sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016





 AFTER DAY


Os políticos costumam dizer que, para se tomarem decisões importantes, é preciso esperar o carnaval passar. Antes dele, muito menos durante ele, nada se acerta, nada está valendo,  até porque esse é o tempo do faz de conta. O governador Hélio Garcia não discordava, mas entendia que em ano de eleição melhor mesmo é esperar que passe a parada de Sete de Setembro...

Neste 2016 o carnaval de fevereiro parece se tornar um divisor ainda mais sensível, porque é depois dele, portanto daqui a uma semana, que o governo traça seu destino: ou reorganiza as bases de apoio e cria um novo modelo de diálogo com o Congresso ou terá de  enfrentar momentos delicados, tendo o impeachment da presidente como ameaça constante. Se são raros os que hoje ainda apostam no impedimento de dona Dilma, são muitos os que admitem a ameaça como trunfo indispensável dos opositores.

Soma-se ao quadro de expectativas a situação complicada dos presidentes da Câmara e do Senado. E o destino do ex-presidente Lula, o mais complicado e implicado dos brasileiros, a dele pendentes algumas questões políticas, como a vida do PT.

De modo geral, o que se tem recomendado é que esses homens e mulheres tão envolvidos aproveitem bem o carnaval.  Depois da quarta-feira de Cinzas as coisas podem mudar, muitas máscaras podem cair.



ESQUECIMENTO


O deputado Fábio Ramalho, coordenador da bancada de Minas no Congresso,  tem queixas amargas em relação à presidente Dilma. Acusa-a de ignorar os interesses do Estado, e foi à tribuna para relacionar uma série de obras que o governo tem esquecido.

Ramalho manifestou particular tristeza em relação aos sentimentos de solidariedade de dona Dilma: quando ocorreu o massacre terrorista de Paris, no mesmo dia ela se manifestou em nome do governo;  na tragédia da barragem de Mariana, só muitas horas depois.



CARNAVAL


A Funalfa, que coordena a programação do carnaval, patrocina e promove neste ano nada menos de 80 eventos, excluídos os desfiles das escolas de samba, pois as entidades consideram insuficiente a verba oferecida pela prefeitura.

Assim, a base dessa grande festa popular são os blocos. E é através deles que o carnaval ganha um caráter mais espontâneo, exigindo pouco dos foliões. E, diferentemente das escolas, que se concentram na avenida, os blocos também fazem a alegria dos bairros.






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