terça-feira, 22 de setembro de 2015




REFORMA


Qualquer reforma ministerial, seja em que circunstância ocorrer, tem tudo par mexer com a política. A reforma que a presidente Dilma promete para esta quarta-feira não haveria de ser diferente, embora logo saliente o ponto nevrálgico da questão: até que ponto serão afetados os interesses da base aliada? Porque se as correntes de apoio saírem feridas o governo assina seu atestado de óbito na discussão parlamentar de temas que dizem respeito a questões imediatas. Mas se esses interesses forem preservados e não entrarem na berlinda a reforma ministerial logo se revelará insuficiente.

Outra variação em torno do mesmo tema é a redução do número de ministérios. Aí uma eficácia mínima que seja fica na dependência da extinção corajosa de pastas e de cargos, sem o piedoso remanejamento de milhares de ocupantes de cargos de confiança, que são os mais caros e quase sempre improdutivos.

Seja como for, a presidente terá de mostrar coragem, sem ignorar que nesta altura dos acontecimentos a amizade e a lealdade escasseiam.




MALDIÇÃO



A luta de dona Dilma é também uma luta para escapar da maldição do segundo mandato. Nenhum presidente que foi ao cargo pela segunda vez saiu-se melhor que na gestão anterior. Quando a coisa não acabou de maneira mais trágica. Lincoln foi assassinado, Nixon caiu por força de impeachment, George Pompidou morreu de câncer, Getúlio Vargas suicidou-se, De Gaulle renunciou em 69 no segundo mandato, depois que os franceses lhe negaram voto de confiança em plebiscito. Foram muitos os casos. 




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