segunda-feira, 3 de agosto de 2020


Em Poucas Palavras


Entrando e atirando

A coluna impressa de César Romero incursiona na política, para trazer o desabafo e desencanto do empresário Eduardo Lucas, pré-candidato a prefeito pelo Partido Democracia Cristã. Sendo obrigado a mexer com as coisas comuns da área em que pretende entrar, ele vê muita sordidez no sistema político brasileiro, critica a prefeitura local por ser inchada e improdutiva, e a Câmara por descumprir a missão de fiscalizar.
Diante de tão sombrio panorama, Lucas se dispõe a uma campanha solo: sem coligações, sem fundo eleitoral, sem fundo partidário. Com cara e coragem.


Moro cercado

Não é mais necessário ter evidências de que se trama um cerco político para asfixiar o ex-ministro Moro e sua possível candidatura à presidência da República em 2022. Primeiro, a AGV entra em campo para abrir as entranhas da Operação Lava Jato, que teve e o tem como patrono. A alegação de que há documentos sigilosos a serem avaliados não parece ser argumento suficientemente procedente.
Menos indireto ainda, o ministro Dias Tófoli, presidente do Supremo Tribunal, recomenda que seja proibido a juízes participarem de eleição antes de decorridos oito anos depois de deixarem a magistratura. No feitio de Moro.

Ações que falham


O deputado Betão (PT) prefere manter em reserva a promessa da Secretaria de Saúde de que estará em queda, nos próximos 15 dias, o índice de óbitos provocados pela Covid 19 em Minas. Com a estatística sinistra subindo 16% em uma semana e 4.000 novos casos de contaminação, ele não vê como o governo estadual possa ter previsões otimistas, com a política sanitária que tem praticado.

Outro nível


Não cometem cacoete de saudosismo os que têm ocupado as redes sociais para lamentar a pobreza dos discursos parlamentares, considerando-se que, salvo exceções, em nada são capazes de lembrar os grandes momentos das tribunas. A indigência verbal prolifera desde as câmaras municipais até o Congresso Nacional. O fenômeno tem explicação, em parte, na queda do nível cultural de que padecem os grandes colégios eleitorais. Bem representados, portanto.


Cuidados especiais
Continuam em pauta as indagações sobre ações que terão de ser adotadas, quando a Covid 19 der sinais de que está de partida. Se há muito a fazer, é necessário que a população vá se acostumando com cuidados que até agora nos pareciam superficiais ou mesmo desnecessários. Para citar dois exemplos: o uso de elevadores que, quando superlotados, produzem grande risco de contaminação; e, com ou sem corona, mais sério ainda, o transporte coletivo, que terá de adotar precauções novas e permanentes. A saúde da população, que tanto sofre, merece maior proteção, a começar pelos cuidados com ônibus e elevadores.


Representação contestada


Oportuno trazer à memória, já que de novo estaremos com as urnas. Na eleição de 2016 houve elevado número de votos nulos e em banco, que, somados às abstenções, superaram a votação dos eleitos. Nada mais ilustrativo para sinalizar a falta de representatividade dos políticos com mandato.
Agora, a expectativa dos cientistas políticos é que haverá mais de um milhão de candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito. O que concorre para a pulverização no processo eleitoral com as consequências imagináveis. Aposta-se que teremos mais candidatos ao cargo de prefeito, de forma que as organizações partidárias tenham mais visibilidade; e com isto – quem sabe? - os vereadores podem ser beneficiados pelo voto de legenda.
Preto no branco


A Justiça Eleitoral adverte para a necessidade de as pesquisas sobre tendência eleitoral serem registradas de conformidade com a lei, com o que pretende evitar que elas sejam usadas para enganar eleitores menos esclarecidos. Além disso, mesmo que estejam registradas, devem ser olhadas com reservas (pelo menos por hora) por estarem sendo realizadas pelo telefone, o que de certa forma compromete a identificação do consultado.



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