quarta-feira, 11 de abril de 2018








TUCANOS AFLITOS


O Superior Tribunal de Justiça negou, na terça-feira, um pedido de liminar que buscava suspender a condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) a mais de 20 anos de prisão no processo do denominado mensalão tucano.

O STF já agendou, para o dia 17, a análise da denúncia que acusa o senador Aécio Neves (PSDB) de corrupção e obstrução de justiça no caso JBS. Se aceitar as acusações da Procuradoria-Geral da República, realizadas há quase um ano, o senador tucano passará a ser réu. 

Ao renunciar ao cargo de governador de São Paulo, para disputar a eleição presidencial, Geraldo Alckmin (PSDB)  perdeu seu foro privilegiado. O caso no qual o tucano é suspeito de receber dinheiro ilegal do Grupo Odebrecht poderá, agora, ser remetido à primeira instância, provavelmente à Justiça Federal em São Paulo. 

Pós-prisão de Lula, para compensar a permanente reclamação petista de que só perseguem o PT, a justiça se volta para os casos onde o PSDB foi objeto de processos por corrupção. Parece que a prisão do ex-governador Azeredo é iminente, antes da prescrição  de sua condenação em setembro, quando completará 70 anos de idade. Os ex-governadores Aécio e Alckmin, ao se tornarem réus nos processos em andamento, terão afetadas as suas candidaturas em 2018.

O protagonismo do Poder Judiciário na conjuntura política está visível. Agora, surge discretamente um forte ator coadjuvante as Forças Armadas, com pronunciamentos públicos querendo interferir no processo político. Esses dois atores em cena são as novidades no processo de escolha organizado pelo TSE, que resultará em um novo perfil dos eleitos que assumirão os postos nas Assembleias Legislativas, nos governos estaduais, no Congresso Nacional e na presidência da República.







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