quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016





PRETO NO BRANCO


Para o deputado Marcus Pestana, PSDB, a política nacional e suas crises chegaram a um estágio em que se torna indispensável o ex-presidente Lula vir a público para confessar e explicar suas “relações incestuosas” com as empreiteiras e os favores delas recebidos. Sem isso, sem que tudo fique bem explicado, a política e o governo vão continuar patinando.

Pestana deu a sugestão durante entrevista na TV Câmara, da qual também participava o deputado petista  Bonh Gass, para quem tudo que se tem dito contra Lula é balela, mentira. O deputado mineiro nada mais podia fazer além de responder com um sorriso sarcástico.



FIM DE FESTA


A previsão é unânime e promete ser mais acertada que as indicações dos meteorologistas: a crise política brasileira espera apenas que assentem as poeiras do carnaval para retornar ao cenário com toda intensidade. O próprio governo parece acreditar nisso e se agarra nos ministros de confiança para reorganizar a base parlamentar que se deteriorou. Prova das dificuldades é que a CPMF, salva-vidas que a presidente Dilma lançou em seu mar revolto, entra na Quaresma condenada ao naufrágio.

Mas como miséria pouca é bobagem, agora ainda cai no colo ao Palácio do Planalto a responsabilidade de salvar os costados do senador Renan Calheiros, contra quem, mais uma vez, voltam-se as atenções policiais.




SEM EXPLICAÇÃO


Não há quem possa negar virtude nos governos europeus e intelectuais de todo o mundo ao clamarem acolhida e abrigo para milhares de refugiados do Oriente, que fogem de seus países em conflito. Palmas principalmente para o Papa Francisco, em quem o sentimento humanista nesse particular superou reservas da Igreja em relação ao islamismo. Assim definido, não custa perguntar onde fica nessa história de aventuras e desassossego o papel dos países árabes, que não se mexem. Dos refugiados eles têm a mesma língua, a mesma cultura, a mesma crença religiosa, riquíssimos, mas nem por isso abrem suas fronteiras aos irmãos de raça. Por quê?

E por que os refugiados jamais procuram o asilo árabe, preferindo Alemanha, França e Hungria, que culturalmente com eles nada têm a ver. O que dizem a Arábia, Irã, Emirados, Iraque, Dubai tão próximos, tão ricos, onde todos os dias cinco vezes se invoca a proteção de Alá para os que sofrem.




MONOTONIA


A TV por assinatura, que se pretende uma opção para quem já não se satisfaz com os canais abertos, chegou a um ponto em que precisa se reciclar e aperfeiçoar seus serviços. Ela caiu na vala comum das repetições, das coisas desinteressantes. Não pode continuar assim. Certamente que há programação muito melhor para oferecer.

Aciona-se o controle remoto e lá vêm os pastores e missionários vendendo milagres por atacado ou a granel em seus 8 canais exclusivos. Os informativos, tendo todo direito de reeditar as pautas mais importantes, fariam grande favor se arquivassem as baboseiras, que são numerosas. E os filmes? Estes, pelo que se sente, programados infinitas vezes, dias seguidos, é como se o telespectador desejasse memorizar invasores, demolidores, super-homens, os vampiros e vampirezas. Enfadonho.






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