A Pauta é Política
7 novembro 2025
NOVO PARTIDO
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou a criação do partido que passa a denominar-se Missão, que, na verdade, é extensão e evolução do antigo Movimento Brasil Livre, que teve papel destacado na campanha que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O novo partido, trigésimo a ser criado no Brasil, cumpriu todas as exigências da lei, e poderá apresentar candidatos próprios já em 2026.
Pelo que diz o deputado federal paulista Kim Kataguri, hoje membro do partido União, o Missão pretende lançar pré-candidatos à Presidência da República e aos governos de São Paulo e do Rio de Janeiro. É mais uma divisão no espectro político da direita, que está fragmentado.
A proliferação de partidos persiste, embora haja na legislação uma cláusula de desempenho, com exigências a serem cumpridas. As federações partidárias possibilitam a existência de legendas nanicas.
Em Juiz de Fora, ainda não são conhecidos políticos interessados em abraçar a nova sigla.
A TRAGÉDIA
Percebe-se que os cento e poucos mortos do recente embate entre polícia e traficantes já estarão esquecidos, dentro de um ano, mas a tragédia que protagonizaram terá força para subir aos palanques, como um dos temas favoritos da campanha eleitoral. Sem que faltem detalhes, como a defesa vigorosa de que são muito diferentes terroristas e traficantes; estes sem o conteúdo ideológico daqueles. Se isso fosse suficiente para abrandar as dores...
Nunca se sabe aonde pode parar essa crise, que, se não bastasse em si mesma, pois condena a população a permanente sobressalto, acresce larga contribuição para a ruína do federalismo. A Presidência da República e a governadoria dos grandes estados não se sentem suficientemente animados a aparar arestas políticas e somar esforços em torno de uma causa única, que pede tratamento imediato, muito acima dos embates eleitorais.
A TRAGÉDIA (II)
O episódio referente ao confronto entre forças policiais do Rio de Janeiro e membros do Comando Vermelho, ocupantes dos complexos do Alemão e Penha, no dia 28, foi, mais uma vez, oportunidade de antagonismo entre esquerda e direita. Passados dez dias daquele evento macabro, assistimos a um debate estéril entre os confrontantes políticos, enquanto os habitantes das áreas atingidas continuam reféns de criminosos que disputam o controle daquele território.
HOMENAGEM
Continua a discussão sobre a melhor forma de o município prestar homenagem ao ex-prefeito Tarcísio Delgado, recentemente falecido. Ideal é que, sendo uma rua, praça ou escola, que se evite apenas a substituição, isto é, mudar um nome já existente. A população reage à mudança de nomes de logradouros. Mantém os antigos, e os novos ficam esquecidos.
FORTE ALIANÇA
Começou a ser elaborada a primeira aliança partidária para a disputa do governo de Minas. O PT, que sente não ter força própria para a empreitada, já conversa com o PDT, onde a candidatura natural seria do ex-prefeito de BH Alexandre Kalil. Os entendimentos evoluem desde o começo da semana.
SOBRE MINAS
Outro detalhe importante: nos bastidores já se considera que o senador Rodrigo Pacheco estaria fora da disputa ao governo estadual. Há uma avaliação do grupo dele que ser governador de Minas, no próximo período, é receita de desgaste, devido ao tamanho dos desafios a serem enfrentados, como, por exemplo, o desequilíbrio fiscal. O ideal para Pacheco seria o Supremo Tribunal Federal. Como o presidente Lula ainda não indicou um nome para a apreciação do Senado, resta a esperança de ser dele a vaga.
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