terça-feira, 1 de novembro de 2016






Homicídios
 

Foi divulgado na semana passada (28/10) que, em 2015, 58.383 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. O que equivale a 160 pessoas por dia. Ou seja, sete pessoas por hora. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que fez o levantamento dos dados, informa que morre mais gente assassinada no Brasil do que em países que estão em guerra.
  
Entre milhares dessas mortes, houve muitos casos de chacinas. Caso se considere todo o país, a polícia, que deveria  contribuir na solução, está virando parte do problema, e  também entra na estatística. Por dia, registram-se nove mortos pelas armas da polícia, e pelo menos um policial é morto.

Comparado com o ano 2014, houve uma queda de 1,2% (estatisticamente irrisório) para se concluir de que continuamos a ser um país violento. A atrocidade brasileira acontece por ausência de Estado, onde ele deveria  investir. Caberia ao Estado prevenir, investigar e punir. Há leniência, inépcia e impunidade.



Finados


Li em algum lugar, e lamento não ter como identificá-lo, que a vida, na sua instantaneidade, é uma centelha. Não podemos desperdiçar esse fulgor. A morte nos espreita em algum desvão do tempo. Vamos ao encontro dela, mas consola que seja inesperado. Essa reflexão talvez tenha alguma utilidade para nós, que hoje celebramos a saudade dos que partiram, e que são para nós, que estamos vivos e envelhecemos, uma permanente advertência. Não é outra coisa o que diz o Diário de Lúcio Cardoso: “Podemos não sentir a idade, mas ela se faz presente através dos mortos que vai espalhando em torno de nós”.





  



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