terça-feira, 1 de abril de 2025

 

A Pauta é Política


PELO COMEÇO

O deputado Lafayette Andrada ficou com a presidência da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, que vinha figurando entre as funções mais disputadas. Diz ele reconhecer que tem muito trabalho pela frente, mas adverte que é preciso correr atrás do desenvolvimento, porque sem isso não se obtém benefício social.

O TUCANATO

O velho PSDB, de glórias antigas, está à caça de boas alianças, para chegar bem em 2026, aliando-se ao Podemos, que tem 14 deputados federais, ou ao Solidariedade, que conta com bancada de cinco. Os tucanos figuram com 12 deputados federais.

O partido não tem andado bem. Passou raspando na cláusula de desempenho, sabendo-se que no próximo ano a regra será mais exigente. O risco de ser rebaixado é grande. Parece que o esforço de Aécio Neves é manter a sigla, mas corre o risco de nadar e morrer na praia, pois na janela partidária de abril de 2026 atuais parlamentares podem migrar para outras legendas.

O DILEMA

O ex-deputado Paulo Delgado, falando na TV Canção Nova sobre os 40 anos da redemocratização,
não deixou de abordar um dilema que persegue o PT, partido ao qual já pertenceu. Como não tem bancada suficiente no Congresso para defender os projetos do governo, outro caminho não resta aos petistas se não buscar ajuda no campo dos adversários. Ele não disse, mas é certo que essa dependência acaba custando caro ao governo.

COESÃO REGIONAL

No dia 14 de abril, por iniciativa da prefeita Margarida, prefeitos da região estarão reunidos aqui para a discussão de problemas e projetos de interesse comum. A inciativa é válida, embora não inédita. Outros prefeitos trilharam o caminho de uma melhor sintonia entre os executivos da região, sob uma perspectiva suprapartidária. Nunca obtiveram êxito.

Até agora, pouco ou quase nada se obteve em nome da integração regional. Hoje a prefeita tem acesso ao governo federal. Contudo, pouco acesso ao governo estadual, para onde se dirigem algumas demandas regionais. Neste caso, o viés eleitoral de 2026 já contamina as relações, pois o governador Zema está em campanha, e tem feito discurso oposicionista contra Lula. Então, JF e região tem que inovar na nova articulação, para conseguir algo em termos de desenvolvimento regional.

A EVASÃO

O ministro Alkmin quer ver o Brasil acelerado na busca do desenvolvimento industrial. Queixa-se, com razão, mas sem dizer, objetivamente, o que seu governo pensa realizar nesse campo, muito menos sobre aliviar a pesada carga tributária. Nos últimos três anos, 229 indústrias brasileiras transferiram-se para o Paraguai, a última das quais a Lupo, que produz 70 milhões de pares de meia por ano.

OPOSITORA

A vereadora Roberta Lopes (PL) segue à risca a pauta da direita nacional, já desde a campanha eleitoral, quando se identificou com a campanha de Bolsonaro, e com sua vinculação ao deputado Nikolas Ferreira, do mesmo partido. Na Câmara, faz oposição à prefeita, como agora, apresentando projeto de lei que proíbe a inauguração ou a entrega de obras públicas incompletas que, embora consideradas concluídas, não estejam em condições de atender.

A administração petista é criticada por entregar obras inacabadas, a fim de cumprir calendário político-eleitoral. Como exemplo, é lembrada a praça Antônio Carlos, usada para eventos, embora seja uma obra considerada inconclusa.

SOBRE EMENDAS

As emendas confiadas às preferências dos parlamentares vão contar com disponibilidades financeiras equiparadas às dotações de um ministério. Mais de R$ 50 bi.

Por falar nelas: a partir de agora, o ministério da Saúde vai responder pela liberação de 32% das emendas, impositivas ou não. Quer dizer, R$ 24,4 bi a mais para investimento imediato. Algo suficiente para credenciar o ministro Alexandre Padilha como eficiente interlocutor com os parlamentares.

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