quinta-feira, 28 de junho de 2012

História de rupturas

Vai ser preciso esperar um pouco mais para se avaliar como se situarão as forças políticas da cidade depois das eleições de outubro e após a posse dos novos eleitos. As mudanças podem se operar de forma menos intensa ou provocar grandes mudanças. Depende de muita coisa, a começar pelas urnas de outubro, embora não sejam elas fator único das novidades que certamente virão. Porque a disputa pelo poder municipal nem sempre dependeu de votos, mas do prestígio pessoal dos chefes políticos. A história da política de Juiz de Fora é uma longa história de rupturas, que já vai começar com a disputa entre Henrique Halfeld e Mariano Procópio, ambos suplentes de vereador e separados também por diferentes concepções sobre a estrada que nos ligaria à corte. Décadas depois, outra grave cisão colocaria em posições diferentes João Penido e Francisco Bernardino. E assim caminhou a história. Sílvio Abreu rompendo com Hildebrando Bisaglia, Tarcísio com Itamar, os tucanos com o PMDB e tarcisistas com o PMDB. Qual será a próxima ruptura?
Balanço 1
Ontem, quando faltavam 48 horas para o encerramento do prazo das convenções, permaneciam muitas incertezas em relação a pequenos partidos, que não sabiam exatamente a qual dos três principais candidatos levaria seu apoio. Uma explicação está no fato de que, nesta primeira hora, os três reúnem possibilidades bem equiparadas. No balanço que se fazia entre os assessores do prefeito Custódio Mattos ,ele pode chegar ao sábado com uma dezena de legendas ao seu lado.
Balanço 2
Na quarta-feira, já de posse de todo o quadro político traçado em Minas pelas convenções, e a engenharia das alianças, o PSDB terá como expor ao governador Antônio Anastasia e ao senador Aécio Naves os pontos em que terão de atuar menos ou mais intensamente durante a campanha. De modo geral, os tucanos vão conseguir manter na eleição o mesmo leque partidário que dá sustentação política ao governo do estado.
PMN com Bruno
Em reunião realizada ontem à noite, no Hotel Constantino, o PMN anunciou apoio à candidatura de Bruno Siqueira à prefeitura, o que pouco antes também havia feito o PTN. O vereador Isauro Calais, que preside o PMN, informou que nesta sexta-feira poderão ser acertadas outras coligações para a conclusão da chapa de vereadores. Na reunião foi anunciada a previsão de que esses coligados fariam de 25 mil a 32 mil votos, o que possibilitaria eleger dois vereadores. Bruno participou dos minutos finais da reunião, convocou os partidos a ajudá-lo a fazer uma ”cidade real e não cidade de markerting”, e considerou que a participação de Calais será decisiva na campanha.
O voto e o gato
Há muito o que discutir no anteprojeto do Código Penal, que acaba de ser encaminhado ao Senado por uma comissão especial de trabalho formada por eminentes estudiosos, e para se chegar a tal conclusão não é preciso ser jurista. Há algumas propostas que devem ser melhor explicadas à sociedade. Por exemplo: propõe-se pena de até cinco anos de prisão para o candidato que usar a máquina pública para obter votos. E pena de quatro anos para quem submeter animais a maus-tratos. Portanto, deixar o gatinho sem sua ração é quase tão grave como corromper uma estrutura do poder público.
(( publicado na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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