sexta-feira, 6 de maio de 2016







ONDE TUDO É POSSÍVEL


Não há quem seja capaz de apostar muitas fichas no futuro imediato da política brasileira, que conserva a tradição de criar surpresas; surpresas que podem sair de qualquer gabinete, a qualquer hora, mesmo nos ambientes mais sóbrios, para desmentir o Barão de Itararé: de onde menos se espera é que não sai mesmo nada. No Brasil sai.

Parece que a inesperada decisão do ministro Teori Zavascki de tirar Eduardo Cunha da presidência da Câmara, além de privá-lo do mandato, tem tudo a  ver com algo fantástico que se tramava no Supremo:  com inspiração no ministro Marco Aurélio,  o que teria sido decidido ontem era não apenas a remoção de Cunha, mas tornando sem efeito todas as iniciativas por ele tomadas, inclusive o processo de impeachment da presidente Dilma. Plano que Teori fez abortar em cima da hora.

Pode-se imaginar o tumulto em que o Brasil estaria mergulhado se, nesta altura dos acontecimentos, em véspera da destituição da presidente, a suprema Corte mandasse dizer: tudo sem efeito.

Quem conhece Eduardo Cunha, suas habilidades e capacidade de nadar em mares revoltos recomenda que ele ainda não seja tratado como peixe morto.


 O QUE MUDA


As conversações sobre a sucessão municipal e suas implicações estão em suspenso. Aqui  e em qualquer outra parte do Brasil, porque todos esperam que a política nacional ganhe alguns graus de confiança ou que remova parte da escuridão em que se vê mergulhada há meses. Sem isso, como definir as bases das campanhas dos candidatos a prefeito em cidades de maior expressão?

No caso de Juiz de Fora, depois  de definida a candidatura à reeleição do prefeito Bruno Siqueira, a formatação das alianças do PMDB parou no que vinha sendo tratado com o PSDB. Esperar para ver como vão soprar os ventos  de Brasília. Não estão  esgotados os detalhes.


Mas, em relação a Bruno, a principal novidade virá na próxima semana, quando seu partido, PMDB, estará no poder central, e com a participação dos tucanos, com quem ele deverá contar na sua aliança. O prefeito poderá dizer aos eleitores que agora a cidade tem tudo para ganhar o que lhe tem sido negado pelo governo do PT.








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