segunda-feira, 28 de maio de 2012

Muitos ou poucos candidatos: a quem isso interessa?

Em uma campanha eleitoral para a prefeitura os interesses também estão em conflito, se a questão é saber se maior ou menor número de candidatos afeta as possibilidades de cada um deles. Quando são vários os que entram nas raias do primeiro turno a consequência natural é que se transfere a decisão para o segundo turno, porque a votação sai pulverizada e nenhum dos concorrentes consegue chegar aos 51%. Na visão dos grupos que apoiam a reeleição do prefeito Custódio Mattos, ideal é que seus opositores estejam divididos entre dois ou mais candidatos. Considerado o perfil de quem terá de enfrentar, melhor é que os contrários se dividam. Nesse particular, bom para ele seria a candidatura do ex alberto bejani. Mas, na reunião do PSB na semana passada o deputado Júlio Delgado considerou que a participação de bejani está definitivamente descartada. Como o próprio deputado é uma opção praticamente fora, já seriam dois “prefeitáveis” ausentes. Em relação ao PT. Este é o partido que teria o presente de Natal antecipado, se houvesse apenas um opositor para medir votos com Margarida Salomão, porque para ela correriam, naturalmente, os votos de oposição ao prefeito e ao governo do estado. A contrapartida seria eleitoralmente insignificante. Os contrários a Dilma não viriam em apoio aos tucanos, porque aqui eles não abrem a boca para criticá-la.
Cilada para
os fracos Já vamos entrar em junho, mês das convenções partidárias e composição de chapas de candidatos. É quando os mais fracos postulantes à vereança correm o risco de se tornarem apenas degraus por onde subirão os mais fortes. O que se diz nos partidos é que, diferentemente de outros tempos, estão chegando escaldados e dispostos a não fazer papel de “comida de onça”. Muitos vão reagir. O cuidado tem de haver, porque são conhecidos casos de partidos que desejam candidatos com estimativa de votação baixa e dentro de uma média. Eles não ganham, mas ajudam na eleição de um ou dois favoritos da cúpula. Nada de grandes performances. Participam de um banquete no qual não são comensais.
As duas faces de Demóstenes
> Não mais que por acaso, vem à lembrança um discurso do senador Demóstenes Torres, de fevereiro do ano passado, quando ele se insurgia, bravamente, contra agentes políticos que se deixavam influenciar por interesses externos. Até então granjeando o respeito e a admiração dos brasileiros, pelo caráter e probidade que aparentava, o senador era considerado uma das vozes mais influentes do Congresso, além de nunca ter sido acusado de faltar com a franqueza. Naquele discurso, ele denunciava o mal maior do Congresso: “a maioria dos senadores é muito dependente e subjugada por interesses externos”. Antigamente, quando a pessoa criticava nos outros os seus próprios erros, dizia-se que era como o diabo falando mal do inferno.
As ONGs sob nova suspeita
Na esteira dos vetos que acabam de ser apostos pela presidente Dilma ao Código Florestal, voltam à tona as críticas às ONGs – Organizações Não Governamentais, quase todas estrangeiras, que procuram, através de pressões, influir nas decisões do Executivo, tal como ocorreu agora. Com isso, deputados que veem favorecidos os ecologistas, em detrimento dos produtores brasileiros, voltam a questionar a sinceridade e o desinteresse daquelas entidades em ajudar o Brasil a resolver seus problemas. Sob o manto da filantropia ou da orientação religiosa, geralmente praticada em pontos distantes dos grandes centros (há um gosto especial pela Amazônia) elas já fizeram muito para justificar a fiscalização rigorosa de suas ações.
1 - Faz um ano que o deputado Newton Cardoso propôs o projeto de reorganização dos diretórios do PMDB no interior, considerando que foi criada uma nova realidade política com a derrota de Hélio Costa na disputa do governo. Seu principal argumento é a infidelidade partidária, problema que o partido voltou a enfrentar.
2 - Tudo acertado para a coligação do PCdoB com o PSB, resultado de reunião realizada ontem à noite. Mas os socialistas têm razão quando pedem aos comunistas que na última hora não apareçam com a candidatura de Wadson Ribeiro, que têm ”bala na agulha” para inverter os papéis da coligação.
3 O Movimento Familiar Cristão e o Comitê de Cidadania- Juiz de Fora vão promover , em junho o Painel de Cidadania, tendo como tema básico “ Eleições e Participação Cidadã.” Figuram como painelistas a professora Helena da Motta Salles, e a presidente do Comitê de Cidadania, Déa Andrade. Será no dia 19, às 19h30m, na Casa de Cultura da UFJF, Rio Branco, 3372.
4 - Há exato um ano, publicava-se a previsão da nota abaixo, que o tempo se encarregou de desmentir, pelo menos em parte: “Uma avaliação da composição do diretório municipal do PMDB, segundo seus próprios integrantes, revela que as duas correntes que o compõem – uma liderada pelo ex-prefeito Tarcísio Delgado, a outra simpática ao deputado Bruno Siqueira – quase se equiparam, quando observadas aritmeticamente. É o que permite admitir que, mantendo-se tal situação, as duas se verão animadas a promover o acordo, quando chegar o momento de compor as candidaturas”.
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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