiente para o encaminhamento das reformas fiscal e administrativa.


INFERNO”


Mais uma vez, ao conversar com apoiadores, o presidente Bolsonaro queixa-se do peso das responsabilidades e das muitas dores de cabeça que enfeitam o mandato. Diz que sua vida transformou-se num “inferno”. Não é o primeiro e nem será o último a elaborar queixa nesse sentido, pois os governantes gostam de falar em imensos sacrifícios a que estão sujeitos. Mas todos gostam de continuar no lugar onde chegaram. E, como Bolsonaro, podendo, querem mais um mandato.

Carlos Lacerda, mais sincero, dizia que “esse negócio de sacrifício é bobagem. Governar é muito bom”.


PESSIMISMO


É invariável. Quando chegam os últimos meses do ano, formulam-se previsões pessimistas sobre as safras, indicando-se, geralmente, queda de 25 a 30 por cento. Os culpados: geadas, tempestades e o governo, que só financia com juros altos. Mas, quando vêm as colheitas, novos recordes… Ainda recentemente, previu-se sinistramente pela sorte da soja, mas ela acaba de bater novo recorde, 130 milhões de toneladas.


REFERÊNCIA


Para o Ministério do Desenvolvimento Regional, Juiz de Fora tornou-se referência nos convênios que possibilitaram a realização de obras de contenção de encostras, distribuídas por 15 bairros que apresentavam maiores riscos. Essas obras se realizaram, principalmente, nas duas gestões do prefeito Bruno Siqueira,

não se esquecendo do empenho decisivo do então secretário de Obras, Amaury Couri.


APETITE CENTRAL


A novidade deste começo de semana é que o Centrão, já cobrando os votos que deu para eleger os presidentes da Câmara e do Senado, quer abocanhar ministérios atualmente administrados por militares. Não se sabe da capacidade de resistência do presidente. São grandes as preocupações, porque os apoiadores, famélicos, estão de olho em cargos da equipe do ministro Tarcísio, da Infraestrutura, o ministério que melhor funciona nesse governo.


NOVO COMANDO


A direção nacional do PSL deve anuncia mudanças no comando estadual do partido, depois que o deputado Charlles Evangelista anunciou que não mais vai dirigir a executiva mineira. O deputado enumera uma série de avanços que obteve, mas, com toda certeza, não digeriu a derrota em Juiz de Fora, seu reduto.Ver a candidatura de Sheila Oliveira em quarto lugar o aborreceu.


RADICAIS


Com a derrota que acabam de sofrer na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, o caminho que resta aos partidos de oposição é assumir posições ainda mais radicais em relação ao governo Bolsonaro. É opinião de muitos que analisam o momento político, como o ex-presidente Fernando Henrique.



AGONIZANTE


Anos depois de ajudar a levantar o moral dos brasileiros, com a caça que moveu aos corruptos, a Lavo Jato parece sentir que lhe escapam as forças para resistir às incursões dos que corromperam; ou os que têm simpatias ou interesses por quem assalta este país. A Lava Jato agoniza. Muitas condenações poderão ser revistas. Às ruas, com os bandidos!


MORALIDADE?


Muito susto, quando o novo presidente da Câmara, Arthur Lira, demitiu mais de 500 ocupantes de casos de confiança na Casa, por não se saber que eram tantos. Logo foi aplaudido por quem viu no ato uma boa intenção moralizadora. Mas, na verdade, a decisão é abrir espaço para a nomeação de quem vai chegando com apoio dos novos dirigentes.



CARNAVAL


São preocupantes as previsões quanto ao nível de irresponsabilidade a que amos na próxima semana, mesmo com o carnaval, que foi oficialmente cancelado, como forma de evitar que se agravem as estatísticas da pandemia. A preocupação justifica-se, porque milhares de foliões certamente estarão dispostos a desconhecer as orientações sanitárias. Rei Momo sempre foi mais forte.


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