quarta-feira, 17 de agosto de 2016






Havelange


Em abril ou maio de 1988, num jantar em casa do ex-deputado José de Castro Ferreira, no Rio, fui apresentado pelo anfitrião a João Havelange – Jean Maria Faustin Godofred Havelange, o legendário dirigente da CBF, que acaba de falecer aos 100 anos. Soube ele que estava diante de alguém sem qualquer intimidade com o futebol, o que não impediu um atrevimento do recém-apresentado. Sugeri a Havelange que aproveitasse o seu poder de decisão e acabasse com essa infâmia chamada gol contra.

Disse: “o gol contra é o momento da mais alta humilhação do ser humano. O pobre diabo que acidentalmente o acomete  é execrado, condenado à morte estando vivo.  Pior: amaldiçoado pelos companheiros, recebe aplausos dos inimigos, para não se falar de sua pobre mãe”...

Havelange limitou-se a rir.


Campanha


Nem bem iniciada, já a campanha eleitoral inaugurada hoje sabe que vai se inscrever entre as mais pobres que o País conheceu. As propostas e os projetos dos candidatos  estão reduzidos a 40 dias mais ou menos úteis. Muros, faixas, cartazes e festas musicais promovidas pelos partidos estão fora.  A propaganda eleitoral fica reduzida às inserções na TV e no rádio. Predominam os minutos na telinha, que, agora ainda mais valorizados, também valorizam os partidos nanicos, que  os vendem a  peso de ouro.

Não é preciso acabar com os nanicos, bastando que a legislação impeça que eles se transformem em gigantes gulosos e vendilhões.


Antecipação


Não há embasamento, garantem os juristas, para o Congresso acolher a proposta da presidente afastada, Dilma Rousseff, de antecipar a eleição presidencial.  Não há como colocar o calendário eleitoral a serviço do revanchismo. 






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