quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nova safra

Parece ser disposição do Tribunal Superior Eleitoral deixar para o segundo semestre qualquer decisão sobre formação de novos partidos políticos, notícia que não é do agrado dos grupos interessados, que precisam andar ligeiro para poderem influir nas eleições de 2014. Há 20 novos partidos na fila aguardando o sinal verde do TSE. Apenas um entre eles, o Partido Militar Brasileiro, tem simpatizantes se articulando em Juiz de Fora.
À margem
Se há matérias incapazes de sensibilizar o Congresso, a proliferação dos partidos políticos é uma delas. A explicação para o descaso vem revelada em dois pontos. O primeiro é que, quando são muitos e pouco exigentes quanto às propostas programáticas, os partidos vigentes servem a eventuais mudanças de filiação, e os voos de infidelidade sempre são bem-vindos. O segundo ponto é que, sendo os excessos do pluripartidarismo um desserviço à democracia, são condenados pela unanimidade dos discursos parlamentares. Mas, da boca pra fora, porque no Congresso sempre que há uma questão sem divergência o destino dela é a gaveta.
Velho sonho
Certamente por causa do velho sonho de construir a nova sede segundo projeto que ela própria elaborou, a Câmara Municipal nunca revelou grande interesse em ganhar nova sede em imóvel pronto. Talvez por isso não se entusiasme com a retomada da discussão em torno de uma permuta entre estado e município, na qual os vereadores ficariam com o prédio do atual Fórum.
Participação
Quando se fala na necessidade de o jovem estar mais integrado no contexto social do seu tempo, isso deve incluir a participação na política, atuando no sentido de aperfeiçoá-la, disse o arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Odilo Scherer, durante entrevista na Rede Vida. Essa participação renovadora tem sido apontada por outros prelados como a única chance de a política brasileira melhorar.
Pauta prioritária
Membros da Mesa diretora da Assembleia estarão em Juiz de Fora na segunda-feira, para mostrar o balanço das atividades legislativas de Minas no ano passado, estando prevista uma homenagem especial ao prefeito Bruno, que até outubro integrava a Casa como membro da bancada do PMDB. O relatório vai tratar de matérias de importância para todo o estado, mas seria interessante uma exposição dos projetos e indicações ainda pendentes e de interesse da microrregião de Juiz de Fora.
Explicando
Houve quem estranhasse o fato de em Juiz de Fora nenhum partido político de expressão tomar a iniciativa de colher assinaturas de eleitores para propor o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros. Pois seria verdadeiramente estranhável se ocorresse tal providência, pois a eleição de Renan foi obra do PMDB, PT, PSDB, PSB e outros não menos culpados. Esperar deles o quê?
O que é melhor?
Começa uma discussão, para alguns matéria bizantina, para outros essencial. Em se tratando do projeto de Aécio Neves de disputar a presidência da República, o que seria melhor: a disputa direta e exclusiva com dona Dilma ou a participação de vários candidatos?, de forma que os votos do governo fiquem divididos. A tendência dominante entre alguns tucanos é admitir que a fartura de candidatos seria benéfica ao projeto do senador mineiro. Nesse sentido, já seriam bem-vindas as candidaturas de Marina Silva e Eduardo Campos.
Outros tempos
Tirante excessos de saudosismo, que tendem a desmerecer tudo que veio e aconteceu depois dos últimos 50 anos, forçoso é reconhecer que a indústria de Juiz de Fora teve um apogeu que despertava admiração de todo o País. Basta lembrar. Está fazendo 90 anos hoje que as indústrias locais abiscoitaram os melhores prêmios da Exposição Internacional do Centenário da Independência, realizada no Rio: Grande Prêmio para Costa, Irmão & Cia. Medalha de ouro para Cervejaria José Weiss, Oto Loefler & Irmão, L'Astorina & Cia, Companhia Morais Sarmento e Companhia Santa Cruz. Medalha de prata para Meurer, Irmão & Cia. A medalha de Bronze ficou para Cristiano Horn & Cia. À Pantaleone Arcuri coube o diploma de honra.
Probidade
O Departamento de Probidade da Advocacia–Geral da União revelou, recentemente, que em 60% dos desvios nos órgãos responsáveis pela distribuição dos recursos destinados aos serviços da Saúde e da Educação figuram como principais culpados os prefeitos de pequenos e médios municípios, onde raramente desembarca o interesse da fiscalização. É importante lembrar que esse tipo de corrupção é antigo; veio de outros governos, embora tenha prosperado sensivelmente a partir do reinado de Lula.
Vista grossa
Pelo que se sabe, são muitas as unidades de ensino superior que não dão bolas para a engraçada Lei 12.605, já regulamentada, que reza em seu Artigo 1º: “As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.”
Generalidades
Então, é engenheiro ou engenheira, advogado ou advogada, médico ou médica. Lei bastarda daquela bobagem de condenar dona Dilma a ser presidenta. A tal lei tem de cair no esquecimento, até porque não é clara quando a palavra é a mesma para ambos os sexos, como dentista, economista, jornalista, policial, cientista, comandante, entre outros. Como se chamarão: “dentisto", ”jornalisto”?. E quando uma jovem formada pelo Senai optar pela profissão do companheiro Lula? Seria torneira mecânica?
Morre Fernando Lyra
O ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, um dos principais colaboradores de Tancredo Neves na transição democrática, morreu ontem, às 16h50m, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Lyra estava internado no Incor desde 5 de janeiro, para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva grave (que o acometia há cerca de 20 anos) , associada a quadro de infecção sistêmica e à insuficiência renal aguda.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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