quinta-feira, 13 de julho de 2023

 


Eleição 2024 em pauta (XXVIII)



1- Leitor desta coluna sugere inserir na lista dos pré-candidatos à prefeitura o vereador José Márcio Guedes (PV), Garotinho, presidente da Câmara. Até o momento seu nome não tinha sido ventilado. Mesmo que Zé Márcio confirme a pretensão, não seria este o momento adequado para anunciar tal projeto, pois tem mandato na presidência da Câmara até 31 de dezembro de 2024. E, até agora, só cumpriu um semestre no cargo. A eventual revelação dessa possibilidade só traria transtornos ao presidente.


Entretanto, alguns observadores, consultados pela coluna, acham que o vereador poderia ser um candidato de centro para prefeitura. Com a desistência do empresário Wilson Rezato, o caminho estaria livre nesse espectro político. Por ser engenheiro civil, funcionário público municipal de carreira, vereador por três mandatos, tem atributos que lhe conferem currículo suficiente para pleitear o cargo de prefeito.


Caso venha a ser candidato, precisaria deixar seu partido, pois o PV faz parte de uma federação partidária com PC do B e PT, desde 2022. Como a prefeita Margarida pretende tentar a reeleição, fica inviabilizada outra candidatura nessa aliança, pois é aliança para ser mantida até 2026, como prevê a legislação eleitoral.


2 - O ex-prefeito Alberto Bejani passou a afirmar que não tem planos de disputar sua volta ao cargo em 2024. Repetiu isso durante visita que fez à Câmara, na semana passada. O que inclui a disposição de não participar da campanha de outros candidatos.


3 – Setores de direita vão dando o tom da campanha contra o PT, que terão de enfrentar na eleição do próximo ano. Fizeram com que a Câmara dos Deputados soubesse que a prefeitura investiu quase R$ 1 milhão na compra de arroz do MST. E vão além: os mesmos opositores querem saber em que estágio encontra-se o projeto de financiamento para obras de águas pluviais.


4 – A deputada Ione Barbosa dirigiu mensagem a seus eleitores, para explicar o que a levou a votar contra a reforma tributária, na semana passada. Ela definiu o projeto da reforma como “apressado e obscuro”. O que ficou bem claro, disse, é a intenção do PT de se perpetuar no poder.


5 – No programa em que reúne o depoimento dos ex-prefeitos, no próximo domingo a Câmara vai gravar com Custódio Matos, com quem o PSDB teve suas duas únicas passagens pela prefeitura.


6 – Sempre considerado um competente coordenador de campanhas eleitorais na cidade, Vítor Valverde estará ausente na próxima. Nesta semana, transferiu-se para S. Paulo, onde passa a se dedicar à iniciativa privada.


7 – Ex-deputado Antônio Jorge, muitas vezes lembrado como nome para disputar a vice-prefeitura, dizia, sábado, durante almoço no Bar do Futrica, que está fora de cogitação disputar na próxima ou qualquer outra eleição. Sua disposição vai se limitar a eventual ajuda a um amigo que concorrer.


8 - Dirigentes estaduais do Novo, que estiveram em Juiz de Fora, no fim de semana, insistiam em que é improcedente a notícia de que o governador Romeu Zema estaria se preparando para deixar o partido e ingressar no PL. Mas a especulação vai se intensificando.


9 - Um bom tema para enriquecer a próxima campanha e ensejar compromissos dos candidatos: a reforma tributária, que acaba de ser aprovada pela Câmara dos Deputados, dá aos prefeitos o direito de fixar níveis do IPTU pela via de decreto. Sem serem incomodados pelos vereadores.




As campanhas eleitorais, muitas vezes, inspiram o cancioneiro popular, principalmente quando a intenção é debochar. No comício de Júlio Campos, em Estrela do Oriente, no Mato Grosso, o violeiro esqueceu que era contratado pelo PMDB, e disparou, no palanque:


Eu agaranto a voismicê / como coisa danada / que cabocro não deve fazê / comprá terra enrolada / casá com muié falada/ morrê de morte matada/ e votá no PMDB”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário