quinta-feira, 11 de janeiro de 2018







Prefeito essencial


Juiz de Fora é uma cidade geralmente administrada com cuidado pelos seus prefeitos, ao longo do tempo. Com seus quase 168 anos de emancipação, ela atualmente beira os 600 mil habitantes pelos dados do IBGE (há quem estima população maior). Já foi considerada a 'Manchester Mineira' em homenagem ao seu melhor ciclo econômico. Esta cidade-polo da Zona da Mata teve o prefeito Itamar Franco na Presidência de República e no governo de Minas. É uma cidade mineira e histórica,  portanto.

O atual ciclo econômico de Juiz de Fora não é dos mais favoráveis. O setor econômico majoritário é o de serviços. Temos uma população ampliada na busca da oferta de educação, saúde e do variado comércio. Com isto, tem o município uma arrecadação de impostos modesta, e fica dependente de verbas da União e do Estado de Minas para realizar obras de maior envergadura.

 Na história recente da cidade ela contou com prefeitos dedicados e operosos, salvo uma exceção, que por isso mesmo valoriza os demais. A exceção chama-se alberto bejani, que escreveu o momento abjeto de nossa história.

O prefeito Bruno Siqueira acaba de completar cinco anos de efetivo exercício na administração municipal. É político por vocação, administrador austero. E esta época de recursos limitadíssimos acaba destacando nele o gestor atento a detalhes e motivador da equipe, para realizar bem o serviço publico com os recursos disponíveis. Recursos cada vez menos disponíveis.

Para avaliar uma administração com justiça é preciso tomar por base vários parâmetros e confrontá-los com a realidade. Um bom prefeito é aquele que consegue minimamente atender demandas políticas dos eleitores, ter boa interlocução com a Câmara Municipal e manter o equilíbrio fiscal nas contas do município.  Este é o prefeito essencial.

 O atual às vezes sofre críticas da oposição, o que é normal, até porque ela é necessária para ajudar na administração pública. Acontece que ocorrem exageros nas redes sociais, quando opositores (no conforto do quase anonimato da internet) enunciam eventuais falhas, questionam a ausência de grandes empreendimentos e cobram pequenas realizações de serviços com rapidez numa cidade da dimensão que temos. Mas, mesmo assim, são úteis ao gestor municipal, pois apontam problemas a serem solucionados.

Nas últimas décadas os prefeitos foram reeleitos na sequência dos mandatos ou de forma alternada, deixando suas marcas administrativas, salvo a citada lamentável exceção. Uns querendo avançar a cidade com base no crescente progresso econômico;  outros querendo manter sua pólis, de um jeito melhor para se viver.





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