A Pauta é Política
21 de novembro de 2025
ESCRAVOS
Há 170 anos, neste dado, a Câmara Municipal informou, então oficialmente, que naquele ano de 1855 a população de Juiz de Fora era de 27.722 pessoas, das quais 118 estrangeiras. Considerava-se, em separado, os 16.428 escravos, em suas maiorias técnicas na zona rural. Esse número já permitia afirmar que, em matéria de população negra, só perdíamos para Leopoldina.
À VENDA
A Comissão Especial da Assembleia está estudando, nesta semana, a reavaliação dos imóveis que o estado pretende vender, e, com isso, abater a dívida de 180 bilhões que o Estado tem com a União. O objetivo principal é retirar da lista os imóveis ligados às atividades de ensino. Na relação original, entre os imóveis de Juiz de Fora colocados à venda estava o Cândido Tostes, escola de laticínios, depois excluído.
O facto é que o Estado não conseguiu fazer bons negócios. Da cidade, permanece em oferta o Expominas. Ninguém quer saber dele.
A DIREITA
O senador mineiro Carlos Viana, que vem obtendo popularidade, como presidente da CPI que tenta apurar o escândalo do roubo praticado contra os investidores do INSS, começou a insistir na necessidade de as correntes políticas de direita se unirem, como primeiro passo para ganhar, em 2026, a Presidência da República. Considere que sem a unidade não há segurança.
TEMÁTICA
Há quem arrisque a possibilidade de uma próxima campanha pela sucessão presidencial abrir algum espaço para a influência de temas momentosos da política externa, algo difícil de prever, se considerarmos que o brasileiro já tem pela frente uma vasta pauta de problemas, sem vagar para deixar-se influenciar pelo que o governo fez ou deixou de fazer na diplomacia. Custa admite que se preocuparia com as discussões entre Trump e Lula, mesmo sob o risco de se agravarem. Ou, também duvidoso, se deixar o voto comover-se pelo fiasco da oferta do Brasil para trabalhar a pacificação dos ânimos tensos entre Estados Unidos e Venezuela, oferta de boa vontade que os litigantes jogaram no lixo. Talvez menos inviável, quem sabe, possam ser os desdobramentos externos da COP 30, quando servirmos de cenário para abordar questões com o clima.
SOB RESERVA
Ainda não está bem contada a história do senador Rodrigo Pacheco aposentar-se em definitivo da política, depois de duas grandes dificuldades que o barraram. A primeira foi a tentativa de construir uma aliança suficientemente forte para disputar o governo de Minas, mesmo com a promessa do presidente Lula de apoiá-lo. Depois, o fracasso de ver viabilizada a indicação de seu nome para a vaga de Luiz Barroso no Supremo Tribunal Federal.
Por que se diz que essa história pode ter outros caminhos? Ele seria um nome para a próxima vaga no Superior Tribunal de Justiça, além de se ter como certo que o senador mineiro pode ser cogitado para compor a chapa de Lula em 2026.
Mas aí há um detalhe que precisa ser avaliado. Sendo Lula candidato a um quarto mandato, estando ele com mais de 80 anos em 2026, a disputa pela vice será feroz.
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