A Pauta é Política
14 fevereiro 2025
PRÓS E CONTRAS
A Atlas figura entre os mais recentes institutos a ir a campo para avaliar como anda o ânimo da população em relação ao governo Lula. Tem, a seu favor, o fato de buscar também o sentimento das redes sociais, o que, parece, amplia a capacidade de aferir. Na sua mais recente pesquisa revelou que a rejeição de Lula subiu para 51.4% ; um recorde, atribuído, em grande parte, ao fracasso do governo no item segurança pública.
Há um detalhe que tem escapado dos pesquisadores. É que 45.9% dos consultados aprovam o governo, o que também é um número expressivo. Mas não dizem a razão de quase metade dos pesquisados continuar favorável ao governo, que a outra metade repudia.
EM ASCENSÃO
Presidente do PSB mineiro, o deputado Noraldino Júnior passou a fazer parte do círculo de maior influência da Assembleia junto ao governador Romeu Zema. Claro, isso o coloca mais próximo das intimidades da administração, mas também faz pesar sobre ele as reivindicações da cidade e da região, que não são poucas.
SOBRE A CARESTIA
Pinçado do “Jornal do Brasil” de terça-feira, a seguinte observação sobre o modo de o presidente Lula lidar com a carestia:
“Em meio a clamores, incomodado pelo noticiário sobre os preços de alimentos, o presidente Lula trouxe sua contribuição. Falando aos baianos, com uma ideia jamais acusada de originalidade, recomendou que o comprador, diante de preços excessivos, simplesmente deixe de comprar. Não comprar nem consumir. Já que o governo não encontra melhor caminho, o cidadão então é chamado a desconhecer a dificuldade, mesmo que, aceitando tal convite, possa enfrentar perigoso desdobramento, porque, estando tudo com preços inacessíveis, não comendo o minimamente indispensável, as camadas mais pobres estão condenada à inanição. A oposição não perdeu tempo, e acha que, indiretamente, mas sob o mesmo raciocínio, se o desejável é não gastar, o presidente pode estar tolerando que também deixemos de pagar os impostos, que agridem os bolsos muito mais que o feijão e arroz...”.
BARBAS VIZINHAS
O Partido dos Trabalhadores completa 45 anos, sem que possa queixar-se, porque em sucessivas eleições o povo lhe deu repetidos votos de confiança. Lula, sua principal figura, exerce a presidência da República pela terceira vez.
Há, entre suas fileiras, a disposição de examinar os pontos fracos que vêm ruindo seguidamente suas forças. Basicamente, sem dificuldades, pode-se afirmar que divergências internas têm comprometido o partido. Como lição, valeria lembrar aos petistas que divergências internas e aspirações inconciliáveis é que estão levando o PSDB à falência; que também já foi muito forte e está morrendo.
GRATUIDADE
Está na Câmara Municipal o projeto de gratuidade do transporte coletivo para todos os estudantes. Caso seja aprovado, custará mais R$ 3 milhões aos cofres públicos. Diz a prefeita que o Executivo garantirá a verba para tanto. “Temos a previsão do subsídio, provavelmente vai ter que haver algum remanejamento interno, mas sem nenhum prejuízo, porque, na verdade, esse recurso não apenas garante a mobilidade de um segmento muito importante, mas também favorece a educação”, explicou.
A medida proposta teve origem na Câmara, por iniciativa do vereador André Luís (Republicanos), acatada pela prefeitura, pois, constitucionalmente, só o Executivo pode criar despesa.
Embora louvável, ampliar a gratuidade nos ônibus significa a retirada de recursos de outra área. O investimento financeiro aponta para, em futuro próximo, a gratuidade total no uso transporte público.
HOSPITAL FANTASMA
Prosseguem a luta e as divergências entre a prefeitura e o Estado sobre o prometido e o nunca realizado Hospital Regional. No lance mais recente, o governo estadual reclama devolução de perdidos R$ 28 milhões, que investiu numa obra estancada. O assunto é antigo.
Custódio Mattos foi prefeito entre 2009 e 2011. Na sua segunda administração as obras do hospital tiveram as primeiras fases de execução, sob a responsabilidade da Secretaria de Obras. O que o governo de Minas afirma, por nota à imprensa, é que “não foi comprovada a utilização de verba repassada", como também "há uma série de erros graves no processo de construção, apontados em laudos e diagnósticos". O assunto está sob análise da Justiça, mas sem data para uma solução, mostrando como a população, que depende do sistema público de saúde, fica à mercê de controvérsias políticas e jurídicas.
A prefeitura encaminhou suas propostas para retomada da obra, mas o governo de Minas insiste na cobrança da dívida, e diz que não vai investir na edificação existente, pois ela tem erros construtivos. Nesse imbróglio, sobram questionamentos sem respostas. Por que até hoje os órgãos de controle e fiscalização não se pronunciaram sobre o assunto? Talvez seja o momento de uma auditoria independente das partes em litígio.
TAREFAS
Reconduzido, por mais dois anos o deputado Betão (PT) continuará à frente da Comissão de Trabalho, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa. São três áreas de grande sensibilidade, o que faz prever muito trabalho para o deputado e para os demais pares que também a compõem.
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