quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018







Prazo fatal


O prefeito Bruno Siqueira parece ter fixado nas vésperas da Semana Santa a definição sobre seu futuro político, o que importa em definir o rumo que adotará para sua inclusão no próximo processo eleitoral. Ele teve, há algumas horas, em Belo Horizonte, dois encontros com Antônio Andrade, presidente regional de seu partido, o MDB, que o quer ocupando uma das duas vagas para disputar o Senado, tendo como argumento, além de seu desempenho na prefeitura de Juiz de Fora, o fato de representar uma novidade no quadro político mineiro. Mais do que isso, importantíssimo para o momento atual, Bruno passa incólume por essa onda de irregularidades a que se assiste no poder público.

Se for candidato ao Senado, o prefeito terá de renunciar até 6 de abril. Se disputasse a vice, poderia permanecer no cargo.    



Política no enredo


A  escola de samba Beija-Flor foi eleita, mais uma vez, campeã do carnaval carioca, com um enredo de crítica política e social. A escola de samba Paraíso do Tuiuti, que abordou a escravidão e fez críticas ao presidente Temer, ficou em segundo. Parece um prenúncio do que virá na campanha política no segundo semestre de 2018.

Ambas as escolas de samba que ficaram em 'empate técnico' nas pontuações, mas  no resultado final, pelos critérios de apuração, indicou-se como campeã a Beija Flor de Nilópolis. Pelas redes sociais os torcedores comemoraram de forma diversa. A Paraíso do Tuiuti foi adotada pelos militantes petistas após o desfile, pois o enredo traduziu o sentimento da oposição ao governo Temer (que foi satirizado com rigor pelo carnavalesco da escola). Já a campeã Beija-Flor foi criticada como a preferida da mídia, embora tenha apresentado um enredo de crítica social.

Donde se conclui que o antagonismo na política está representado no tradicional carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro. Talvez por saberem, previamente, sobre os enredos das citadas escolas, tanto o prefeito como o governador, se ausentaram da passarela do samba e da cidade.

As contradições aparecem com nitidez nessa situação, pois as escolas geralmente são apoiadas materialmente pela contravenção penal (jogo de bicho), mas fazem a crítica à corrupção na política nacional. Não é à toa que Macunaíma (romance de 1928 do escritor brasileiro Mário de Andrade) descreve como é o herói brasileiro.






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