quarta-feira, 19 de abril de 2023

 Eleição 2024 em pauta ( XVI)

1- Os partidos União Brasil e PSD disputam espaço dominado pelo PSDB no Estado de São Paulo por quase três décadas. Pensando nas eleições municipais, aqueles partidos planejam filiar os prefeitos tucanos e outros dos quadros do PSDB-SP. O simbolismo dessa decadência do grande partido no seu mais valioso território demonstra um futuro sombrio.

2 - Sem deixar o trabalho de tradutor e estudos de problemas internacionais, mas retomando residência em Juiz de Fora, João Vitor Garcia, que foi secretário na Administração Tarcísio Delgado, diz que agora seu interesse maior é debater as grandes questões da cidade, como os desafios do trânsito e tráfego. Nesse particular, há 19 anos ele elaborou projeto de modernização, que contava com o apoio de recursos externos.

3 - A Justiça Eleitoral lembra que eleitores morando no exterior não poderão votar em 2024, pois serão realizadas apenas eleições municipais. Para eles, o exercício do voto só para a Presidência da República.

 

Pelo site da Agência Senado, 697 mil brasileiros com domicílio eleitoral no Exterior estavam aptos a votar em 2022 (exclusivamente para os cargos de presidente e vice-presidente da República). Um colégio eleitoral maior que a população de Juiz de Fora.

Outro dado interessante: as mulheres são majoritárias no eleitorado fora do país, representando 58,54%. A maioria entre 35 e 44 anos.

4 - Nos corredores da Câmara Municipal comentava-se, na abertura das comemorações dos 170 anos da Casa, que todos os vereadores serão candidatos à reeleição. Quase todos, porque Maurício Delgado pode ser o nome do MDB para entrar na disputa da prefeitura.

5 – Sobre as federações partidárias. As disputas regionais continuam dificultando a federação que hoje reúne PSB, PDT e Solidariedade. O assunto foi objeto de matéria da Folha de S. Paulo, na semana passada. Parece fora de dúvida que a dificuldade esbarra na falta de sintonia entre os partidos para as eleições municipais do próximo ano.

6 - Contudo, diz o ex-deputado Marcus Pestana que a federação ainda pode servir de estágio para um futuro partido, “com os olhos no futuro e apostando no enorme potencial de renovação geracional em curso na política”. Seria, no seu entendimento, o caminho para o PSDB, Cidadania, PSB, PDT e Solidariedade. Lançou a ideia, mas ainda não ouviu a repercussão.

Os partidos por ele citados reúnem 54 deputados federais, 10 senadores, sete governadores e o vice-presidente Alkmin.

7 - Fato velhíssimo na política nacional, e Juiz de Fora não é exceção: muitas candidaturas, quando lançadas com grande antecedência, não são obra de correligionários ou simpatizantes; mas pelos adversários, que pretendem desgastá-las. Expostas ao sol e chuva, por muito tempo, não têm como resistir. O vice-presidente estadual do MDB, José Figueirôa, com larga experiência, concorda.

8 - Ao consentir com aumento de quase 300% em seu contracheque, o governador Romeu Zema é criticado pelos adversários. Mas, o que se denuncia como generosidade em causa própria, precisa levar em conta que ele ganhava R$ 10.500,00. Passou para R$ 41.845, 49. O que é justo para quem tem a responsabilidade de governar o Estado.

Foram raras, raríssimas, as vezes em que a cidade se engalanou tanto para receber uma expressão política nacional. Dia 25 de agosto de 1928, quando chegou o presidente Washington Luiz. Banquete no Clube Juiz de Fora, Te Deum na Catedral, casas da Avenida caiadas a pedido da Câmara, hospedagem no belo Solar Penido, que mais tarde a insensibilidade do arcebispo goiano Juvenal mandaria demolir, para fins comerciais. Mas o calor da recepção rapidamente se transformou em gelo, quando o presidente anunciou, como preferido para sucedê-lo, o paulista Júlio Prestes. E disse isso na cara de Antônio Carlos, que era a preferência de Minas. Washington sentiu e antecipou o regresso.

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