quarta-feira, 10 de janeiro de 2018






Quem tem medo de Huck?


Na política brasileira há sempre motivos para comentar os fatos, sobretudo os movimentos dos políticos, que mudam de direção e de sentido com agilidade. No passado, o mineiro Magalhães Pinto teria dito que a política é como nuvem: muda de forma  a todo momento. A frase, que foi dita pela primeira vez por Raul Soares, continua atualíssima no cenário atual, sobretudo em ano eleitoral, quando elegeremos quem vai ocupar a Presidência da República a partir de 2019.

O movimento político relevante desta semana foi o Partido dos Trabalhadores,  através dos seus líderes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que entraram com representação no TSE contra a Rede Globo de Televisão, Fausto Silva (apresentador desta TV) e  Luciano Huck (apresentador) pelo fato de Huck ter se manifestado  no domingo (dia 7) em um quadro do 'Domingão do Faustão' sobre a política, os políticos, e sobre sua eventual candidatura a presidente, entre outros assuntos. A alegação é de que Huck e a TV Globo estavam exorbitando do poder econômico em favor de uma candidatura presidencial. Pedem a inelegibilidade de Huck ou a cassação do seu eventual registro de candidatura, além de pagamento de multa por parte dos apresentadores e da Globo. Mais judicialização na política.

A reação imediata dos líderes do PT supõe que temem a candidatura do Huck, talvez por conhecer o potencial do apresentador de TV, avaliado em alguma pesquisa qualitativa; e com o apoio da Globo pensaram que Luciano Huck ficaria altamente competitivo, ameaçando os planos de eleição do ex-presidente Lula (PT). Talvez tenha sido uma trapalhada momentânea dos líderes afoitos em mostrar serviço para a militância. O fato é que Huck poderá desistir da renúncia, que fez no ano passado, de ser candidato. Pode ser mais um 'balão de ensaio' no laboratório da nossa política em antevéspera de eleição.







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