segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Subsídio como questão de merecimento

Toda vez que os vereadores reajustam seus subsídios, aqui ou em qualquer cidade, a população protesta, principalmente porque entende que, diante de tamanhas dificuldades dos assalariados e dos servidores públicos, é inaceitável que eles votem uma substancial remuneração em proveito próprio, sabendo-se que o compromisso legislativo não impede que mantenham atividades rentáveis.
Os saudosistas da ética antiga na política gostam de lembrar que em legislaturas passadas, como a de 47, que se seguiu à redemocratização, o vereador nada ganhava e ainda pagava multa pela sessão a que deixava de comparecer sem motivo razoável. Mas os tempos derramaram o leite, e de nada adianta reclamar.
Até que apareça um raciocínio melhor, parece que o subsídio de R$ 15 mil para o vereador é modesto e insuficiente para uns cinco ou seis que estão na Câmara. Pela dedicação e espírito público, mereciam receber mais. Quanto a outros, pobres de neurônios e legisladores em causa própria, de comovente incompetência, entregar a eles R$ 15 mil todo mês dói no bolso do contribuinte. É gravíssimo desperdício, abençoado pelo eleitor que lhes confiou o voto desinformado.
Para não se tocar mais no assunto: O reajuste do subsídios é pouco e é demais. Depende de quem o põe no bolso.

(( Em tempo: a explicação de quem votou contra o aumento foi para atender a uma questão ética só ganha credibilidade no dia em que esses se recusarem a receber o dinheiro que virá a mais no holerite. Estão diante do mesmo desafio moral que se impõe ao ex-prefeito alberto bejani: seu apregoado arrependimento só vai valer no dia em que ele devolver o que levou))


Cem cidades para Lula
trabalhar na campanha

O ex-presidente Lula está recebendo a última carga de quimioterapia para combater o câncer; logo saberá como terá de evoluir para a radioterapia. Dependendo dos resultados que obtiver, poderá receber autorização dos médicos para entrar na campanha eleitoral de 2012, o que ele diz desejar ardentemente.
Nos altos escalões do PT que têm relação direta com o ex-presidente a expectativa é que, mesmo sendo favorável a conclusão médica, ele não terá disposição para grandes maratonas. Ficará preso a um roteiro que não terá mais de 50 municípios, com prioridade para os que têm mais de 80 mil eleitores. A se adotar tal critério, Lula virá a Juiz de Fora pedir votos para o PT e seus aliados.




Um plebiscito fora
do bom senso

O território do Pará não será dividido em mais duas unidades, para se cumprir o que decidiu o eleitorado local em plebiscito que não deixou dúvidas quando à preferência local. O que ainda não terminou, e fica merecendo discussão mais longa e profunda é sobre o direito dos demais brasileiros, não apenas os paraenses, de terem participação em decisões dessa natureza. Se somos uma organização federativa, os não paraenses deviam ter sua participação plebiscitária, como lembra o ministro Marco Aurélio, do STF. Se estivesse em tela a desvinculação da Zona da Mata do resto de Minas, quem mora no Pará também devia ser consultado.
Novas unidades federativas alteram a composição do Congresso. E todos temos a ver com isso.


Êxito em 2012 passa pela
organização partidária


A receita é do secretário da executiva municipal do PPS, Carlos Alberto Gasparete: o esforço dos candidatos a vereador para conquistar a cadeira será muito maior se eles não contarem, na retaguarda, com a estrutura de um partido bem organizado. Mas a organização só se efetivará se os próprios candidatos cuidarem de participar, conhecer, estudar e cumprir a legislação eleitoral, como explicou o secretário em reunião preliminar no final da semana. Cada um tem de ver,desde já, como está sua situação na Justiça Eleitoral, diante do temor da Secretaria de que pode haver caso de dupla filiação.
Gasparete, que já foi vereador, prometeu passar sua experiência aos que vão disputar (informou que não é o seu caso), acha que, vista de hoje, a possibilidade do PPS está em eleger dois vereadores.” Três seria muito difícil, mas não impossível”, comentou.




Modéstia
relativa

Comentava-se, com certa ironia, que na hora do reajuste dos subsídios, os vereadores de Uberlândia foram ligeiramente mais modesto que os colegas de Juiz de Fora. Lá o vereador passa a ganhar R$ 15.000,00; aqui, R$15.031.00. Em compensação, no Triângulo as cadeiras da Câmara vão ser aumentadas de 21 para 27.


Prazo para
torturador

Termina dentro de 24 horas o prazo dado pela Organização dos Estados Americanos para que o governo brasileiro adeque sua legislação, de forma que a Justiça possa chamar à responsabilidade civis e militares acusados de prática de tortura contra presos políticos, durante a ditadura que se seguiu ao golpe contra o presidente João Goulart em 1964 .
O mesmo foi exigido do Uruguai e Argentina. Quanto ao Brasil, nada, por enquanto.



Lidar com o
flanelinha

Como aqui, Belo Horizonte também não está livre das jovens quadrilhas que tomam de assalto os lugares públicos e os alugam para carros que estacionam, não sem ameaçar os donos que reagem. E vão se aproveitado, enquanto o poder público estuda como definir esse assalto como problema de garotos excluídos.
Certo fez o deputado Sargento Rodrigues. Estacionou o carro, identificou com nome e endereço o flanelinha que lhe cobrava R$ 10, 00, e prometeu mandar prendê-lo se encontrasse algum dano no veículo.



Diretório
registrado

Marcos Pinto, novo secretário executivo do PPS, está em Belo Horizonte, com a missão de registrar os documentos que tratam da definitiva transformação da comissão provisória do partido em diretório municipal. A direção estadual cuidará de informar o novo status ao Tribunal Regional Eleitoral. É a primeira vez, nos últimos cinco anos, que um novo partido ganha essa ascensão.


(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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