quinta-feira, 7 de janeiro de 2016





MISSÃO EM MINAS



Previsões elaboradas com dados de hoje podem indicar que na campanha eleitoral deste ano ao governador Fernando Pimentel caberá um contorcionismo que seja capaz de evitar que seu partido, o PT sofra nas urnas as dificuldades da gestão, que são muitas, crescentes e diversificadas. Neste particular o estado é o menos invejável do País. Aqui, os problemas começam com a incapacidade de a Fazenda honrar em dia as folhas dos servidores, além da ameaça de sangrias mensais. Ao que tudo indica, o 13º virá retalhado, de tal forma que a última parcela chegará em véspera do benefício seguinte, situação jejuna de antecedentes.

Diante de tal quadro, além do impasse com os servidores, parece inimaginável a capacidade de o governo mineiro praticar, nos próximos meses, obras que dependam da fartura dos cofres. O quadro navega em penumbras.

Pode ser, então, que mantidas tais expectativas o governo Pimentel entre desgastado no processo eleitoral. Mas também pode ser que não, se consideradas suas consolidadas raízes com o poder central, além da notória simpatia pessoal da presidente em relação ao seu ex-ministro, que certamente viria em seu socorro, prestigiando-o com verbas e bênçãos políticas, ainda que dona Dilma também não ande se banhando em mar de rosas. Em situações anteriores ficou claro que, mesmo na quase indigência, o Planalto sempre tem algo a oferecer, que não sejam  meras migalhas.

O PT tem um projeto delta que, no primeiro estágio, pretende ganhar a maioria das prefeituras, entre elas as mais importantes. Passo inicial para tentar a reeleição de Pimentel. No estágio seguinte, decorrente, medir em que proporções seus mineiros poderão contribuir para o partido ganhar a sucessão de Dilma em 18.





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