quinta-feira, 4 de janeiro de 2018






Propaganda eleitoral



Formalizadas as candidaturas no final do semestre, resultado das convenções partidárias, a Justiça Eleitoral determinará a abertura da temporada de caça aos votos; consequentemente, a propaganda dos candidatos no rádio e na TV. É preciso que o TSE reexamine dispositivos que tratam da matéria, não apenas para socorrer os telespectadores, mas para que se dê cumprimento ao espírito que inspirou a divulgação de partidos, nomes de candidatos, suas ideias e programas. Na verdade, o objetivo dos programas eleitorais sempre se revelou distante do ideal. É preciso aperfeiçoar um recurso que, bem cumprido, pode oferece grande contribuição à representação política.

Os partidos bem que deviam, com tal propósito, ler o texto de um ensaio do professor Geraldo Brindeiro, da cadeira de Direito Constitucional da Universidade de Brasília, publicado em junho de 1991. O resumo, pela sua atualidade, já seria suficiente:

“É notória a insatisfação do público com o baixo nível dos programas eleitorais dos partidos políticos e dos candidatos no horário gratuito. É evidente que não há solução de curto prazo, se o problema mais grave é o baixo nível dos próprios candidatos. É possível, porém, promover uma completa reformulação nas técnicas de organização e na utilização da publicidade e do marketing político no horário eleitoral gratuito, para permitir que seu objeto legal de difundir as ideias, os programas e os projetos de governo dos partidos e dos candidatos seja realmente atingido“.

A ineficácia desses programas, segundo o professor Brindeiro, se releva nos seus baixíssimos índices de audiência.  



 TV por assinatura 



É de se esperar que neste novo ano a chamada TV a Cabo providencie a reciclagem dos serviços prestados, revendo, ampliando ou aperfeiçoando suas grades de filmes e telejornais. Estes, independentemente da qualidade, muitas vezes pecam pela exagerada repetição das matérias. As reedições, para o gosto de quem vê, podiam ser maquiadas com atualização mais rica.

Quanto aos filmes dá-se a entender que a intenção é fazer o telespectador decorar o enredo, tal a insistência em repeti-los. Zorro, Demolidor, Fugas de Alcatraz, Rambo, o gorila King Kong na torre, Anaconda, Cidade de Deus. Hotel? Trivago!

Os pacotes oferecidos começam por decretar oito ou dez canais de pastores evangélicos, que vendem milagres por atacado e a granel. Outros tantos, com gente de toda parte fazendo comida e explicando como elaborar pratos, quando poucas pessoas estão na cozinha. Em outros canais, intermináveis novidades para o visual feminino. Nada é tão ideal que não possa ser aperfeiçoado. 








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