segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pouco tempo

Só em parte, mesmo assim com uma dose de boa vontade, pode-se aceitar o argumento de deputados e senadores de que cinco dias são quase nada para que se posicionem sobre o que o plebiscito vai decidir em relação à reforma política. Quaisquer que sejam as preferências populares nessa matéria, trata-se de tema sobejamente conhecido do Congresso. Não são cinco dias. Há cinco anos todos os pontos propostos para a reforma são amplamente debatidos. O que não permite que ela avance é a falta de vontade política.
Simplificando
Itens demais para compor o plebiscito sobre a reforma política são garantia de confusão entre eleitores não suficientemente informados, e que constituem apreciável contingente. Não há tempo para uma campanha didática, principalmente quanto a itens mais complexos, como, por exemplo, as listas fechadas de candidatos em eleição proporcional e os diferentes modelos de voto distrital. A consulta precisa ser simplificada.
Despreparo
Mais uma vez, assevera a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, que a Justiça Eleitoral está equipada e aparelhada para promover o plebiscito em agosto ou setembro. Mas o que preocupa não é o preparo da Justiça, e sim o despreparo do eleitor.
Coordenador
César Grazzi, que trabalha em Juiz de Fora para a criação do PMB – Partido Militar Brasileiro, é agora o coordenador para Minas, Rio e Espírito Santo, três estados onde ele espera que sejam coletadas assinaturas suficientes para o registro da nova sigla no Tribunal Superior Eleitoral.
Faixa própria
Dois partidos – PSDB e PMDB – já dispõem de movimentos internos atuantes defendendo a tese de que não há como escapar de candidaturas próprias ao governo de Minas em 2014. Uma disposição que neste momento não interessa ao projeto que ambos alimentam de ajustar o esquema estadual à sucessão presidencial. Para os dirigentes peemedebistas, será interessante confirmar a aliança com o PT, o que destinaria ao partido um papel acessório em favor da candidatura de Pimentel. Quanto aos tucanos, bom é que as coisas não se precipitem, até que estejam definidas as alianças em torno do projeto presidencial do senador Aécio Neves.
Por extensão
O deputado Leonídio Bouças, que chegou à Assembleia para ocupar a vaga deixada por Bruno Siqueira, mergulha de corpo e alma no projeto que cria a região metropolita de Uberlândia. Considerando que se tornou deputado por causa do resultado eleitoral de Juiz de Fora, podia defender, por extensão ou gratidão, que há aqui também um velho projeto com o mesmo objetivo.

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