quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A República

No dia em que vê passar seus 129 anos de vida, a República brasileira pede, como vem pedindo há tempos, um reajuste em suas bases, não só para corrigir os defeitos acumulados, mas também para adaptá-la aos novos tempos. Tal adaptação consistiria, basicamente, em dois remédios poderosos: a adoção do parlamentarismo e a reformulação do pacto federativo. Entendem os estudiosos que não há outros caminhos.
É preciso salvar a República de suas mazelas e dos graves acidentes de percurso, como comenta em sua edição de hoje o “Jornal do Brasil”:
“De tal forma acidentada – sete dissoluções do Congresso, quatro governos provisórios, duas renúncias, dois presidentes impedidos de tomar posse, cinco presidentes depostos, oito governos autoritários, 19 rebeliões militares – o que poderia sanar, ou, pelo menos, reduzir as enfermidades republicanas são duas profundas cirurgias, que a cada dia mais confirmam sua necessidade: o parlamentarismo e o pacto federativo, associados ou introduzidos separadamente. Nada mais eficaz que isso para imunizá-la contra os males que a contemplam em períodos diversos, como o afogamento dos valores institucionais, sendo mais recente exemplo o que sobreveio em 64”.

Novo caminho

O comentário é de José Padilha, em “O Globo” sob o futuro do petismo:
O que a esquerda precisa fazer para resistir a um possível autoritarismo de Bolsonaro? Primeiro, abandonar de vez o PT, irremediavelmente maculado pela corrupção e pelo PMDB. Depois, pôr a honestidade antes da ideologia, assim como fez o eleitor. E, finalmente, se opor a qualquer autoritarismo, incluindo o de países socialistas. Se isto não acontecer, mais uma vez, como disse Espinosa, a esquerda lutará pela escravidão pensando que está lutando pela liberdade”.

Memória

Centro das principais articulações político-militares, das quais resultaria a Revolução de 30, as apreensões em Juiz de Fora anteciparam-se, pois em maio, na residência de Batista de Oliveira, ocorreram reuniões do alto comando do Partido Republicano Mineiro, em franca hostilidade ao governo central. O assassinato de João Pessoa, em julho, levou a Polícia Militar a entrar em prontidão, e a imprensa já sob censura. O principal confronto entre a PM e as forças do governo federal ocorreu em Grama.
Duas figuras políticas da cidade se destacaram no episódio: Antônio Carlos e Odilon Braga.


na foto, soldados movimentando-se diante da estação ferroviária





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