segunda-feira, 18 de maio de 2015


Mandato tampão


Quem haveria de se aventurar em uma campanha eleitoral para ser prefeito por apenas dois anos e gastar muito dinheiro para nada poder fazer? A indagação foi feita pelo juiz titular do Tribunal Regional Eleitoral, Wladimir Rodrigues Dias, em palestra que pronunciou ontem na Câmara Municipal. “Dois anos não dão para nada”, o que o leva a admitir que, inexistindo interesse dos candidatos, a tendência é a prorrogação dos atuais mandatos, como parte de um outro propósito não menos polêmico, a coincidência dos mandatos; coincidência que não conseguiu se consolidar em tempos passados. Depois de adotada, não resistiu e voltamos à alternância no calendário. O mandato tampão estaria, portanto, condenado a enfrentar grave resistência.

Mas uma nova tentativa de coincidência tem adeptos. O professor Wladimir indica, entre eles, os candidatos a deputado estadual e federal, que reduziriam consideravelmente o custo de suas campanhas, então acopladas aos vereadores. Essa junção talvez só enfrentasse como dificuldade o fato de o processo eleitoral na grande maioria dos municípios não ser ideologizado, prevalecendo questões locais.



Falta consenso


O sistema eleitoral a ser proximamente adotado, como parte da reforma política, é uma complexidade que está longe de ganhar o mínimo de consenso entre as lideranças. A formulação do distrital ou distritão está entre os temas que maiores divergências têm produzido, como, por exemplo, entre o vice-presidente, peemedebista Michel Temer, autor do distritão, e o deputado Marcus Pestana. O deputado tucano, contrariando Temer, diz que é preciso pesar bem entre o que é desejável e o que é possível, quando se fala em substituir a eleição proporcional pela majoritária.



Para conversar
 

Quem passa o fim de semana em Juiz de Fora é o ex-ministro Anderson Adauto. Aqui, tem encontro com o prefeito de Barbacena, Antônio Carlos, e com o ex-deputado Marcello Siqueira, de quem foi contemporâneo na Câmara. Vão conversar sobre política e os rumos que ela vem tomando ultimamente.

Adauto sempre foi considerado um bom articulador político.


Primeiro passo


Foram concluídos os trabalhos de restauro do lanternim do Museu Mariano Procópio, o que coloca a Sala Maria Amália praticamente em condições de ser reaberta à visitação pública. O prefeito Bruno Siqueira, acompanhado do superintendente da Casa, Douglas Fasolato, visitou a Sala e outras dependências em fase de recuperação.

Dentro de algumas semanas os visitantes poderão conhecer peças e telas que estão sendo cuidadas, como a “Jornada dos Mártires”, de Pedro Américo, cuja restauração vai custar cerca de R$ 70 mil.



Desafio maior


Em conversa de rodas políticas, além das preocupações com a carência de dinheiro na prefeitura, costuma-se elaborar conjectura sobre os desafios do próximo mandato de prefeito. Há muitos problemas levantados, mas o mais frequente é a complexidade do tráfego na área do terminal rodoviário, ameaçada de entrar em colapso. Na verdade, ali se confunde o movimento de veículos da zona norte com o terminal, mais a próxima movimentação do hospital regional e dos novos shoppings. Alguma coisa terá de ser feita para a região escapar do estrangulamento.



Em suspense


O presidente da Câmara, Rodrigo Mattos, confirma que há um clima de expectativa e incerteza entre os vereadores, com relação à eleição de 2016. Eles têm de começar a trabalhar no caminho dos votos, mas não sabem qual será o modelo de votação, se majoritário ou proporcional, se haverá ou não coligação. Tudo no escuro.

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