terça-feira, 5 de janeiro de 2016




COMEÇOU CEDO


As preocupações em relação a 2016 não esperaram para se confirmar, mesmo que as tensões políticas tenham sido transferidas para fevereiro, quando estarão retomando as atenções os processos de corrupção e impeachment da presidente. Em Minas, para citar o exemplo de casa, os serviços estão sendo cancelados e servidores dispensados em volume preocupante. No resto do Brasil, atrasos na liberação de pagamentos e salários, o que, além dos reflexos sociais, denuncia o risco de a máquina administrativa parar de vez.

Como fator a mais para ampliar as preocupações, vem o caso das commodities, que sofreram o primeiro solavanco do ano, repercutindo a retração do mercado chinês. A interdependência da economia mundial se confirma de novo: não basta estarmos bem ou mal; dependemos também do que vai pelo resto do mundo.



OLHO NOS CHAPAS


Os principais partidos, mas principalmente o PSB e PMDB, começam a cuidar de um assunto que às vezes deixa arranhões, queixas e frustrações: a elaboração das chapas de candidatos a vereador. Os dirigentes têm de se exercitar entre interesses atendidos e aspirações recusadas, estas muitas vezes superiores àqueles.

Os atuais vereadores são candidatos naturais à reeleição, e os partidos lhes concedem vagas cativas nas chapas. Muitas vezes funciona um esquema matreiro: novas candidaturas são aceitas na medida em que possam contribuir para a legenda, isto é, as que levam determinado número de votos capazes de ajudar os candidatos preferenciais a se elegerem, mas sem o risco de os ”ajudantes” irem além do papel que estarão desempenhando, uma cilada que nem sempre suas ilusões conseguem identificar a tempo.
  

  

SEM ESTOQUE


A presidente e seus ministros, se se tomar por base o balanço do  segundo semestre do ano passado, praticamente esgotaram seus estoques de manobras e negociações políticas para superar dificuldades. Basta lembrar que entraram em 2016 confiando seu oxigênio à perspicácia e aos poderes do senador Renan Calheiros, que, por sua vez, também está sob a mira do juiz Moro a da Polícia Federal. São escassos os recursos de que dispõem hoje para uma sustentação política mínima.

Não há mais coelhos para tirar da cartola mágica.



FEVEREIRO NEGRO


A expectativa sombria vem dos Estados Unidos, precisamente de Washington. Em fevereiro a Justiça começar a tratar dos interesses dos investidores americanos junto à Petrobras, frente ao escândalo da estatal, já denunciado pelos especialistas como o maior do Ocidente em todos os tempos. O que se diz lá é que as revelações decorrentes do processo serão algo de deixar o Brasil humilhado perante o mundo.





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