terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os divididos

Quando no PSDB o grupo mineiro toma a iniciativa de abrir o debate em torno da sucessão presidencial, e traz o senador Aécio Neves como pré-candidato, os paulistas reagem, impõem dúvidas e ressuscitam a tese das prévias. No Nordeste, onde está o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, a ala cearense dos irmãos Gomes garante que há outros nomes a considerar. E Campos adverte que o Ceará não fala pelo partido.
Governo pontua
Se os adversários se dividem, quando o jogo nem começou, quem conta ponto é o governo, porque sua candidata certamente não sofrerá esse tipo de problema na base. E mais ainda, porque vive a expectativa de aplaudir um racha no campo adversário, graças à ex-senadora Marina Silva, que chega criando novo partido, querendo se apropriar de propostas e ideias que são naturalmente da oposição. Em toda guerra, nos campos ou nas urnas, o primeiro passo para quem quer vencer é dividir o inimigo.
Quem chega
O presidente da Cemig, Djalma Morais, vem à cidade na sexta-feira, quando visita a Santa Casa de Misericórdia e inaugura o novo sistema de energia consumida pelo hospital. O sistema está baseado na energia solar, e vai representar economia significativa para a instituição.
Três queixas
Tão logo assumiu suas funções, a equipe do prefeito Bruno identificou o primeiro objeto de crítica à administração anterior. Referia-se ao fato de ela ter transferido uma dívida da ordem de R$ 35 milhões. Passados dois meses, foram acrescidas mais duas queixas: os recursos para obras viárias foram apenas prometidos, não consolidados, e a paralisação das obras da adutora de Chapéu D'Uvas.
Entre cristais
Ainda sobre as queixas em relação às heranças de Custódio: além dos mosquitos da dengue, que lhe zunem aos ouvidos, o secretário de Saúde, José Laerte, presidente do PSDB, partido da administração anterior, corre o risco de acabar em situação delicada. Não pode deixar de defender o prefeito passado, mas sem atacar o prefeito presente.
Endereço certo
O movimento intitulado “Salvem o Cine Excelsior” está atirando em direção errada, quando reclama a preservação do imóvel, por nove vezes negada pelo órgão municipal competente. Não adianta atacar os proprietários, nem ofender o Comppac, como fizeram cinco vereadores derrotados e hoje secretários municipais. O que esse movimento tem a fazer é virar seus canhões na direção daqueles secretários, para que, coerentes, exijam do prefeito a desapropriação do imóvel.
Solução difícil
Reuniões promovidas pela Assembleia Legislativa, uma das quais realizada no ano passado em Juiz de Fora, para debater o problema da dívida de Minas com a União, continuam pontificado o óbvio: reconhece-se o compromisso, lamenta-se a total falta de condições para honrá-lo, denuncia-se a ditadura dos juros, mas não são apresentadas soluções viáveis. Bom seria um maior envolvimento do governo federal, credor interessadíssimo. Justifica-se: quando a dívida é muito alta, o problema é mais do credor do que do devedor.
Puxador de votos
O candidato a governador,independentemente de suas possibilidades eleitorais, é importante para quem disputa uma cadeira de deputado, porque ganha um palanque privilegiado, consegue agregar custos à campanha majoritária e divide a propaganda. Em 2014 será eleito o sucessor de Anastasia, e os candidatos a deputado já começam a elaborar planos.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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