segunda-feira, 19 de outubro de 2020

 

FASE DE RECURSO

Com alguma boa vontade, o Tribunal Regional Eleitoral pode apressar o julgamento do recurso da chapa do general Marco Felício, registrada para concorrer à prefeitura pelo PRTB. Seja como for, ele sai prejudicado na campanha. A chapa foi impugnada, porque o general devia documento de prestação de contas de sua recente candidatura a deputado federal. A decisão pode ser conhecida amanhã.





MUDANÇAS

À medida em que o processo eleitoral vai se delineando nas principais capitais do país, começam as especulações sobre o que muda na politica nacional. Antes de tudo: se o PT permanecer na posição incômoda em que se encontra hoje, as forças políticas de oposição ao presidente Bolsonaro terão de sofrer reestruturação, se pretenderem desempenho melhor em 2022.



UMA CHANCE

São 13 os deputados à Assembleia Legislativa de Minas que se afastaram para disputar as prefeituras onde têm seus redutos eleitorais. É o caso da deputada Sheila Oliveira, do PSL, em relação a Juiz de Fora. De acordo com o desempenho de candidatos ligados ao MDB, se um deles sair vitorioso, o primeiro suplente de deputado Isauro Calais assumirá. Em decorrência, mudanças na condução do partido.



PARTICIPAÇÃO

Pode ser um desdobramento da recente declaração do presidente Bolsonaro de que reza para ser reeleito em 2022. Tendo seu projeto político assim definido, é possível que ele pense em atuar no segundo turno da eleição dos prefeitos dos grandes centros. Certamente para apoiar os que se alinham com as forças políticas que o apoiam.



HÁ DISTORÇÃO?



1- O PSL, tanto aqui como na capital, não aceita o resultado da recente pesquisa do Ibope, que desalojou o partido do primeiro lugar na disputa pela prefeitura, e fez a candidata Sheila Aparecida Pedrosa de Mello Oliveira despencar para a terceira posição, e ainda amargando grande rejeição.

2- Para confirmar sua dúvida, que se baseia na certeza de que houve distorção metodológica, foi contratada a GMR Inteligência de Mercado para produzir nova pesquisa, que já está sendo realizada, e com divulgação prevista para quarta-feira.

3- A candidata não informou se pretende tornar público o resultado da consulta, ou se vai limitá-la a avaliação interna. A inconveniência de não dá-la à publicidade é que fica parecendo que os números não foram do agrado.

4- O que se tem convencionado chamar de distorção metodológica é o fato de as consultas aos eleitores serem realizadas via telefone. Entrevistador e entrevistado não se veem, o que pode, segundo a suspeita, tornar a informação menos responsável.

5 - A melhor expectativa em relação a pesquisas na corrida pela prefeitura fica para 10 de novembro, faltando cinco dias para a eleição. Nesse dia as consultas serão presenciais. E as empresas e os institutos encarregados cuidarão para que não haja grandes discrepâncias no que vão mostrar ao eleitorado.



RIR E CHORAR

Todos têm direito a rir ou a chorar diante do espetáculo ridículo encenado pelo senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com mais de R$ 20 milhões na cueca e em outro depósito ainda mais inadequado. Se não for para rir, então que se lamente o nível a que chegou a representação política deste país. Seja como for, há um clamor nacional, exigindo a cassação desse sujeito.



BALANÇO

Após a realização das eleições do dia 15 será possível avaliar se foi correta ou não a manutenção do calendário deste ano. Já estão registradas para a História as mudanças realizadas nas convenções partidárias, na divulgação das candidaturas e o dia do pleito. As ferramentas tecnológicas socorrem os envolvidos no processo. Os resultados de todo o evento vão demandar, posteriormente, várias pesquisas e estudos aprofundados.


O GÊNERO



Fechados os registros de candidatos, viu-se em relação a Juiz de Fora o que se deu na maioria dos colégios eleitorais. A participação feminina na disputa de cargos eletivos ganhou maior expressão, mas a presença do homem ainda predomina, com grande vantagem. Elas representam aqui 32.5% das candidaturas, enquanto em relação aos homens o percentual é de 67.5%. Na maioria dos municípios a presença delas na disputa ficou muito próximo dos 30% de vagas que a lei lhes reserva em eleição proporcional.



PARTILHA

A Justiça certamente chegará à conclusão de que as boas intenções do Fundo Eleitoral foram um tiro a sair pela culatra. Os recursos, divididos entre 19 mil candidatos a prefeito e 515 mil que disputam a vereança, acabam sendo fatias insuficiente para os gastos da campanha dos concorrentes pobres. Os ricos tiram do próprio bolso; os pobres tentem obter o ”por fora”. Seja como for, é a lei ofendida.






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