segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O jornalismo sem Fritz

Fritz Urzeri, 68 anos, um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, será cremado hoje à tarde no Rio, cidade onde realizou toda a sua vida profissional, depois de diplomado em Medicina, que nunca exerceu. Ele morreu ontem, após uma longa luta contra o câncer linfático. Trabalhou principalmente no “Jornal do Brasil”, onde ingressou em 1968, mas na década passada também residiu alguns meses em Juiz de Fora, a convite de Omar Peres, para implantar o ”Panorama”. Onde quer que estivesse, foi um mestre para gerações de jornalistas, como também escrevendo ou despertando os jovens para a luta pela redemocratização do País. O nome Fritz foi herdado do pai alemão, que ele não chegou a conhecer, porque morreu em uma motocicleta com a explosão de bomba na Segunda Guerra Mundial. Conta o amigo Sérgio Fleury que sua mãe Elza, italiana, já tinha fugido para o Norte da Alemanha, como fizeram todas as mulheres grávidas naquela época de guerra. “Certamente essa aventura foi a primeira de suas muitas estórias de vida! Com dois anos de idade veio para a América Latina com a mãe, direto para Assunção, Paraguai. Ao Brasil, chegou com sete anos”.
Favoritismo
No momento em que Aécio Neves intensifica contatos com os tucanos paulistas, procurando consolidar sua candidatura à presidência, o deputado Marcus Pestana, que comanda o PSDB em Minas, revela otimismo e admite que o senador mineiro já reúne hoje 90% de preferência dos filiados em uma eventual prévia.
Espetada
Ainda sobre o deputado Marcus Pestana, que entre todos os tucanos mineiros é o que mais fustiga o PT. Ele sugere ao partido adversário que cuide de se pacificar e se unir, antes de pensar em lançar a candidatura de Fernando Pimentel ao governo do estado.
Permanência
O PPS, que foi criado em Juiz de Fora sob orientação do secretário de Saúde, Antônio Jorge Marques, figura entre os que não preveem mudanças na estrutura do diretório municipal em março. Nada há que recomende a substituição do grupo liderado pelo presidente Bernardo Martins e o secretário Marcos Pinto.
Velha arenga
Toda vez que se reajustam os preços de combustíveis, segue, automaticamente, a ameaça dos órgãos oficiais de fiscalização severa dos abusos e aplicação de multas aos distribuidores que avançarem no bolso do consumidor. O caso, por exemplo, dos estoques antigos, vendidos com o preço dos estoques que ainda não chegaram. Geralmente as ameaças terminam como começaram. Palavras.
Como contornar?
Para nós, mineiros, que temos matérias de grande interesse na Câmara, como o marco regulatório da mineração, acaba de ser criada uma dificuldade no colégio de líderes. Minas está reduzida ali a apenas um voto, o que é insuficiente para influir na pauta dos projetos que vão a plenário. O que pode fazer o único mineiro nesse colégio, deputado evangélico George Hilton? Além do mais, seu partido, o PRB, não ajuda.
Poderoso entrave
Vem aí um relatório para avaliação da presidente sobre duas graves constatações: a redução da produção industrial, que chegou a 2,7%, e o desinteresse de setores privados, tanto nacionais como estrangeiros, em empreender no Brasil. Queixam-se do excesso de burocracia, papelada formidável em meio a um festival de carimbos, coisa que o Congresso não consegue derrubar. Os grandes empresários valorizam o tempo, e não gostam de desperdiçá-lo.
A desconfiança
Ministro da Desburocratização, entre 1979-1983, Hélio Beltrão adotava a convicção de que é improdutivo, no mínimo injusto, partir da ideia de que todos somos desonestos e que tudo que se faz neste País tem como objetivo a malandragem. E não hesitou em sentenciar: “O brasileiro é simples e confiante. A administração pública é que herdou do passado e entronizou em seus regulamentos a centralização, a desconfiança e a complicação. A presunção da desonestidade, além de absurda e injusta, atrasa e encarece a atividade privada e governamental".
No esquecimento
Indagou-se de um experiente vereador sobre o destino dado ao projeto que pretendia tirar o nome de Costa e Silva de uma das avenidas da cidade, sob a alegação de que foi um ditador. A proposição acabou esquecida. Costa e Silva foi ditador, mas se a pretendida mudança se baseia nisso, o que dizer sobre a Rua Floriano Peixoto e Avenida Getúlio Vargas?
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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