quarta-feira, 26 de julho de 2023


Eleição 2024 em pauta ( XXX)

1 - O PDT fará um encontro, em Belo Horizonte, para debater o programa da legenda para Minas Gerais nas próximas eleições. Evento agendado para 5 de agosto, com a participação do ex-ministro Ciro Gomes, candidato ao Palácio do Planalto em 2018 e 2022, e do Ministro da Previdência Social e presidente nacional do partido, Carlos Lupi.

A deputada federal Duda Salabert estará presente, e possivelmente seu nome lançado como pré -candidata à prefeitura de BH; mas, sendo transexual, ela espera enfrentar preconceitos. Duda teve 208.296 votos para a Câmara dos Deputados em 2022.

2 - A Câmara Municipal concluiu a gravação de uma série de entrevistas com os cinco ex-prefeitos de Juiz de Fora, incluindo José Eduardo Araújo, que ficou no cargo apenas por seis meses. Um dado que se destacou é que nenhum deles tem disposição de voltar à cena política como candidato.

3 – Num evento recente, Lula reafirmou apoio ao deputado Guilherme Boulos (PSOL) como pré-candidato a prefeito de São Paulo. Em 2022, o PSOL prometeu não ter candidato próprio à Presidência da República. contrapartida foi assumida por Lulaapoiar Boulos.

Mas alguns vereadores petistas resistem Boulos à aliança, manifestando preocupação com o impacto na força do partido na cidade. Ou seja, temem a redução dos votos de legenda, devido à falta de candidatura própria.

4 - Ainda não foi desta vez que militantes de Juiz de Fora ganharam maior expressão no comando estadual do PL. Sem participação nos cargos mais expressivos, destinou-se à deputada Sheila apenas uma vaga entre os dez membros do grupo executivo.

5 - O PT já teria seu pré-candidato para disputar a prefeitura de Belo Horizonte. Segundo a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, o deputado federal Rogério Correia será apresenar ndicado.

6 - Na capital fluminense, o PT sinalizou apoiar a candidatura do prefeito Eduardo Paes (PSD) à reeleição, mas pretendendo indicar o vice na chapa, segundo informou O Globo.

Entretanto, há movimento de apresentar um nome de vice ligado a Paes, como o do deputado federal Pedro Paulo (PSD) ou do presidente da Câmara municipal, Carlo Caiado (PSD), o que, para interlocutores petistas, pode levar sua legenda a indicar um nome próprio.

7 – Nota do Jornal do Brasil, de terça-feira, considera equivocado o esforço do PT de contentar o Centrão com cargos do segundo e terceiro escalões, negando-lhe ministérios. “É exatamente naqueles níveis do serviço público que o governo e seu partido preferencial precisam ter escudeiros leais, pois são os que selecionam, liberam, atrasam ou dificultam as verbas. Sabem como complicar o que é fácil, passar por cima das decisões dos ministros”.

( Sobre esse poder oculto e latente dos escalões secundários o jurista Saulo Ramos, que foi ministro da Justiça de Sarney, tem um depoimento interessante: ” Observei que no governo federal os servidores do segundo escalão adoram ministro novo, porque fazem dele o que bem entendem. Enganam, dão informação truncada, assessoram mal. Há honrosas exceções, que são honrosas precisamente por serem exceções”).

8 - Baseando-se na votação de Bolsonaro, que dividiu o eleitorado nacional ao meio, a direita da cidade sabe que tem expressão para se articular e tentar bom desempenho em 2024. Percebe-se, contudo, certa insegurança quanto à liderança. Hoje, dispersa, sua voz ativa está apenas no vereador Carlos Alberto Melo.

9 - Prefeito do Rio, Eduardo Paes, avalia que nacionalizar a disputa de 2024 em sua cidade não é uma estratégia interessante, uma vez que ali é reduto bolsonarista. Por isso, o vice não será do PT. Nas eleições de 2022 Jair Bolsonaro conquistou 52,66% dos votos válidos na cidade, enquanto Lula obteve 47,34%.

A disputa provavelmente ocorrerá contra o ex-ministro general Braga Netto (PL), que é o favorito do partido.

10 – Com uma comissão executiva provisória, e mais dois meses para começa a arrumar o diretório municipal, o PSDB não sabe quando poderá pensar na eleição municipal. Das conversas e dos bastidores transpira a tendência de buscar uma aliança adequada. Candidatura própria a prefeito não parece animar.

11 - A CBN divulgou que a equipe do prefeito de S. Paulo, Ricardo Nunes, avalia se ter o apoio de Jair Bolsonaro em 2024 seria a melhor estratégia, uma vez que, na eleição presidencial, ele perdeu na capital paulista.

12 – Surpresos, sem saber exatamente como proceder, alguns políticos mostram-se preocupados com um fenômeno que não é novo. Trata-se do caso dos muitos municípios que, segundo o recente censo do IBGE, têm mais eleitores que habitantes. Pode ocorrer que seriam óbitos sem baixa na Justiça Eleitoral ou “fósforos”, como na Velha República era chamado o eleitor-fantasma.

Há casos na região de Juiz de Fora, como Pedro Teixeira, com 1.810 habitantes e 2.230 eleitores.. Em Chácara, onde vivem 3.075 habitantes, os eleitores sobem para 3.629.

13 - Segundo O Tempo, o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), tem adotado, nos últimos meses, postura de pré-candidato. Intensificou visitas a obras e aumentou o número de coletivas de imprensa. Além disso, reformulou a comunicação da prefeitura e levou, como conselheiro, o marqueteiro Paulo Vasconcelos.

Outras fontes da imprensa noticiam que o PT/MG tem interesse em aliança com o PSD/MG. Embora tenha pré-candidato lançado (deputado Rogério Corrêa) há possibilidade de composição, onde os petistas indicariam o candidato a vice de Fuad.

Para que o mesmo se concretize em Juiz de Fora, a prefeita Margarida (sendo candidata à reeleição) deveria ceder para o PSD a indicação do vice. O interlocutor no caso é o deputado Luiz Fernando Faria, que foi um dos agraciados com a comenda Henrique Halfeld em maio deste ano.

14 - Em 2024 vão se eleger vereadores, que são os parlamentares locais. Os registros que se tem informam que a maioria das Câmaras Municipais, Brasil afora, limitam-se a definir nomes de praças, ruas e aprovar contas de prefeitos, atribuições que, embora legais, poderiam ser minimizadas, ocupando menos espaço na agenda do Legislativo das cidades.

O foco da atuação dos vereadores deveria ser na administração, buscando transparência das medidas empreendidas pelos prefeitos, exercendo controle social sobre os atos governamentais.

Uma das maiores polêmicas em que a Câmara Municipal serviu de palco foi há 130 anos, quando os vereadores, a contragosto, tiveram de aprovar a compra da tela de Pedro Américo “Tiradentes Supliciado”, que mais tarde se tonaria a principal atração do Museu Mariano Procópio. Isso se deu em 27 de julho de 1893. Alguns votos, contrários, lembraram que o pintor exagerou na visão sinistra do que de fato ocorreu com o herói da nacionalidade. A obra já chegava a Juiz de Fora sob críticas de autoridades em artes plásticas, alegando que o pintor podia ter optado por outras fases da vida e do martírio de Tiradentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário