A Pauta é Política
6 junho 2025
DEFINIÇÕES
Junho apenas começou, mas, quando terminar, vai se fechar, igualmente, a temporada de meras especulações sobre a sucessão do governador Romeu Zema, começando a fase de alinhamento das reais possibilidades de partidos e candidatos. Um detalhe importante nesse quadro é o papel do senador Rodrigo Pacheco, notoriamente candidato preferido do presidente Lula e de seu partido, PT.
O que impediu, neste primeiro semestre, que as conversações evoluíssem foi a conduta do senador, pretextando desinteresse. Para alguns, trata-se de mero jogo de cena.
A disposição de petistas influentes é não permitir que Pacheco prorrogue por demais a incerteza. Se ele não for candidato, o partido começará logo a avaliar as poucas alternativas domésticas para entrar na disputa.
DEFINIÇÕES (II)
Com o ano eleitoral cada vez mais próximo, os partidos – grandes e pequenos – começam a avaliar sua capacidade e forças para ir ao encontro do eleitorado. Um deles é o REDE, que, em Juiz de Fora, tem uma cadeira na Câmara Municipal, com o vereador Maurício Delgado. Há dias ele esteve em Belo Horizonte, e ouviu dos dirigentes que pode ser um nome para disputar. No mínimo, uma vaga na Assembleia Legislativa.
Maurício é, atualmente, a possibilidade de a tradicional família Delgado manter-se atuante na política.
MELLO REIS
Interessante o comentário da prefeita Margarida, ao reconhecer valor na administração Mello Reis ao implantar a pista central na avenida Rio Branco. É exemplo lembrado. A gestão do falecido prefeito Mello Reis, com mandato de seis anos, foi inovadora em vários aspectos do planejamento na administração, inovadores para a época, contando com as boas relações com o governo federal, pois Mello foi eleito pela ARENA, partido governista de então.
Na mesma entrevista, ela aproveitou para pontuar a sucessão na prefeitura, com tamanha antecedência, lembrando que a gestão Mello Reis não conseguiu fazer sucessor, embora tenha sido exitosa. Ela vislumbra eleger quem a sucederá.
MOROSIDADE
O modelo legislativo brasileiro tem, entre seus defeitos, a morosidade. De forma que, não raro, quando chegam as leis, elas já estão desatualizadas ou defasadas. Outra coisa não foi o que se viu, na semana passada, quando o Senado votou o marco legal para licenciamento ambiental, matéria ali adormecida durante quatro anos, que, somados aos 17 por que passou na Câmara, perfaz a maioridade dos 21 anos! Resta outra caminhada, que se presume da mesma longevidade, porque, tendo o texto incorporado alterações substanciais, tem de retornar à Câmara, sem que se saiba quando vencerá os novos trâmites.
O marco trata de ocupações, permite a simplificação e flexibilização de licenças para exploração da terra, mas vem encontrar uma realidade inteiramente diferente daquela que então preocupava o parlamento duas décadas atrás.
AMBRÓSIO
Transcorreu, ontem, o centenário de morte de Ambrósio Vieira Braga. Foi quem administrou a cidade, como agente executivo, no fechamento do século 19, de 1898 a 1900. Presidiu a Câmara e foi um dos fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia. Hoje, é lembrado apenas por dar o nome a uma galeria que liga as ruas Halfeld e Marechal Deodoro.
FORA DO AR
A disposição de Lula parece indicar preferência por longas caminhadas pelo interior, nas próximas semanas, desejoso de estreitar convivência com as populações, em particular com o eleitorado, mesmo sem poder garantir, desde já, se estará disputando novo mandato. Contudo, se os dias atuais nos atropelam, e ainda distante a sucessão, mais adequado é ele sentar praça em Brasília, interromper a conhecida animação por viagens, e tomar as rédeas das soluções para os muitos problemas que estão afligindo a sociedade brasileira. Hoje, ele dá ideia de que tudo pode ser delegado.
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