quarta-feira, 9 de março de 2016





CORRIDA FINAL


Este resto de semana pertence às especulações e fatos concretos em torno das chamadas delações premiadas, que passaram a ser o abraço dos afogados que o juiz Moro tem mandado para a prisão. Quem pretende se livrar da pena ou reduzi-la tem de andar ligeiro, porque o tempo é curto e a Justiça, já tendo dados suficientes para instruir processos, quer informações preciosas e inéditas capazes de significar novidade. Essa corrida ao prêmio da delação e as expectativas em relação aos protestos do próximo domingo ampliam o campo das tensões.

Quem tem algo a dizer que o diga logo.  

Estas são horas de ansiedade, quando se observa que a presidente Dilma já não mais navega em águas costeiras, mas vai entrando pelo mar em tempo de tempestades e tubarões.



REVOADA


Primeiro sinal do painel que vai se formar em torno das eleições de outubro, vários vereadores  mudaram de partido, resultado da avaliação que fazem de suas chances de reeleição. Mudanças que também podem provocar algum significado na eleição do prefeito; mas num primeiro passo o que eles pretendem de fato é traçar melhor seus próprios caminhos.

Primeiro resultado dessa revoada: o PSC, com quatro vereadores, torna-se a bancada majoritária na Câmara Municipal.



PALESTRA


Quem estará em Juiz de Fora em abril é o ex-senador Pedro Simon. O dia da chegada ainda não foi definido. Simon vem para pronunciar palestra sobre a atualidade brasileira, a convite de Marcello Siqueira, presidente do Instituto Itamar Franco.



QUESTÃO DE H


Aos que tiveram oportunidade de acompanhar presencialmente ou pela televisão ficou a impressão de que foram brilhantes os advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda que sua palavra não tenha sido suficiente para salvar o cliente de um processo que pode lavar à cassação de seu mandato por causa de corrupção e envolvimento no Lava Jato. Os ministros não se deixaram seduzir, atendo-se aos fatos.

O caso faz lembrar o poeta Kalil Gibran: o juiz deve julgar pelo que houve e não pelo que ouve. 




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